quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Barbosta tem férias na Europa custeadas pelo STF


Presidente da Corte, que antecipou recesso deixando em aberto mandados de prisão da AP 470, receberá mais de R$ 14 mil por 11 diárias em razão de duas palestras que fará em Paris e em Londres; a primeira delas está prevista para durar 30 minutos; a outra deve ocorrer cinco dias depois.
247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, antecipou suas férias, deixando em aberto mandados de prisão de dois condenados na AP 470, o deputado João Paulo Cunha (PT) e o delator do esquema do chamado “mensalão” Roberto Jefferson (PTB).

Barbosa viaja a título pessoal pela Europa. Mesmo assim, terá parte das férias financiadas pela Corte. Segundo o Estado de S. Paulo, ele receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, por duas palestras - em Paris (França) e Londres (Inglaterra), no período de 20 a 30 de janeiro.

De acordo com o cronograma do Supremo, a primeira palestra, de 30 minutos, segundo o site da Agence Nationale de la Recherche, está marcada para o dia 24 em Paris. A segunda ocorre cinco dias depois, em Londres.

O presidente do STF programou sua volta para a abertura do ano judiciário, no dia 3 de fevereiro. Até lá, a ministra substituta Carmén Lúcia optou por não dar continuidade às execuções da AP 470. Série de incoerências de Barbosa no caso tem constrangido os magistrados.

Brasil é o 10º país mais feliz do mundo, diz pesquisa

Entre os brasileiros consultados, 71% afirmam estar satisfeitos com a própria vida, acima da média mundial, de 60% 
 
Beatriz Bulla, da Agência Estado

O Brasil ficou em décimo lugar em ranking dos países mais felizes do mundo, de acordo com a pesquisa Barômetro Global de Otimismo, feita pelo Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). O levantamento foi feito em 65 economias, a partir de 66.806 entrevistados.
Entre os brasileiros consultados, 71% disseram estar satisfeitos com a própria vida, acima da média mundial, que é de 60%. A porcentagem de brasileiros felizes, que havia subido de 76% em 2011 para 81% em 2012, caiu no levantamento mais recente. A média mundial, que era de 53% nos últimos dois anos, melhorou.
Mesmo se não existissem barreiras ou impedimentos, a maioria dos brasileiros (53%) não se mudaria para outro País. 
 

Daslu, Danuza e Dá o fora!

Os filhos do porteiro da Danuza resolveram ir ao shopping center. E a justiça de SP autorizou guardas a dizer-lhes: Dá o fora!. 

 

Carta Maior -15/01/2014

 

Arquivo

 

por: Saul Leblon

O Brasil tem cerca de 500 shoppings centers.

O conjunto fatura R$ 184 bi por ano, ocupa mais de 11 milhões de m2 - uns 2. 200 campos de futebol; emprega  870 mil pessoas.

Em 4
0 anos, desde 1996 quando surgiu o primeiro  até 2006, foram erguidos 350 shoppings no país; de lá para cá a expansão foi geométrica e ininterrupta. Nos últimos sete anos surgiram mais 120.

Outros 30 estão previstos para inauguração em 2014.

O país inteiro – capitais e interior — foi tricotado por esses centros de compra e lazer que tem a cara e a permeabilidade  da estrutura social erguida pelo capitalismo por essas bandas.

A rede de shoppings foi planejada para nuclear um público alvo da ordem de 40 milhões de pessoas.

O Brasil tem mais de 190 milhões de habitantes: 150 milhões estão fora.

Uma parcela dos excluídos agora quer entrar.

O rolezinho é uma evidencia da pressão exercida na parede do dique.

Quem quer entrar entende (com ou sem razão) que o Brasil limpo, organizado, atraente, refrigerado, seguro, iluminado, rico, antenado, onde faísca la dernier cru  do consumo e, vá lá, bonito, para os padrões dominantes,   está lá dentro.

Não nas ruas desoladoras e escaldantes  das periferias conflagradas onde vive a maioria dos integrantes do rolê.

Pode-se – deve-se - discordar da matriz de valores que atribui a um bunker do consumo o padrão de sociedade desejável para viver e se divertir.

Mas há razões para isso.

Um dado sugestivo: até o ano passado, apenas 13,5% dos municípios brasileiros dispunham  de uma secretaria voltada exclusivamente para a cultura.

Tê-la não é garantia de grande coisa.

Mas a escala da ausência emite um sinal  da atenção  dispensada a uma  área  que fala diretamente à juventude --e poderia oferecer-lhe um ponto de fuga  à pulsão consumista, diuturnamente martelada  ao seu redor.

Esforços  de investimento público tem sido feitos nessa direção.

O número de cidades com bibliotecas, por exemplo, saltou para 98% em 2012, praticamente  universalizando esse equipamento, restrito a 70% delas  até 1999.

Mas uma biblioteca convencional, de mobiliário imaginável e acervo presumível, em qualidade e quantidade, será um espaço suficiente para satisfazer as expectativas de desfrute, encontro e lazer de quem adere a um  rolezinho?

Em 2007, o governo criou um  Programa para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (Procult).

Através do BNDES já financiou a construção ou a reforma de 259 salas de cinema.

Mas a maioria dos cinemas do país fugiu igualmente para o interior dos shoppings por conta da insegurança que também despovoou  praças e jardins, capturados pelo consórcio drogas  & desmazelo.

Apenas 10% dos municípios brasileiros dispõem de cinemas atualmente.

Pesquisa desta semana do Ibope informa que as  ‘classes’ C e D bateram recorde de horas diante da televisão em 2013: média de seis horas e 40 minutos. Por dia.

E convenhamos,  não dá para imaginar que todo mundo vá se reunir numa lan house, presente, aí sim, em 82% da malha urbana e, de fato, encontrável em qualquer bairro ou favela  por mais pobre que seja.

O espaço virtual tem limites.

O rolezinho  se vale da capilaridade digital para convocar os encontros , mas representa ele mesmo (felizmente) a insuficiência da realidade virtual na vida humana.

A dupla insuficiência – material e virtual - misturada a uma revolta difusa, temperada de hormônios e apimentada com o deboche e  o anseio por identidade olha em volta e enxerga o quê?

Enxerga aquilo que distraidamente ou de forma deliberada foi sendo construído nas entranhas da velha malha urbana, e para cujo declínio  contribuiu  ao inocular  a decadência no pequeno comércio, a escuridão no jardim, a solidão no centro velho e o sucateamento do (parco)  equipamento  público.

O shopping  center, a nova cidade brasileira.

Prefiguração  do sonho neoliberal, ela materializa  um ordenamento coletivo onde tudo é privado (leia o blog do Emir, nesta pág).

Por definição, a cidade  da mercadoria  é o jazigo da cidadania.

Não só.

O anestesiante paradigma de  ‘eficiência’ do shopping engorda o descompromisso com que  a elite consumidora  encara  seus deveres  em relação ao espaço coletivo ao seu redor.

Por que, enfim,  pagar mais pelo IPTU se já tenho o que quero e o que a cidade numa terá no shopping  –ainda que esse adicional corresponda, por dia, a uma fração do preço de um cafezinho do Starbucks no Iguatemi?

O rolezinho  sacode o pilar dessa ordem excludente deixando aflorar um conflito que há muito incomoda o conforto  das elites.

Quem não se lembra do ‘transtorno’ que a vizinha favela Funchal causava ao Vaticano dos shoppings centers no Brasil, a famosa Daslu – 20 mil m2 de pura  ostentação, gastos médios de U$ 15 mil/mês por cliente e uma sonegação de imposto de estupendo R$ 1 bilhão?

Ou do desabafo da socialite Danuza Leão, na Folha, em dezembro de 2012?

Inconsolável  com o Brasil do PT, a então colunista lamentava como ficou difícil “ser especial” nesses tempos em que “todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais” -- musicais na Broadway, por exemplo, que graça tem se  “por R$50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir”.

Os filhos do porteiro da  Danuza resolveram agora  ir ao shopping.

E a justiça de SP autorizou  seis deles a dizer-lhes: ‘Dá o fora!’.

Esse é o capítulo da novela brasileira nos dias que correm.

As raízes desse enredo de  paralelas que agora se cruzam em conflito aberto na porta de santuários do consumo  remetem à mutação inconclusa verificada no país desde 2003.

Qual seja, a pobreza caiu pela metade; o mercado de trabalho atingiu as franjas do pleno emprego;  o salário mínimo ganhou quase 60% de poder de compra, acima da inflação.

A desigualdade continua obscena, mas as placas tectônicas se moveram.

Privilégios  obcecados em preservar  um ordenamento  social patológico defendem como virtude macroeconômica  restituir as fronteiras do conflito original aos marcos do cordão sanitário instituído nos anos 90.

O superávit fiscal ‘robusto’ para assegurar o ganho dos rentistas é um desses marcos.

Outro: o salto adicional nas taxas de juros, até encostar a faca recessiva na garganta da massa ignara.

A crispação em torno dos rolezinhos  mostra o quanto será difícil devolver a pasta de dente ao tubo da história.

Nesse empurra-empurra, subjacente à disputa presidencial de outubro,  há nuances que dizem respeito  diretamente à esquerda.

O  ‘rolezinho’  denuncia  uma dimensão da luta política rebaixada nos últimos anos na conta da ilusão economicista de que o holerite e o crescimento resolviam o resto.

São imprescindíveis, diga-se.

Mas o discernimento histórico que requer a longa  construção de uma sociedade justa e virtuosa nunca será um dote intrínseco  à conquista do legítimo direito de viajar de avião, ou  comprar bens duráveis a crédito, nem tampouco uma qualidade imanente a  governantes eleitos pelos pobres.

Erguer essas linhas de passagem é tarefa das organizações progressistas que se propõem a mudar as formas de viver e de produzir em sociedade.

É delas a obrigação de associar à luta econômica sua contrapartida de ideias emancipadoras que ampliem o horizonte subjetivo para além do consumismo individualista.

Do contrário, o futuro ficará emparedado entre o horizonte do rolezinho e o interdito do dinheiro graúdo.

No limite, ambos poderão se unir em torno de um tênis Nike, contra uma repactuação mais arrojada do desenvolvimento  que implique  outra modulação do consumo.

O mais difícil na luta pelo desenvolvimento é produzir valores, dizia o saudoso Celso Furtado, em palavras  de atualidade inexcedível.

Não apenas esse, mas  sobretudo esse passo  a esquerda deve ao Brasil.

E não parece recomendável adiá-lo mais uma vez  ‘para depois da próxima eleição’.
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A “guerrilha” da TV Globo por audiência

Altamiro Borges, Blog do Miro

'O jornalista Daniel Castro observou nesta semana no seu antenado sítio Notícias da TV que “a Globo não é mais a mesma. No último domingo, a emissora permaneceu durante uma hora e 54 minutos sem intervalos comerciais, em pleno horário nobre. Ela lançou mão de uma estratégia de programação que sempre criticou na Record e SBT, por privilegiar a audiência. Depois de um bloco de quatro minutos de comerciais no Domingão do Faustão, a Globo ficou sem intervalos das 19h20 até as 21h14. Foram uma hora e 25 minutos de Domingão do Faustão e 29 minutos de Fantástico sem ir para o break... O que a Globo fez é chamado de estratégia de guerrilha”.

Ainda segundo o jornalista, “a emissora fez um intervalo comercial exatamente no momento em que a Record trocava O Melhor do Brasil pelo Domingo Espetacular, sua maior audiência atualmente, e só voltou a ter break quase uma hora e meia depois. Assim, fez tudo o que podia para manter seu telespectador longe do controle remoto. Funcionou. O Domingo Espetacular perdeu um ponto em sua média (deu 9 na Grande São Paulo). Fontes da Globo negam que tenha sido uma estratégia de programação para combater a Record. Dizem que o Domingão do Faustão já estava gravado desde dezembro com a ‘paginação’ levada ao ar. E que o longo tempo sem intervalo foi uma coincidência”.

A desculpa das “fontes” da emissora, porém, não convence. Várias estatísticas confirmam que a TV Globo está em franco declínio. O tradicional e envelhecido “Fantástico” já perdeu há muito tempo a sua condição de líder incontestável das tardes de domingo. Já o Jornal Nacional teve a pior audiência da sua história em 2013. Nos últimos dois anos, o principal programa jornalístico da emissora registrou perdas anuais de 10%. Na última década, o afastamento dos telespectadores do JN é ainda mais drástico. O telejornal perdeu quase 30% da sua audiência.

As novelas e outros entretenimentos também estão em baixa. Como registrou Keila Jimenez, da Folha, a emissora não terá saudades de 2013. “De 1º de janeiro a 26 de dezembro, a média diária (das 7h à meia-noite) da TV Globo na Grande São Paulo foi de 14,3 pontos. Em 2012, a rede marcou 14,7 pontos. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo”. É o pior índice já registrado pela poderosa rede durante um ano. O uso de “estratégias de guerrilha” visa exatamente estancar este sangramento, que pode afetar os seus bilionários recursos em publicidade!'

A mídia internacional de olho no mercado brasileiro

, Luis Nassif Online

"Nas últimas décadas Mario Vargas Llosa transformou-se em um dos ícones da modernização liberal na América Latina. Como colunista do diário espanhol El País, tornou-se uma espécie de paradigma para outros colunistas da imprensa latino-americana – e, particularmente, a brasileira.
Cada qual tentou emular o personagem Llosa em seu colunismo.
Para quem não o conhece como colunista, Llosa é uma espécie de Arnaldo Jabor mais sofisticado, com críticas severas a hábitos populistas latino-americanos, mas sem o histrionismo e a paranoia do nosso Jabor – que considera que o fim do comunismo disseminou células cancerígenas por todo o Ocidente cristão.
***
Em sua última contribuição ao El Pais, Llosa mira como um dos pontos centrais do atraso latino-americano os oligopólios de mídia, sustentados por pactos com sucessivos governos que se consumaram em legislações anacrônicas.
E aí, cria um paradoxo curioso com o padrão de cobertura da velha mídia do eixo Rio-São Paulo.

JOAQUIM BARBOSA RECEBE DIÁRIAS DURANTE AS FÉRIAS NA EUROPA - R$ 14.142,60 PARA PROFERIR PALESTRA DE 30 MINUTOS



Mas não é ele o ARAUTO da moralidade ? O SUPER HERÓI que defende a honestidade e probidade ? Sendo assim não deve mesmo haver nada de ILEGAL em estar de férias, interromper EM DOIS OU TRÊS DIAS, por algumas horas apenas estas férias, viajar com passagem paga pelas Instituições que fizeram o convite, unindo o "ÚTIL AO AGRADÁVEL" (para ele) e ainda embolsar, digo, receber ONZE DIÁRIAS. Agenda de autoridade com participação em ATO OFICIAL tem de ser divulgada ANTECIPADAMENTE. Ninguém tem nada a ver com o local onde Barbosa passa suas férias, mas, se no meio delas ele assume como presidente do STF e recebe diárias por isso, aí, o povo brasileiro que paga o salário de Barbosa, e paga também as suas DIÁRIAS, tem de ser devidamente e previamente informado.

Ainda que a assessoria do STF tenha corrido para apagar o incêndio, a IMAGEM do Super Joaquim Barbosa sai mais uma vez chamuscada.  É a quarta viagem do Ministro que acaba em situação embaraçosa, e nunca explicadas (Barbosa já demonstrou que não gosta de dar satisfação). 

Ele foi a MIAMI e comprou um AP por US$ 10 (dez dólares) - Levou a tira-colo uma repórter do PIG - com passagem paga pelo STF - para cobrir uma de suas palestras no exterior - Assistiu sem nada dizer e fazer, ao caso de uma jornalista brasileira ser censurada e presa de forma arbitrária nos EUA quando tentava cobrir um evento em que ele participava, e, agora essa das 14 DIÁRIAS.
STF paga diárias de Joaquim Barbosa na Europa durante as férias

Ministro receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, para proferir duas palestras, em Paris e Londres
IG

Rio - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, durante suas férias, para dar duas palestras, em Paris (França) e Londres (Inglaterra). Dados do tribunal mostram que Barbosa receberá diárias para viajar no período de 20 a 30 de janeiro, segundo a matéria da Agência Estado, publicada no site do iG.

A primeira palestra que Barbosa fará está marcada para o dia 24 em Paris, segundo a assessoria do Supremo. A segunda ocorre cinco dias depois, em Londres. Até esta terça-feira, os eventos não constavam da agenda oficial do presidente do Supremo. Não há, também, informações sobre onde ele está hoje.

O cronograma do evento francês, publicado no site da Agence Nationale de la Recherche - uma agência do governo francês dedicada à pesquisa científica -, indica que Barbosa fará uma palestra de 30 minutos sobre a influência da publicidade das sessões do Supremo, transmitidas ao vivo pela TV Justiça, na racionalidade das decisões do tribunal.

Na segunda palestra, marcada para o dia 29 na Inglaterra, o presidente do Supremo falará sobre o funcionamento da Corte, em colóquio organizado pelo King’s College de Londres.


COMUNICAÇÃO DO STF DIZ QUE É TUDO LEGAL 

Descanso até fevereiro
Oficialmente, Barbosa está em férias. Voltará ao Supremo apenas no início de fevereiro, para a abertura do ano do Judiciário. No final do ano passado, após a última sessão plenária do tribunal, o ministro disse em entrevista que tiraria 20 dias neste mês - do dia 10 ao dia 30.
Na ocasião, em entrevista gravada, ele disse que descansaria até o fim de janeiro. Perguntado sobre seu destino durante as férias, respondeu: "Você está querendo saber demais". Entretanto, ele antecipou a saída e deixou pendente o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por envolvimento no esquema do mensalão. De acordo com informações do tribunal, não houve tempo hábil para que ele assinasse o mandado antes de viajar.
João Paulo permanece em liberdade, à espera de uma decisão da Corte. Internamente, a decisão de seu presidente de viajar antes de anunciar uma decisão para o caso do petista provocou críticas entre colegas de tribunal.
Férias interrompidas
O STF informou que Barbosa interromperá as férias para proferir as duas palestras. A assessoria da Corte disse que o ministro se encontrará com autoridades dos dois países nos outros dias e retribuirá visitas que teria recebido no Brasil. A agenda desses encontros será divulgada "em breve".
De acordo com o STF, o pagamento de diárias em dias que antecedem o compromisso se justifica: "O presidente também visitará e retribuirá visitas a autoridades dos dois países. Em todos os encontros o presidente abordará temas ligados ao funcionamento das instituições brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal", disse a Corte.
Barbosa foi convidado para o colóquio na França pelo professor Dominique Rousseau, da Sorbonne, segundo o STF. O convite do King's College de Londres foi feito quando a universidade "tomou conhecimento da ida do presidente à França"
O tribunal informou que os eventos estavam previstos na agenda de Barbosa e que seriam divulgados em "momento oportuno". Ainda conforme o tribunal, as passagens aéreas serão pagas pelas instituições e um assessor da Corte deve acompanhar o presidente. A assessoria disse que a íntegra das palestras será divulgada.
Interinos
Com a saída do ministro para as férias, assumiu interinamente o comando do STF a ministra Cármen Lúcia. No início da próxima semana, ela deixa o posto e em seu lugar assume temporariamente o ministro Ricardo Lewandowski.
Tanto Carmen como Lewandowski deverão deixar a tarefa de assinar o mandado do deputado do PT para Barbosa.
A defesa de João Paulo entende que nenhum dos dois ministros teria poder para determinar a prisão imediata do parlamentar. Tal decisão caberia somente a Barbosa, que é o relator do processo. De fora do País, conforme integrantes do tribunal, Barbosa não poderia assinar a ordem de prisão.
Além dessa pendência, o presidente da Corte tem de decidir também se ordena a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), igualmente condenado por envolvimento no esquema do mensalão, mas que permanece em sua casa em Levi Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro, aguardando a decisão do relator sobre seu caso.
Barbosa programou sua volta ao tribunal para a abertura do ano judiciário, no dia 3 de fevereiro. No rol de processos pendentes estão, entre outros, os recursos de parte dos condenados no processo do mensalão, o julgamento dos planos econômicos e o pagamento de expurgos decorrentes da correção das cadernetas de poupança - além da questão da constitucionalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas.

Almofadinhas, coxinhas e mauricinhos: fujam para Miami. Os bárbaros chegaram. A turma do fundão da classe chegou ao pátio; chegou aos condomínios; chegou aos aeroportos e agora quer invadir os shoppings!

"Não nos resta outra alternativa se não viajar até um país civilizado, espécie de América Latina que deu certo, para nos sentir civilizados. É necessário ficar longe da baderna toda para ser reconhecido, para dar autógrafo a outros almofadinhas em um lugar limpo e livre dos incapazes de reconhecer a própria inferioridade - sem inveja da civilização porque está no coração da civilização. Um lugar onde, enfim, podemos exercer nosso direito à almofadagem em paz."
Almeidinha: "Fujam para Miami. Os bárbaros chegaram"
Todo mundo sabe como devemos nos comportar no shopping: como bons almofadinhas. Lugar de baderna é baile funk
Por Matheus Pichonelli - CartaCapital - 15/01/2014


Vou confessar uma coisa: não estou acostumado com a fama. Mas ser astro das redes sociais e ter dado entrevista em programa de apresentador misógino de tevê fizeram de mim um rosto conhecido nos lugares onde a civilização já chegou. Por exemplo. Durante as férias, andava pelas ruas de Miami, onde posso comprar por um preço civilizado um perfume que no Brasil é vendido com taxas e impostos de odores bárbaros, quando fui reconhecido por um fã:
-Oi, você não é aquele almofadinha da internet?


A expressão soou como um sopro quentinho de um leite com pera no inverno: estava em casa.

Um almofadinha reconhece o outro pelo olhar: e o meu, em evidência, atravessou a fronteira. Sim: é bom sentir essa sensação. E é bom saber que somos muitos.

PARA JEFFERSON, SHOPPINGS “NÃO DEVERIAM ABRIR NOS DIAS DE ‘ROLÉS’”

Em seu blog, o delator do chamado 'mensalão' publica uma análise sobre os 'rolezinhos', movimento que, segundo ele, "pode descambar"; ninguém pode prever, diz ele, se os "até aqui inocentes 'rolezinhos' vão acabar virando gigantescas invasões de shoppings, com quebra-quebra generalizado e resultados imprevisíveis"; ele torce para que o fenômeno, "assim como o verão, passe"
247 - O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do chamado 'mensalão', publicou em seu blog uma "análise" sobre o recente movimento denominado "rolezinho". Segundo ele, para se prevenirem, os shopping centers "não deveriam abrir nos dias de 'rolés'". Isso porque, em sua avaliação, "a coisa pode descambar". Ninguém pode prever, de acordo com Jefferson, "se os até aqui inocentes 'rolezinhos' vão acabar virando gigantescas invasões de shoppings, com quebra-quebra generalizado e resultados imprevisíveis".
O ex-parlamentar compara até uma possível tragédia dentro de um shopping ao incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde morreram 242 pessoas. E faz ainda um alerta para os que defendem os tais 'rolés': "sugiro que reflitam sobre como o governo chinês reagiria se grupos afins se reunissem em espaços semelhantes. Ao fim e ao cabo, torço para que os "rolés", assim como o verão, passem", escreveu. Leia abaixo suas três notas sobre o assunto:
O assunto da hora
Os "rolezinhos" estão na ordem do dia. Em São Paulo, o governo fala em usar a força policial. No Rio, Beltrame diz que não agirá preventivamente. Em Brasília, Dilma convocou reunião e teme que o movimento ganhe ares de protestos organizados. Sem incorrer no pecado do reducionismo, os ditos cujos parecem ter sido convocados mais para gerar protagonismos instantâneos nas redes sociais do que fruto de uma insatisfação generalizada. Mas que a coisa pode descambar, ah, isso pode. Para prevenir, os shoppings não deveriam abrir nos dias de "rolés".
Nitroglicerina pura
O temor das autoridades é que, com os "rolezinhos", haja a repetição do que ocorreu com as manifestações de rua do ano passado. Os pequenos atos de protesto contra o aumento nas passagens de ônibus acabaram gerando gigantescas aglomerações com as mais diversas motivações, e posteriormente as manifestações foram tomadas de assalto por bandos de arruaceiros e black blocs, esses interessados apenas em depredar, e também pilhar. Se os até aqui inocentes "rolezinhos" vão acabar virando gigantescas invasões de shoppings, com quebra-quebra generalizado e resultados imprevisíveis, ninguém é capaz de prever. Confusão em um ambiente fechado como o dos shoppings, porém, pode acabar em tragédia de proporções gigantescas, como a que ocorreu na boate Kiss. Deus nos livre disso. Quanto aos grupos de esquerda que defendem os "rolezinhos", sugiro que reflitam sobre como o governo chinês reagiria se grupos afins se reunissem em espaços semelhantes. Ao fim e ao cabo, torço para que os "rolés", assim como o verão, passem.
O jovem tem fome de quê?
Não apenas as secretarias de segurança pública e os órgãos de inteligência dos governos estaduais e federal precisam estar atentos ao fenômeno; os candidatos a presidente também devem olhar com atenção o movimento. Tanto quem está por trás das convocações dos "rolés" como os que atendem aos chamados, via redes sociais, são jovens, e é para eles que devem ser pensadas políticas públicas de inclusão, não apenas social, educacional ou profissional (e devemos reconhecer, elas têm sido adotadas). Mas como diz a música dos Titãs, o jovem não quer só comida, quer também diversão e arte, portanto, é preciso incrementar as propostas de criação de novos e numerosos espaços onde os jovens possam se encontrar, dançar, praticar esportes, produzir música ao ar livre, enfim dar seu "rolezinho". Já as secretarias da Juventude precisam ter mais voz dentro das estruturas de governo.
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Também do Blog Justiceira de Esquerda

O Rolé do Dr. Joaquim e o Repórter que o obedeceu



O Dr. Joaquim Barbosa deve estar espumando, mas não pode reclamar.
Quem constrói a imagem de “campeão do moralismo” tem de aguentar as consequências.
Há cinco meses, Barbosa grosseiramente acusou Ricardo Lewandowski de fazer “chicana” por querer mais discussão sobre um dos tópicos da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”.
Decretou – sem expedir as cartas de sentença – a prisão de Dirceu, Genoíno e outros num feriadão.
Aproveitou a semana vazia do início do ano para determinar a prisão do deputado João Paulo Cunha e ocupar os jornais.
Daí, saiu correndo para suas férias, sem assinar os papéis devidos.
Agora, interromperá suas férias para duas aparições em eventos na França e na Inglaterra.
Coisa rápida, apenas um “rolezinho” em Paris e em Londres.
Com R$ 14.142,60 de diárias.
O Dr. Barbosa não pode mesmo reclamar.
A matéria é de Felipe Recondo, o repórter do Estadão a quem ele mandou “ir chafurdar no lixo”.
Ele foi.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Em vez de congelar salário mínimo, Globo deveria deixar de ser paga por horário gratuito


Como beneficiária do fortalecimento do mercado interno, emissora dos Marinho deveria apoiar política estabelecida entre centrais sindicais e governo



Em editorial no domingo (11), o jornal O Globo defendeu o fim do acordo entre as centrais sindicais e o governo federal para aumentos reais do salário mínimo – como se o ciclo de recuperação do poder de compra já tivesse alcançado seu fim, embora todos saibam que o caminho seja longo para se chegar lá.....Se a preocupação é com o gasto público, há uma sugestão melhor a seguir. A União terá uma despesa estimada de R$ 839 milhões em 2014, pela veiculação do horário eleitoral gratuito na TV (gratuito para os partidos). A maior fatia deste bolo é da Rede Globo de Televisão. Leia mais aqui neste link

Padrão Globo de manipulação

 

Do Blog do Cadu - terça-feira, 14 de janeiro de 2014

 

 

Globo, maior grupo de mídia do país, vende a imagem da perfeição. Tenta fazer parecer que detém a excelência em entretenimento e informação. E sempre, segundo si mesmo, com imparcialidade (isso é um mito, jamais acredite nessa conversa fiada!). As Organizações Globo chegaram a criar um slogan sobre isso: padrão Globo de qualidade. Tudo para criar a sensação de que ela é um exemplo a ser seguido.
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De fato a Globo, com todas as suas empresas de mídia, criaram um padrão qualidade. Só que não de informação, mas sim de manipulação. Os casos não faltam. Ao longo de sua história, desde o tempo em que o grupo possuía apenas o jornal impresso no Rio de Janeiro, esse grupo de mídia atua na busca incessante pelo poder, custe o que custar. E sempre custa ao povo a materialização de suas vontades.
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O golpe civil-militar ocorreu em 1964, a rede Globo de televisão surgiu em 1965. Coincidências não existem. Foram os mandachuvas da ditadura que fizeram a Globo ter o poder que tem.


Em 1982 a Globo tentou golpear a eleição do Brizola no Rio de Janeiro com o esquema da Proconsult. Em 1989, ela, mais uma vez atravessa a vontade popular, manipula a edição do último debate entre os então candidatos à Presidência da República, Lula e Collor. Sua edição deturpada, sob a ordem do chefe maior, Roberto Marinho, foi exibida na véspera da eleição daquele ano.
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Se voltarmos um pouco, a 1984, a Globo exibiu no Jornal Nacional, um comício pelas eleições diretas no Brasil, com cerca de 300 mil pessoas como se fosse uma comemoração pelo aniversário de São Paulo. Nem sequer teve a coragem de dizer o que realmente acontecia e defender o regime que ela ajudou a implantar no país. É além de tudo, covarde.
Não é preciso gastar linhas sobre como a Globo cobriu os dois mandatos de Lula na presidência e esse de Dilma (PT) que se encerra em dezembro, e suas diferenças em relação à cobertura dos mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 
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Diante das recentes frustrações eleitorais, a Globo – e os outros grupos da imprensa grande – começam a perde de vez a linha da sutileza.
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Em recente edição do jornal O Globo, o grupo de mídia dos Marinho, manipulou a tradução de uma pesquisa sobre programas de transferência de renda e alegou que a culpa do aumento da obesidade no país era do programa Bolsa Família. Não há menção a isso na pesquisa.
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Na sexta-feira, 10 de janeiro de 2014, o programa Conta Corrente da Globo News – um desses programas feitos para especuladores e que faz você achar que o país está em bancarrota – divulgou um gráfico com os índices de inflação de 2009 a 2013.
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Até aí nada demais – mas a Globo jamais mostra comparativo com os anos FHC – não fosse o fato de que Para a Globo 5,91 é maior do 6,50. Vale até mudar a matemática para derrubar trabalhistas do governo central do Brasil. Em nota publicada na internet, a Globo News, no sábado 11, disse que mostraria o gráfico correto na exibição do Conta Corrente de segunda-feira, 13 de janeiro. O que de fato aconteceu.
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Mas será que se o “erro” da Globo não tivesse ido parar na internet ela faria a correção? Pelo histórico, não. Passaria batido. De todo jeito, vale o jargão popular sobre a primeira vista, o gráfico errado tem mais peso no imaginário das pessoas do que o segundo (correto). Junte isso a toda a campanha de que o Brasil vai mal das pernas.
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O que fica na mente das pessoas, ainda mais os propensos a seguir a regras “globais” de convivência é a barra de 2013, maior do que os anos anteriores. Em exibição de gráficos, as barras atraem mais a atenção do que os números.
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Uma salva de palmas para a internet! Se ela já existisse com hoje em 1964, 1982, 1984 ou 1989 muita coisa poderia estar diferente no Brasil. E para melhor, diga-se de passagem.



ATUALIZADO

Clique aqui e assista como o Jornal Nacional esqueceu do Brasil



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 PITACO DO ContrapontoPIG

Desta vez a Globo deixou rastro.

O normal é engabelar a audiência  diariamente sem ninguém notar, tentando aumentar a cada dia o rebanho globovino nacional.

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Cresce a solidariedade a Genoino

 

Do Blog do Miro - terça-feira, 14 de janeiro de 2014

 


Por Altamiro Borges


Em apenas quatro dias, o site lançado por familiares e amigos de coleta de doações para pagar a multa imposta a José Genoino já arrecadou R$ 201 mil. Pela decisão da Justiça, com base no midiático julgamento do chamado mensalão, o ex-deputado tem até o próximo dia 20 para pagar R$ 667,5; caso contrário, a União poderá cobrar a dívida judicialmente, inclusive confiscando o modesto sobrado do petista na capital paulista. O sítio intitulado “Parceiros da família Genoino” informa que o doador pode contribuir com qualquer quantia e deve enviar e-mail com nome, RG, CPF e cópia do comprovante de depósito.

“Que fique bem claro que não estamos reconhecendo nenhum fundamento de justiça na multa. Mas não ficaremos parados quando se busca humilhar um homem da estatura moral e política de Genoino. Não recusaremos a oportunidade de responder à maldade com solidariedade, à mesquinhez com altivez, à perseguição com muita luta no coração”, informa uma mensagem dos familiares postada na página. A campanha de solidariedade tem envolvido diversos setores da sociedade indignados com as decisões arbitrárias do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na semana passada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, conclamou a militância do partido a contribuir com doações para o pagamento da multa e criticou a decisão “indevida e desproporcional" do STF. “Como o PT, em virtude da lei, não pode utilizar recursos próprios e nem do Fundo Partidário, propomos essa corrente de solidariedade que deve, igualmente, estender-se aos companheiros José Dirceu, Delúbio Soares e João Paulo Cunha", explicou em nota oficial.

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Leia também:

- Gilmar Mendes: perguntas e respostas

- O "mensalão" é um "mentirão"

- Até quando Barbosa debochará da Justiça?

- O rolezinho de Demóstenes Torres em Florença

- O STF e a desigualdade escancarada
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Campanha para Genoino já arrecadou R$295 mil, 44% da multa

*Por Conceição Lemes, do Viomundo

A campanha para levantar fundos para José Genoino pagar a multa da Ação Penal 470 é um sucesso.

O site para doações, lançado há cinco dias por amigos e familiares do ex-presidente do PT, já arrecadou R$ 295.257,91, ou seja, 44%  da multa de R$ 667,5 mil.

Por decisão da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o ex-deputado tem até dia 20 de janeiro para pagar a multa. Caso contrário, a União poderá cobrar a dívida judicialmente, inclusive confiscando o sobrado da família, no bairro do Butantã, em São Paulo.

O doador pode contribuir com qualquer quantia. Deve enviar e-mail com nome, RG, CPF e cópia do comprovante de depósito.

Para colaborar, clique aqui.
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Resposta da assessoria de José Dirceu à matéria publicada pela Folha de S. Paulo (12/01)

Sobre o texto Presos do mensalão ficam isolados na cadeia (“Poder”, ontem), reitero que José Dirceu não desfruta de privilégios no presídio da Papuda. A tentativa de apontar regalias inexistentes tem o objetivo de encobrir a arbitrariedade da prisão, decretada sem a carta de sentença em 15 de Novembro, e a permanência de Dirceu em regime fechado.

É direito do ex-ministro cumprir a pena em regime semiaberto, com atividade profissional externa. A permanência de Dirceu em condições de regime fechado é mais grave por se tratar de uma ação penal ainda em curso, mais um dos erros e violações que marcam a Ação Penal 470.

Ednilson Machado, assessor de imprensa de José Dirceu


*Via www.viomundo.com.br