segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Economista alemão indignado escreve 7 motivos para o Brasil reeleger Dilma


Michael Lowy


A vitória de Aécio Neves representaria uma dramática regressão social e política, tanto ao nível interno do país como na sua política internacional.

Tenho muitas críticas a Dilma. Acho que fez demasiadas concessões aos bancos, ao agronegócio, ao capital. Por isso dei todo meu apoio a Luciana Genro no primeiro turno. Mas o Senhor Aécio não fará "concessões".

Ele é o representante direto dos bancos, do agronegócio, da oligarquia financeira, das classes dominantes. Ele é o candidato da Bolsa de Valores, do imperialismo americano, do Clube Militar (os aposentados da ditadura). Sua vitória representaria uma dramática regressão social e política, tanto ao nível interno do país como na sua política internacional.

Na minha opinião, a única forma de evitar este desastre é votar por Dilma.

Tenho muitas críticas a Dilma. Acho que fez demasiadas concessões aos bancos, ao agronegócio, ao capital. Por isso dei todo meu apoio a Luciana Genro no primeiro turno. Mas o Senhor Aécio não fará "concessões". Ele é o representante direto dos bancos, do agronegócio, da oligarquia financeira, das classes dominantes. Ele é o candidato da Bolsa de Valores, do imperialismo americano, do Clube Militar (os aposentados da ditadura). Sua vitória representaria uma dramática regressão social e política, tanto ao nível interno do país como na sua política internacional. Na minha opinião, a única forma de evitar este desastre é votar por Dilma.

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7 motivos para o Brasil reeleger Dilma

Li nos últimos dias que a presidente do Brasil corre o risco de não ser eleita e fiquei chocado com a notícia. Nos últimos 10 anos o governo atual mudou a maneira como o Brasil é visto na Alemanha. Se antes víamos apenas um país de terceiro mundo, agora nós sabemos que o Brasil é uma potência econômica.

Para os brasileiros eu diria 7 simples motivos para reeleger o atual governo.

1. Durante a crise mundial (2008-2013) a economia brasileira cresceu quase 5 vezes mais que a alemã.

2. A taxa de desemprego na Alemanha duplicou durante a crise mundial enquanto a brasileira surpreendentemente abaixou. Na Itália, por exemplo, 12.3% das pessoas estão desempregadas e na Espanha 24.5%. O atual governo brasileiro protegeu o emprego das pessoas enquanto as nações europeias protegeram o dinheiro dos bancos.

3. Apesar de a Alemanha ter um bom governo, em 2014 a economia brasileira vai, de novo, crescer mais que a alemã.

4. Durante a crise mundial (2008-2014) o IDH alemão diminuiu de 0.940 para 0.911. EUA diminuiu de 0.950 para 0.914, o espanhol de 0.949 para 0.869. Enquanto as maiores economias do mundo sofreram esses efeitos, Brasil aumentou seu IDH de 0.710 para 0.744. Ainda distante do primeiro mundo? Sim. Mas no caminho certo de ascensão.

5. A desigualdade social cresceu em todos os países europeus enquanto diminuiu no Brasil. Continuando no mesmo caminho, em apenas 10 anos o Brasil alcançará o nível de desigualdade dos EUA.

6. O discurso de Roussef nas Nações Unidas inspirou o mundo inteiro contra a espionagem dos EUA. Depois disso, nossa primeira-ministra Merkel e outros líderes nacionais se pronunciaram contra Obama. Pela primeira vez um país de terceiro mundo teve coragem para enfrentar o governo estadunidense.

7. O atual governo de Lula e Roussef mudou a maneira como o Brasil é administrado. Se antes era um país de terceiro mundo trabalhando para os EUA e o mercado financeiro, hoje trabalha para as pessoas.

A Alemanha tem corrupção. Na Europa temos corrupção assim como nos EUA e no Brasil e, infelizmente, isso nunca vai mudar, não importa quem esteja no governo. Mas se há um país que enfrentou a crise mundial e melhorou a vida das pessoas como nenhum outro no mundo, esse é o Brasil. E isso deve ser levado em conta.

Kurt Neuer

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