Autor: Fernando Brito
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Está valendo tudo, agora, neste reta final, para que as pesquisas atenuem o que já ficou claro para os agentes políticos: a candidatura Marina Silva está se dissolvendo.
Ontem, a Record “engoliu” uma pesquisa que assinalava uma queda da candidata para mais perto dos 20% do que dos 30% que lhe davam, semana passada, Ibope e Datafolha.
Hoje, a CNT/MDA já aponta vantagem numérica de Dilma sobre Marina num segundo turno.
Todo mundo já sabe que isso já passou e a diferença hoje anda na casa dos cinco pontos.
Mas há um dado que é a chave da compreensão do que se passa nestes dias: a rejeição a Marina Silva.
Chegou, segundo aquela pesquisa, a 38,7%, estabelecendo níveis de rejeição semelhantes aos de Dilma (43,9) e Aécio (43,2). Subiu, em um mês, dos 29% que registrou a pesquisa do final de agosto.
As pesquisas podem ir dando os seus “jeitinhos” nos números ou podem ir dando “jeitinhos” no timing da divulgação dos números.
Mas nada disso resolve o dilema que o conservadorismo brasileiro tem diante de si.
Tentar vencer com Marina, o que já se tornou improvável e vai reduzir a cacos todas as suas estruturas políticas.
Ou aceitar a quase inevitável derrota com Aécio – se puderem dar-lhe uma sobrevida – nas eleições e, depois, reformular o PSDB, mais paulista do que nunca.
Confusão que aumentará hoje, quando a diferença entre Marina e Aécio se aproximar do limite da “margem de erro”.