domingo, 23 de março de 2014

A eleição é a Petrobras. A Globo erra mais

"A defesa da Petrobras tem que ser Política. Não é coisa pra Gerente

Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada

A obra mais duradoura dos governos trabalhistas terá sido a reapropriação da Petrobras pelo povo brasileiro.

Como se sabe, o Príncipe da Privataria fez um rombo no casco do monopólio e tratou de desidratar a Petrobras para fatiá-la e vender aos pedaços.

O auge do processo entreguista seria rebatizar a empresa de “Petrobrax” – quanto custou o “estudo” para bolar o nome e que jenio ganhou com ele ?

A eleição de um presidente trabalhista roda, roda, e gira em torno da Petrobras, porque a Petrobras está no meio da Avenida Chile – e no meio do Brasil.

Não por acaso a Globo Overseas praticou outra fraude eleitoral, ao “editar” a entrevista do Gabrielli.

A Big House não admite que o Lula (com a ajuda do Gabrielli, do Haroldo Lima e da Dilma) tenha construído o “modelo de partilha”.

Não admite que eles tenham feito o maior lançamento de ações da História do Capitalismo e entregue ao Governo Dilma a responsabilidade – cumprida com êxito – de realizar o primeiro leilão do pré-sal.

Na partilha.

O regime de partilha equivale a botar fogo na dispensa da Big House.

A Big House não perdoa o Lula de ter reconstruído a indústria naval –  com a Petrobras – e dar 75 mil empregos a brasileiros – e, não, a cidadãos de Cingapura, como pretendiam o Principe Privateiro e o então presidente da Petrobrax, o delfim neolibelês (*), Francisco Gros.

Os trombones da Big House não aceitam que o Brasil venha a ser o maior produtor de plataformas do mundo, porque aqui se instalou, com os trabalhistas herdeiros de Vargas, um “capitalismo de características brasileiras”.

É por isso que Pasadena – leia aqui “os pingos nos ï” ”- se tornou, com a falência do “apagão” e a fracassada elevação do pepino, o ponto de referencia da oposição que se materializa no PiG (**).

É a tentativa de atingir a Dilma, a gerente, o Lula – e, acima de tudo, a Petrobras.

A Big House quer o poder e a Petrobras – não necessariamente nessa ordem !

Porque governar o Brasil significa governar a Petrobras.

E quem governa a Petrobras determina o perfil do futuro do Brasil.

Se será um Brasil para os brasileiros ou um Brasil para os amigos da Big House.

Aqueles a quem o Fernando Henrique oferece os ombros.

É por isso que a defesa da Petrobras – também responsabilidade da Dilma – não pode ser técnica.

Coisa para gerente – clique aqui para ver “não há eleição para Gerente da República”.

A defesa da Petrobras tem que ser travada no ringue da politica, no campo enlameado da eleição.

Tem que sujar as mãos.

De óleo.

E de furia.

(Vargas percebeu isso e se matou antes que o Cerra entregasse a  Petrobras à Chevron)

Vamos supor que a compra de Pasadena tenha sido um erro de gestão.

O que está longe de ser provado – clique aqui para ler a explicação de Gabrielli .

Os ilustres empresários privados do Conselho de Administração  concordaram com a compra de Pasadena e disseram isso, desde que “estourou  a crise.

Seria impensável imaginar que Gerdau, Fabio Barbosa e Claudio Haddad – campeões da livre iniciativa – referendassem um um erro tão grosseiro.

Ou se deixassem tapear por burocratas de segundo escalão de empresa pública.

Os acionistas da Gerdau, da Abril e do Insper ficariam decepcionados !

Mas, para efeito de raciocínio, vamos supor que Pasadena tenha sido um erro.

Vamos admitir – o que está longe de ser verdade – que o “prejuízo” com Pasadena, mesmo nas contas exorbitantes da Urubóloga, tenha provocado um rombo na plataforma P-36 …

O que é, digamos, uma proposição hilariante…

(Por falar em hilariante, clique aqui para ver como a Urubóloga noticia o Globope)

Mas, que empresa não comete erros, amigo navegante ?

A Globo, por exemplo …

A Globo foi à concordata.

E, porque não conseguiu levantar dinheiro no BNDES – nos termos aviltantes propostos ao presidente Carlos Lessa – foi obrigada a ajoelhar-se à banca internacional – como diria aquele dos múltiplos chapéus - teve que ajoelhar-se “à banca”.

A Globo torrou o que se calcula em US$ 100 milhões de dólares na Tele Monte Carlo, porque achou que ia dar uma rasteira no Berlusconi …

A Globo cometeu um erro elementar de gestão, porque, ao contrário de milhares de empresas brasileiras, acreditou no Real do Fernando Henrique e se endividou em dólares.

Aquela lorota de o Real valer o que valia o dólar.

(Como demonstrou o Luiz Nassif , no livro “Cabeças de Planilha”– clique aqui para ler entrevista devastadora – o único que tinha motivos nobres para acreditar na lorota – do R$ 1 = US$ 1 – foi o André Lara Resende, que, há pouco tempo, reapareceu numa suspeita de chantagem de Daniel Dantas contra Fernando Henrique , no livro “sem Gilmar não haveria Dantas”, de Rubens Valente.)

Como diz o Mino Carta, os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – acreditaram na Miriam Leitão e quase quebram.

Para salvar-se, a Globo contratou o mesmo executivo que Fernando Henrique levou para criar a  Petrobrax.

E o jenio saiu a vender ativos da Globo.

O J. Hawilla e o Boni o receberiam para jantar com champagne Cristal, sempre que quisesse.

Mas, os filhos do Roberto Marinho, se pudessem …

Não fossem o Globope e o BV – e o BV é a maior fatia do faturamento de 190 agencias de publicidade do Brasil -, a Globo não teria como pagar o salário dos atores que não estão ar.

Entre outras coisas.

E olha que o BV da Globo é de solar ilegalidade, segundo a decisão do julgamento do mensalão – Fase I, aquela que o Ataulfo Merval de Paiva (***) recebeu como os Dez Mandamentos.

Agora, aqui entre nós, amigo navegante, tivesse você uns trocados … compraria ações da Globo Overseas ou da Petrobras?"

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