sábado, 1 de junho de 2013

Os dois lados do Atlântico Sul

Mauro Santayana, Blog: MauroSantayana
A Presidente Dilma Roussef acaba de voltar da Etiópia, onde assistiu, como convidada, à Cúpula Presidencial do 50ª Aniversário da União Africana. Lá, além de reiterar os laços culturais e econômicos que nos ligam àquela região, ela anunciou, também, a eliminação de antigas dívidas de 12 países africanos com o Brasil, no valor de 980 milhões de dólares.
 Aqui, muita gente ficou sem entender o gesto, assim como muitos ainda desconhecem as razões que justificam a nossa política africana. A aproximação estratégica do Brasil com a África, como um todo, vem desde o regime militar. Nos anos 1970 e 1980, era para a África e o Oriente Médio que iam milhares de brasileiros, para forjar seu futuro, trabalhando para empresas como a Mendes Júnior no Iraque e a Mauritânia, entre outros países. Para lá exportávamos, antes da destruição da indústria bélica brasileira, tanques da Engesa e da Bernardini, mísseis da Avibrás e armas portáteis.

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