segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E, no entanto, Lula se move




Depois de vencer o câncer e as eleições em São Paulo, Lula está pronto para elevar ainda mais a temperatura da política brasileira; acreditem, ficou do jeito que ele gosta
Brasil 247

Goste-se ou não, Lula saiu mais vivo do nunca de um tormentoso, especialmente para ele, 2012. O cabra atravessou a virada do ano passado com diagnóstico de câncer e sem qualquer garantia médica de que poderia se curar. Na política, tinha um candidato a prefeito de São Paulo que, sem exceção, dez entre dez analistas gargalhavam sobre as chances de vencer a eleição. Mirava, a curta distância, um rumoroso julgamento no Supremo Tribunal Federal do qual, mesmo sem ser réu, seria colocado no miolo da fogueira.
Lula venceu o câncer, elegeu Haddad e... ia passando incólume pelo chamado processo do mensalão quando, na prorrogação, para usar uma imagem futebolística, novas denúncias do publicitário Marcos Valério, feitas à guisa de obter os benefícios da delação premiada, o alcançaram aos olhos da mídia tradicional. Tudo o que Lula menos precisava – um escândalo de corrupção na engrenagem que ele próprio montou no escritório da Presidência da República em São Paulo, com a então chefe de Gabinete Rosemary Noronha na chave-mestra – também eclodiu.”
Artigo Completo, ::AQUI::

INTERNET : O PESADELO DA MIDIA.

Trecho do livro MAINSTREAM, do francês Frédéric Martel (Ed. Civilização Brasileira), sobre a guerra global das midias e das culturas:

"(...) Jack Valenti já tinha mais de 75 anos quando conheceu seu pior inimigo - pior, para ele, do que a guerra do Vietnã, que no entanto pusera fim à carreira de seu mentor, Lyndon Johnson. Esse inimigo é a Internet. (...)  A Internet é um verdadeiro inimigo pessoal para ele, sua obsessão, seu pesadelo (...)"

Jack Valenti foi Presidente da gigante MPAA - Motion Picture Association of Amercia, braço politico e lobby de Hollywood nos EUA. Era quem controlava o que se deveria dizer, escrever ou filmar; quem decidia quais filmes deveriam ser rodados, ou não. Famoso arrecadador de fundos para as campanhas presidenciais de presidentes dos EUA, fossem Democratas ou Republicanos.
Até hoje, a influência de Hollywood sobre o resto do mundo se mantém, com poderosos lobbies em governos de todos os países, orientais, inclusive, promovendo festinhas regadas a bebidas, mulheres e drogas.
É assim que se compra a alma de parlamentares, juízes, Presidentes e Primeiros Ministros. Nos países civilizados e nos não-civilizados igualmente.

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O temor que a Internet provoca nos meios de comunicação tradicionais não é novidade.
No fundo, representa a perda do controle sobre a informação, o que antes era monopólio dos grandes grupos empresariais agora passa para as mãos de qualquer sujeito, de qualquer parte do mundo, sem nenhum investimento importante além de um computador e uma conexão em banda larga.

O perigo que representamos é real: basta um pouco de coerência para derrubar os mitos e verdades que o fundamentalismo vem impondo desde que existe a comunicação de massa.

Chamo a midia de fundamentalista pela simples razão dela ter adotado uma postura tão radical, feroz e agressiva em relação a temas que falam diretamente às sociedades em geral, que mais se assemelham a um terrorista recheado de bombas prestes a explodir sua cabeça!

No pós Guerra, com a divisão do mundo entre Capitalismo e Comunismo, o que se viu foi uma ação muito bem coordenada de ambas as partes: se, por um lado, a União Soviética censurava opiniões divergentes, o capitalismo, liderado pelos EUA, colocava os meios de comunicação ocidentais à serviço da opinião única, do bem estar que o Capital é capaz de proporcionar. Uma censura direta, objetiva, manipulada por dezenas de governos do mundo ocidental que repetiam a mesma coisa, sempre, sem deixar oportunidade para a opinião contrária.
A propaganda é alma do ... domínio.

Liberdade de expressão, hoje, tornou-se artigo raro. Nem mesmo nos países mais desenvolvidos do Velho Continente existe a verdadeira liberdade de dizer o que se pensa: o controle é total. Tão, ou mais, perigoso que a mera censura da China ou da Coréia do Norte ...

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O que estamos vendo neste inicio de Século XXI é a volta a Idade Média, quando a liberdade era controlada por Papas, Reis e Imperadores.

Os interesses econômicos tomam a consciência das pessoas que não se dão conta dos males que a propaganda fundamentalista produz.

O exemplo claro, para este blogueiro, é a situação da Europa Ocidental, seus países sócios da Zona do Euro em pleno colapso capitalista, e suas populações perdendo poder de consumo. Tudo o que se fala a respeito remete à economia. Não levam em conta o real sofrimento de pessoas de carne e osso que - como aconteceu na Espanha, recentemente - se suicidam quando não podem pagar a hipoteca de suas casas.

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Voltando ao título deste post: o pesadelo deles será nossa arma para destruir o poder que os sustenta.

Desde os anos 60, o dominio foi total. Grandes conglomerados empresariais, bancos, redes de serviços internacionais, artistas, enfim, uma quantidade imensa de energia dispendida para fazê-lo acreditar no que é certo, no modo de você se vestir, agir, falar, comer ...  beba Coca-Cola !

O que temos hoje, graciosamente concedido pelos gênios da comunicação, é um meio de difusão de idéias, pensamentos, opiniões e diversão que está se voltando contra eles: minha liberdade de expressão depende exclusivamente de mim e alcança tantos quanto sou capaz de ler o que escrevo.

FELIZ 2 MIL E 13!

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Diário elege Barbosa o 'mais desagradável de 2012'

 

Do Brasil 247 - 31 de Dezembro de 2012 às 15:37
 

247 - Qual foi a personalidade brasileira mais desagradável de 2012? Para os leitores do blog Diário do Centro do Mundo, não houve competidor para o presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa. Leia:

Joaquim Barbosa é a personalidade mais desagradável de 2012

Serra parecia tranquilo no posto de brasileiro mais antipático, até despontar Barbosa, o nosso Batman

E Joaquim Barbosa venceu.

O Diário convidou os leitores a escolher o brasileiro mais desagradável de 2012. As opções foram variadas, seis no total, gente de esquerda e gente de direita, de Lula e Dirceu a JB e Reinaldo Azevedo.

Barbosa ganhou com folga. Teve o dobro de votos do segundo colocado, Reinaldo Azevedo, representante daquela ruidosa turma de colunistas que vão de Merval a Noblat, Dora Kramer a Sardenberg, Jabor a Pondé — os já consagrados rolabostas.

Serra só apareceu em terceiro, o que eventualmente pode animá-lo a tentar a sorte nas urnas ainda uma vez. Se é verdade que ele chamou FHC de "gagá" por defender a candidatura de Aécio, conforme nota de um jornalista da Globo, é porque ele tem planos para 2014.

Os menos votados pelos leitores do Diário foram, pela ordem, Zé Dirceu, Lula e FHC.
Eu talvez não devesse revelar meu voto, mas aqui vai, em nome da transparência: JB, com convicção. Foi com certeza a pior invenção de Lula.

Interiormente aplaudi os deputados da Bahia que deram um choque de realidade a esse heroi de araque ao lhe recusarem o título de baiano honorário.

Clap, clap, clap.

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O que a Globo defende na Argentina

Conheça a História da Liberdade de Imprensa que a Globo defende na Argentina

Quantas vezes por dia você ouve os apresentadores do Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo dizer que a presidenta da Argentina atenta contra a liberdade de imprensa daquele país?
Já parou para se perguntar porque a Rede Globo com todas suas emissoras de rádio e TV, jornais impressos e revistas defendem tanto o Clarín, principal grupo de comunicação da vizinha Argentina?
Conheça aqui um pouco da história desse empresa que lá corresponde ao significado das Organizações Globo para o Brasil e compreenda com mais clareza do que pretendem lhe convencer.
Com reportagem de Erico Nepomuceno sob o título de O Leviatã Midiático, CartaCapital n˚729 mostra a formação do Clarín, símbolo maior do oligopólio dos meios de comunicação. É assustador!
“Por trás desse conglomerado gigantesco, além do mais, há histórias escabrosas. O jornal Clarín surgiu em 1945, de forma relativamente modesta. Seu fundador, Roberto Noble, era um fervoroso admirador de duas figuras que haviam marcado época e deixado um rastro de barbaridades: um italiano chamado Benito Mussolini e um austríaco chamado Adolf Hitler.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, vencidos e mortos os dois, Noble achava que parte de suas ideias merecia ser resgatada. Quando Juan Domingo Perón foi derrubado por um golpe militar em 1955, o Clarín demonstrou claras simpatias pelo novo regime. E assim foi. Havia outros grandes jornais que faziam pesada sombra. E se hoje é um dos diários de maior circulação na América Latina, até a última ditadura argentina (1976-1983) nunca deixou de ser um jornal de segunda linha, sem a tradição do conservador La Nación ou a ousadia de publicações que inovaram a imprensa do país, como a revista Primera Plana dos anos 60 ou o jornal La Opinión dos primeiros anos 70.
Na ditadura, o jornal ganhou corpo e voz. E tornou-se um grupo importante, graças às manobras de seu executivo, Héctor Magnetto, que começou como contador e hoje é o segundo maior acionista da empresa. Além da cumplicidade aberta com o regime genocida, o jornal – ao lado do vetusto La Nación e o popularesco (hoje desaparecido) La Razón – conseguiu um maná a preço de banana: apoderar-se do Papel Prensa, única fábrica papeleira da Argentina. A apropriação é uma das tantas histórias de horror absoluto da ditadura iniciada pelo general Jorge Rafael Videla e continuada por outros adeptos da barbárie como meio de vida.
A Papel Prensa era, por certo, um negócio confuso. Foi fundada durante os efêmeros governos peronistas por um jovem e ousado financista, David Graiver, que contava com o apoio de José Gelbard, ministro de Economia de Héctor Cámpora e do próprio Perón. Graiver morreu num misterioso desastre aéreo no México, em agosto de 1976, quando a ditadura encabeçada por Videla cumpria cinco meses de horror. Sua viúva, Lidia Papaleo de Graiver, e a filha eram as herdeiras majoritárias, além de outros familiares do marido.
Naquele período, além de torturar, assassinar, desaparecer e mandar para o exílio dezenas de milhares de argentinos, os militares se distraiam apoderando-se dos bens de suas vítimas. Gravier era especialmente odiado. Além de judeu, era considerado (e muito, possivelmente com razão) o administrador da fortuna do grupo guerrilheiro peronista Montoneros, criada a partir de resgates milionários obtidos em sequestros. A Papel Prensa era um butim muito ambicionado.
Logo depois da morte de Graiver, sua viúva voltou para a Argentina. Queria cuidar das propriedades do marido morto. Foi quando conheceu a face cruel da ditadura e o rosto macabro de Magnetto. Presa, foi pressionada a vender as ações da Papel Prensa para um trio formado pelo Clarín, o La Prensa e o La Razón, além de uma participação que permanecia nas mãos do Estado.
Fragilizada, Sob todo tipo de pressão – ameaçavam matá-la e desaparecer com sua filha, na época um bebê de 1 ano de vida -, capitulou. Vendeu suas ações e recebeu como sinal cerca de 8 mil dólares. O resto – outros 2 milhões, preço insignificante diante do que a Papel Prensa realmente valia – nunca foi pago. Até hoje ela move, na Justiça argentina, um processo na tentativa de receber o combinado. Neste ano, diante de um tribunal, ela contou como foi a venda e, principalmente, o que aconteceu em seguida.
Disse que pouco depois de ter assinado a papelada, foi presa. Há razões para que a prisão acontecesse depois da venda da Papel Prensa. Uma lei determinava que os bens dos subversivos presos ou mortos passassem diretamente às mãos do Estado. A ditadura queria compensar seus aliados da mídia. Prender Lidia Papaleo significaria passar a única fábrica de papel do país para o Estado. Feita a transação, sobrava uma viúva jovem, atraente, e certamente dona do segredo de outros milhões de dólares. Seus algozes queriam encontrar o dinheiro deixado por Graiver.
Diante do tribunal, Lídia Papaleo contou como foi violada, agredida, vexada. Teve o tímpano arrebentado a golpes de mão aberta contra o ouvido. Muitas vezes, depois de estuprada, era levada de volta para a cela e jogada, nua, no chão. “E então, contou ela ao juiz, “eles vinham e cuspiam, urinavam e ejaculavam em cima de mim”. Contou que até hoje, em seus pesadelos, revê o rosto de seus torturadores. E disse que nenhum desses rostos a amedronta mais do que o do homem que a pressionou para assinar os documentos da venda da Papel Prensa. Os olhos do homem que dizia, com uma voz serena e calma, que ou ela assinava, ou veria sua filha ser morta, antes de ela mesma ser assassinada.
Esse homem chama-se Héctor Magnetto e é o presidente do Clarín, do qual detém 33% das ações.
Graças a ele e aos seus métodos, o grupo tornou-se o que é hoje. É ele o patrão dos paladinos que dizem e asseguram que a Lei de Meios é um atentado à liberdade de expressão. É à sua voz que fazem eco os conglomerados de comunicação do Brasil.
Cristina Kirchner acaba de cumprir o primeiro ano de seu segundo mandato, envolvida numa briga tremenda com o grupo capitaneado por semelhante personagem.
O país enfrenta, seu governo também enfrenta, é verdade, um amontoado de problemas significativos. A inflação está em níveis elevadíssimos (deve rondar ou superar a marca dos 25%, em 2012), a economia apenas engatinha após anos de forte impulso, a classe média concentrada, principalmente, em Buenos Aires, e que sempre expressou contra o peronismo algo muito parecido ao preconceito (quando não ao ódio) de classe, se opõe de maneira cada vez mais radical a tudo que seu governo faz.
Há acusações de corrupção, e, certamente, uma parte consistente delas tem fundamento. Os investidores desconfiam de suas ações, algumas multinacionais abandonam o país, há sérias dificuldades para obter divisas e honrar os compromissos internacionais.
Nada disso parece insolúvel. Se ela conseguir, e tudo indica que conseguirá, desmontar um conglomerado ávido e feroz, que nasce a partir de uma história de horror e indecência, terá deixado uma significativa marca. E um exemplo – outro – para os vizinhos: da mesma forma que é possível resgatar o passado e fulminar a impunidade de quem cometeu crimes de lesa-humanidade, é possível desmontar os monopólios e democratizar a informação.”

Consulte seu horóscopo para este final de ano [para quem acredita]


Clima de mudanças de ares e quem sabe até de amizades também. Bom momento para você conhecer pessoas novas que tenham mais afinidades com as suas ideias.

Touro

Orgulhos e vaidades poderão lhe afastar de pessoas com as quais você costuma se relacionar. Não deixe que pequenos desentendimentos virem grandes problemas.

Gêmeos

O peso de certas responsabilidades pode estar pressionando o seu mundo emocional, tome cuidado para que as suas escolhas sejam mais racionais e coerentes.

Câncer

Sensação de poder e de liderança sobre as pessoas ao seu redor, você pode estar a frente das situações mais importantes do dia que envolvam muitas pessoas.

Leão

Domínio emocional das situações e dos eventos que você participar, as pessoas estarão dispostas a ajudarem você em seus objetivos. Bom momento para acertos.

Virgem

Visão um pouco mais séria da vida, seus objetivos e as pessoas que lhe rodeiam passam a ter muito mais valor para você. Tempo de se aproximar mais dos outros.

Libra

Procure somar esforços com as pessoas, dia sujeito e divergências de opiniões e conflitos que só poderão ser sanados com a ajuda de pessoas mais fortes.

Escorpião

Novidades se aproximando, boas chances de realizar mudanças, principalmente nos seus relacionamentos, fique perto de pessoas que realmente valorizam você.

Sagitário

Novos tempos exigem novas atitudes, coloque uma pitada a mais de responsabilidade nas suas decisões e quem sabe assim coisas melhores acabam acontecendo.

Capricórnio

Dia com boas oportunidades de realizar negócios com pessoas ricas ou poderosas que podem achar que investir nas suas ideias pode ser algo positivo para elas.

Aquário

Bola cheia, mas é preciso ter cuidado para não desagradar as pessoas que pensam diferente de você. Curta a vida ao lado de quem pensa parecido com você.

Peixes

Pense bem antes de ir na onda dos outros só para satisfazer a vontade alheia, seja mais você e brilhe, divirta-se com as coisas que fazem a sua felicidade.

Depois da ruína neolibeal, o "moralismo liberal"



Ex-ministro de FHC, Luiz Carlos Bresser Pereira publica duro artigo sobre o comportamento das elites ao longo da Ação Penal 470. "O que significou, afinal, esse julgamento? O início de uma nova era na luta contra a corrupção no Brasil, como afirmaram com tanta ênfase elites conservadoras, ou, antes, um momento em que essas elites lograram afinal impor uma derrota a um partido político que vem governando o país há dez anos com êxito?"
Brasil 237
A ação penal 470 foi um julgamento político. O momento em que as elites brasileiras, após a rúína neoliberal, decidiram se apegar ao velho moralismo liberal. A tese é do cientista político Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro de FHC, que publicou artigo na Folha. Leia abaixo:
O mensalão, as elites e o povo
Depois do fracasso da aventura neoliberal, as elites se prendem ao velho moralismo liberal
O fato político de 2012 foi o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do processo do mensalão e a condenação a longos anos de prisão de três líderes do Partido dos Trabalhadores com um currículo respeitável de contribuições ao país.
O que significou, afinal, esse julgamento? O início de uma nova era na luta contra a corrupção no Brasil, como afirmaram com tanta ênfase elites conservadoras, ou, antes, um momento em que essas elites lograram afinal impor uma derrota a um partido político que vem governando o país há dez anos com êxito?”
Artigo Completo, ::AQUI::

Em programa de rádio, Dilma cita criação de empregos e de vagas em universidades como destaques de 2012



Paula Laboissière, Agência Brasil

“A presidenta Dilma Rousseff fez hoje (31) um balanço das ações do governo em 2012, destacando resultados como a criação de 1,77 milhão de empregos com carteira assinada entre janeiro e novembro e de mais 35 mil vagas nas universidades federais.

No programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela lembrou que, a partir de amanhã (1º), o valor do salário mínimo passa a ser R$ 678 – um aumento de 9%. “Estamos aumentando, a cada ano, o poder de compra dos trabalhadores, dos aposentados e dos pensionistas do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. Além de justa, essa política é importante para o crescimento da economia e ela acaba beneficiando todos os brasileiros”, avaliou.


domingo, 30 de dezembro de 2012

INOCENTES ESPECIAIS" RINDO NA CARA DO BRASIL


Por que os "inocentes especiais " não estão sendo sendo investigados, julgados e presos ?
 
PGF                                                                STF 
       "Ainda não li  'A Privataria'..."  !                                            "Eu sou norrrrrmal !"
  
__________

 

RINDO NA CARA DO BRASIL   

 

GALERIA DOS 'INOCENTES ESPECIAIS'


 
      

 
AQUI LUGAR
PARA DEZENAS DE
OUTROS 'INOCENTES'




Privataria Tucana,
Satiagraha,

Mensalão Tucano,
Lista de Furnas,
Crime Organizado,
Rouboanel,
Propinas da Arlston,
Ambulâcias,
Assassinato de reputações,
Grampos ,
  
etc., etc., etc... 

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Policarpo Jr é processado criminalmente por Alfredo Nascimento e PCdoB

O senador Alfredo Nascimento (PR-AM) está processando os jornalistas da revista Veja, Policarpo Júnior, Rodrigo Rangel, Hugo Marques e Daniel Pereira. Trata-se de queixa-crime por Difamação, Injúria e Calúnia. A ação é penal, portanto é possível levar à condenação de até 3 anos e 6 meses de detenção, além de multa.
http://goo.gl/JywXH
Ao que parece, a ação é sobre aquela matéria da revista, alimentada por Carlinhos Cachoeira, para derrubar o então ministro, que estaria contrariando seus interesses com a empreiteira Delta. A TV Record fez uma reportagem sobre esse episódio em maio de 2012:



PCdoB move outro processo

O PCdoB também processa criminalmente, pelos mesmos crimes, os jornalistas de revista Veja, Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Policarpo Júnior, Mario Sabino, Eurípedes Alcântara e Manoel Lemos.

http://goo.gl/1ZUFa
É sinal de que mais alguns políticos estão perdendo o medo de brigar com a velha imprensa, e que a CPI do Cachoeira teve consequências, mesmo com o PSDB fazendo acordão com partidos da base governista para blindar o bicheiro e o governador Marconi Perillo.

Se todos os alvos de "reporcagens" passarem a processar, mesmo a velha imprensa demotucana será obrigada a ser mais séria, por bem ou por mal.

2012 na Política: O Governo


Um governo que é avaliado como “ótimo” ou “bom” por 62% das pessoas tem muito que comemorar. Uma presidente cujo trabalho é aprovado por 78% da população, também.
São os números da pesquisa CNI/Ibope feita entre os dias 6 e 9 de dezembro, em que foram ouvidas 2002 pessoas.
Dilma chega à metade de seu mandato com avaliação melhor que a de qualquer um de seus antecessores em momento parecido. Desde quando existem dados comparáveis, ninguém obteve números semelhantes.
Fernando Henrique, por exemplo, nunca alcançou esse índice, sequer na época em que atravessava sua fase áurea. A vitória contra a inflação, a equivalência do real com o dólar, o quilo de frango que valia uma moeda, a sensação de que a economia entrava em rota de crescimento, nada disso fez com que chegasse ao número que Dilma tem hoje.
É uma lembrança que mostra quão inadequada é a interpretação que as oposições, especialmente seu braço midiático, oferecem para a popularidade do governo Dilma.
Na enésima repetição do velho chavão de que “É a economia, estúpido!”, limitam a explicação a um único fator: para elas, as pessoas comuns, que constituem a grande maioria, pensam com a barriga. Quando estão de pança cheia, aprovam o governo.
Trata-se de um equívoco baseado em puro preconceito, segundo o qual o povo só é capaz de avaliações unidimensionais. Ao contrário dos bem pensantes, que conseguiriam fazer raciocínios complexos.
Assim como a população não gostava de Fernando Henrique por vários motivos - ainda que aprovasse sua atuação no controle da inflação -, gosta de Dilma por diversas razões, mesmo reconhecendo que há políticas que não funcionam de maneira satisfatória.
O tamanho da aprovação do governo neste final de ano foi duplamente decepcionante para a oposição partidária e seus aliados. Ao invés de subir, esperavam que caísse, na confluência do desgaste da imagem do PT causado pelo julgamento do mensalão e do agravamento da situação objetiva da economia.
Dilma ultrapassou, no entanto, os percalços. Por mais que os economistas da oposição estejam pintando quadros fúnebres para o Brasil e insistam em falar em crises, as pessoas se sentem satisfeitas com o presente e otimistas em relação ao futuro.
Por maior que seja a culpabilização do PT, ninguém associa a presidente a qualquer malfeito, real ou inventado.
Não é surpresa, portanto, que tenha a vantagem que tem nas pesquisas para a eleição de 2014. Frente a quaisquer candidatos, venceria, com larga margem, a eleição no primeiro turno. Seu desempenho só é inferior ao de Lula - e por pouco.
Para tentar mudar esse quadro de favoritismo, entrou na moda o argumento de que o País “poderia estar melhor” e só não está por “incompetência gerencial do governo”.
Na opinião de nove em dez analistas da mídia conservadora, Dilma não seria a boa gerente que é apresentada.
Trata-se de uma tese de escassa capacidade de convencimento. Primeiro, porque as pessoas levam mais em consideração os benefícios que estão a seu alcance que os que poderiam, hipoteticamente, obter. Se acreditam que o governo vai bem, porque trocá-lo por algo que não existe?
Em segundo lugar, porque não enxergam alguém melhor que ela. Na opinião da maioria, a oposição teve sua oportunidade nos oito anos em que Fernando Henrique foi presidente e não convenceu. Ao contrário, em retrospecto, mostrou-se inferior aos petistas.
Ainda que a situação da economia piorasse no próximo ano, é difícil que afetasse significativamente a popularidade da presidente e a eleição de 2014.
Como não é isso o mais provável, são poucas as nuvens no horizonte para Dilma. Salvo as de todo dia, com as quais já se acostumou.
Cautela a presidente tem que ter é com a Copa do Mundo. Ela não será cobrada se a seleção for mal, nem aplaudida se for bem nos gramados.
Mas pagará um preço de imagem pessoal muito alto se as pessoas ficarem com o sentimento de que o Brasil perdeu a copa que mais interessa. A da organização do evento e do bom funcionamento das coisas durante sua realização.
Essa, para a população, é mais importante que o hexacampeonato.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

O ano da conclusão de uma farsa


O ano de 2012 entrará para a história do Brasil como o de concretização de uma farsa político-jurídica e midiática elaborada e montada com o objetivo maior de, por vias indiretas, atingir o projeto de desenvolvimento do país iniciado com a chegada do companheiro Lula à Presidência da República.
Um projeto que, hoje, bem consolidado e conduzido pela presidenta, Dilma Rousseff, ameaça os antigos detentores do poder porque desarticula as perversas desigualdades sobre as quais esses velhos governantes estruturaram seu domínio sobre as vontades populares.
Sustentados nos meios de comunicação, poder sob forte monopólio e ainda controlado pelas velhas oligarquias, avocaram para si a pretensa prerrogativa de ser voz da opinião pública nacional e passaram a pressionar o Poder Judiciário para que este exibisse ao país a prova incontestável de que a era da impunidade acabou.
E esse marco só teria lugar se o julgamento da Ação Penal 470, apelidada de Mensalão como parte dessa estratégia, resultasse em um desfecho pré-conhecido: a minha condenação como mentor de um inexistente esquema de compra de votos no Congresso Nacional.
Fortemente pressionado — afinal, já no recebimento da denúncia se sabia que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidira “com a faca no pescoço”—, o tribunal maior do país não resistiu e sucumbiu.
Trilhou o caminho do julgamento eminentemente político, mesmo sendo uma Casa eminentemente técnica, ainda mais em questões penais.
Tal escolha impede o fortalecimento dos princípios constitucionais fundamentais, o que se daria com o sopesar dos direitos e garantias legais do Estado e dos cidadãos, no lugar de um julgamento em que se aceitou condenar sem provas.
Soou ser mais importante dar uma explicação à “opinião publicada” — não qualquer explicação, mas a única esperada, a condenação. Como se a impunidade não estivesse presente em justas absolvições.
Nessa esteira, cometeu-se toda a sorte de inovações jurídicas: do ineditismo de um julgamento com dezenas de réus sem a possibilidade de duplo grau de jurisdição à utilização parcial de uma teoria jurídica para a dispensa de provas, na qual o próprio autor apontou equívocos de interpretação em sua adoção.
Os vários réus julgados coletivamente, ainda que com direito a outros foros, serviam à composição de um julgamento complexo, ampliando os espaços para decisões contraditórias e imprecisas, em que o ônus da prova cabia ao acusado, não ao acusador. Foi o que se viu.
As poucas vozes dissonantes que tinham espaço na grande mídia não hesitaram. “Dado que uma das peculiaridades do julgamento foi o valor especial das ilações e deduções, para efeito condenatório”, escreveu o colunista Jânio de Freitas, que pautou suas intervenções nas ponderações sobre o que se estava ocultando no processo.
Em inúmeras outras manifestações públicas, a data e o cronograma do julgamento foram criticados, por concorrerem, influírem e serem influenciadas pelo processo eleitoral em curso.
Marcar o julgamento para o mesmo período que as eleições? A cautela e o desejo de isenção recomendariam ou antecipação, ou adiamento, para insular a Corte. Mas não: subverteu-se o bom senso para afirmar que a opção só reforçava o caráter isento que o julgamento deveria ter.
O comportamento do relator da AP 470 também foi aqui e ali criticado, muitas das vezes pelos próprios colegas, como se fosse sua visão “a única verdade possível”, ou como se o resultado do juízo feito por um colegiado não devesse ser alvo de contraditórios e divergências.
Forjou-se um herói nacional, não pelas massas e movimentos sociais, mas das letras e imagens midiáticas.
Assim, foi tratado com desprezo o fato de inexistir relação entre o voto parlamentar e o suposto ato da compra desse mesmo voto, pois isso derrubaria a tese central do chamado “Mensalão”.
Da mesma forma, preferiu-se fechar os olhos ao fato de que a natureza dos recursos utilizados na agência DNA Propaganda não era pública, contrariamente ao que propagou no decorrer do julgamento.
Foi menosprezado o documento do Banco do Brasil que nega o caráter público dos recursos, afinal, a Visanet é, de fato, uma empresa privada e multinacional, cuja sociedade é composta por 24 bancos.
Ademais, o BB é sócio minoritário, sem jamais ter aportado dinheiro na Visanet, o que desfaz a compreensão adotada pelo STF. Também se ignorou o fato de que uma auditoria pública feita pelo BB não encontrou irregularidades nas contas do fundo Visanet.
Mas o mais aviltante foi verificar a divergência na utilização da teoria do domínio do fato. Tal teoria, escolhida para me condenar sem provas, serviu para sustentar o argumento de que minha posição à época não permitia que se tivessem cometidos crimes sem meu conhecimento.
Isso aos olhos de parte dos ministros do STF, pois, para o autor dessa mesma teoria, o jurista alemão Claus Roxin, “o dever de conhecer os atos de um subordinado não implica corresponsabilidade” e “a posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato”, pois “o mero ter que saber não basta”.
Roxin reafirmou o ululante: para condenar, há que haver provas!
Costuma-se dizer que decisão judicial não se discute, cumpre-se. De fato, devem ser cumpridas, sob pena de caos institucional. Mas, sempre que se entender apropriado, devem ser discutidas. Contestadas, criticadas e, se possível, corrigidas. Pois é isso que faz toda instituição crescer e vicejar — inclusive o Judiciário, que não é um Poder absoluto.
Não será esta a primeira vez que minha fibra e a firmeza de minhas convicções e lutas serão postas à prova.
Já disse outrora que entrei e saí do governo sem patrimônio, sem praticar qualquer ato ilícito ou ilegal, seja na condição de dirigente do PT, seja na de parlamentar ou de ministro de Estado.
Minha condenação se dá sem provas e a má aplicação da teoria do domínio do fato não apagará isso.
Como nas vezes anteriores, seguirei lutando. Para provar minha inocência e para que sigam acesas as chamas dos ideais e sonhos que ajudei a construir, a compartilhar, a defender e a realizar, dentro e fora do governo.
Após o ano da concretização de uma farsa, que 2013 seja o ano do ressurgimento da verdade.
José Dirceu, advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT.