sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Merval prepara livro sobre "Mensalão"... Vem MERda por aí!


Por DiAfonso [Editor-geral do Terra Brasilis]

[Atualizado em 30.11.2012]

Deu na coluna do Ancelmo Gois - aquele que fala por você e por todos os brasileiros quando faz referência aos atributos de beldades globais:


As "más línguas" andam ventilando por aí que o Merval não se sente totalmente realizado como membro Imortal da ABL. Ele quer, também, ser ministro do STF. A Globo já o avalizou... Daí para diante, com a covardia de certos figurões do PT, é só marcar a data da posse do "ilustre"... E o salseiro estará feito.

Em tempo: Podem ficar certos de que a mídia corporativa dará vazão à obra... Quanto ao livro A Privataria Tucana [do jornalista Amaury Ribeiro Jr.], essa mesma mídia se fez de morta ou fez ouvido de mercador, como dizia minha avó.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Charge Online do Bessinha # 1250


[Mensalão] Renomado jurista afirma: "Houve transgressão de garantias básicas"



“Mensalão foi soluço na história do Supremo”

Quem diz é o jurista Celso Bandeira de Mello, responsável pela indicação de Carlos Ayres Britto ao STF; ele afirma que, nos próximos casos, a suprema corte não permitirá a mesma "flexibilização de provas"

O renomado jurista Celso Antônio Bandeira de Mello acredita que o julgamento do chamado 'mensalão' foi um "solução na história do Supremo Tribunal Federal". Segundo ele, que indicou ao tribunal o ministro Carlos Ayres Britto, quem diz considerar "um irmão", houve forte influência do que chamou de "opinião publicada", além de transgressão de garantias básicas. A Corte Suprema do País, acredita ele, não irá repetir nos próximos casos a "flexibilização de provas" cometida na Ação Penal 470.

Especialista em Direito Administrativo, Bandeira de Mello defende, numa entrevista concedida ao portal Última Instância, hospedado pelo Uol, que "o juiz devia ser proibido de dar entrevistas". Em seu ponto de vista, a postura de Joaquim Barbosa como relator do processo foi "muito agressiva", sem a "serenidade que se espera de um juiz". Ele também acha que o novo presidente do STF "tinha que ter uma atitude de maior urbanidade em relação aos colegas". Já o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, considera um "príncipe", digno de uma "educação e uma finura monumental".

Confira abaixo trechos da entrevista:

Com a fixação das penas, chegamos à reta final do julgamento da Ação Penal 470. Como o senhor enxerga o julgamento?

O mensalão, na minha visão, não era mensalão porque não era mensal. Isso foi a visão que a imprensa consagrou. Em segundo lugar, entendo que foram desrespeitados alguns princípios básicos do Direito, como a necessidade de prova para condenação, e não apenas a suspeita, a presunção de culpa. Além disso, foi violado o princípio do duplo grau de jurisdição.

Há um mês atrás, um juiz mineiro decidiu anular os efeitos da Reforma da Previdência. Ele citou textualmente o julgamento no STF para alegar que a compra de votos foi comprovada e que, portanto, a reforma seria inconstitucional. É possível anular atos do Legislativo com base na tese do mensalão?

Se é com base no mensalão, não. A Reforma da Previdência pode ser censurada por outros aspectos, mas não por causa do mensalão. Acho que a chance de anular atos legislativos aprovados durante o escândalo é zero. Isto, pois há um impedimento jurídico de que quando um colegiado decide, quem decidiu foi o colegiado como um todo e não os membros do colégio. É por isso que, se um indivíduo tem o mandato invalidado, porque ele foi ilegalmente investido, isso não afeta em nada [a validade dos atos].

Quanto ao processo de indicação dos novos ministros, qual é o melhor modelo?

Não há nada mais difícil do que imaginar um bom processo de escolha. No passado, já sugeri que a escolha fosse feita através de um processo de eleição entre todos os juízes do Brasil. Mas, nem mesmo isso, eu me atrevo a dizer que será o ideal. Porque isso é capaz de politizar tanto, criar tantos grupos de partidários, que o mérito do candidato pode também ficar em segundo plano.

O senhor considera exagerada a publicidade que alguns magistrados recebem ao exercer suas funções jurisdicionais?

Antigamente, se dizia que o "juiz só fala nos autos". Eu acho que o juiz devia ser proibido de dar entrevistas. E não só os ministros do Supremo — mas eles é que parecem que gostam.

Qual é a sua impressão da postura do relator Joaquim Barbosa ao longo do julgamento?

Eu não gostei. Achei uma postura muito agressiva. Nele não se lia a serenidade que se espera de um juiz. Inclusive, em relação aos colegas, ele tinha que ter uma atitude de maior urbanidade em relação aos colegas. E no caso do Lewandowski, ele é um príncipe. Um homem de uma educação e uma finura monumental. É quase que inacreditável que Barbosa tenha conseguido fazer um homem como Lewandowski perder a paciência.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Charge Online do Bessinha # 1249


O Odair José a que o Bessinha faz referência:




José Dirceu: O irresponsável envolvimento de meu nome em escândalos

No Terra Brasilis


Por várias vezes em anos recentes, a imprensa vinculou-me a escândalos que, depois de concluídas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nada tinha a ver com tais episódios. Meu nome nem sequer figurou como testemunha nestes processos.

Foi assim pelo menos seis vezes: nos casos Celso Daniel; MSI-Corinthians; Eletronet; Operação Satiagraha; Carlos Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora (MG), do PTB; e Alberto Mourão, ex-prefeito de Praia Grande (SP), do PSDB.

Em alguns desses casos – como Bejani, Eletronet e Satiagraha –, meu nome foi parar no noticiário das TVs. Repito: encerradas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nunca tive ligações com nada disso.

Agora, a história se repete

A partir de declarações de Cyonil Borges, ex-auditor do TCU sob investigação da Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que apura denúncias relacionadas a Paulo Vieira (ex-diretor da Agência Nacional de Águas-ANA), de novo sou envolvido. Gratuitamente. Irresponsavelmente, como das outras vezes. As investigações ainda estão em curso e meu nome já é escandalosamente noticiado como relacionado ao caso.

Não custa recordar que Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, fez o mesmo: acusou-me de beneficiário de esquema de corrupção que teria havido em Santo André. Quando o processei por calúnia, ele afirmou em juízo que ouvira de terceiros que eu era o destinatário de recursos financeiros ilegais para campanhas eleitorais do PT.

Francisco Daniel retratou-se, de forma cabal e indiscutível na Justiça. Mas isso praticamente não foi noticiado pela imprensa. E continua sem ser noticiado quando a mídia com frequência volta ao caso Celso Daniel. Ela repete a acusação que me foi feita por Francisco, sem registrar – ou fazendo-o sem o menor destaque – que ele se retratou.

Assim foi em todos os demais casos que lembrei. Envolvem meu nome no noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a "temporada" e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim – pelo contrário, as investigações terem concluído que eu não tive o menor envolvimento com o caso em pauta.

Fotos antigas de personalidades na praia [Parte 1]












Veja também a Parte 2, clicando aqui.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Charge Online do Bessinha # 1247


Jurista afirma que cassação de mandatos pelo STF é inconstitucional



Jurista Dalmo Dallari explicou que a última palavra é do Parlamento

A fase de fixação de penas dos réus condenados durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está levando a uma discussão polêmica nos corredores da Câmara Federal sobre o futuro do mandato dos deputados considerados culpados.

A polêmica surgiu porque em julho, ao protocolar as alegações finais do processo no STF, o procurador-geral da república, Roberto Gurgel, disse que é “relevante a aplicação da pena de perda de cargo, função pública ou mandato eletivo” como um dos efeitos da decisão da Suprema Corte.

Para o jurista e professor da Universidade de São Paulo Dalmo Dallari, uma determinação do Supremo nesse sentido seria inconstitucional. “Se o Supremo fizesse isso, criaria um embaraço jurídico extremo”, avaliou. Dallari explicou à Agência Brasil que, nesse caso, o Supremo pode apenas comunicar ao Parlamento que entende que a condenação é caso de cassação de mandato. “A Constituição assegura que a última palavra é do Parlamento, qualquer decisão contrária a isso caberia recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos”, disse.

O Inciso VI do Artigo 55 da Constituição Federal, que fala da perda de mandato de deputado ou senador, disse que fica sem o mandado o parlamentar “que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado”. Porém, o Parágrafo 2º do mesmo artigo diz que “a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa”.

Três deputados federais, João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto ( PR-SP), foram condenados pelo STF, mas ainda aguardam a definição das penas. Na Câmara, a polêmica também envolve o ex-presidente do PT, José Genoíno (SP). Como suplente, o petista deve assumir em janeiro a vaga do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), que foi eleito prefeito de São José dos Campos. Genoíno já teve a pena fixada em sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha. Segundo a assessoria da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, até hoje a Casa não teve nenhum caso de perda de mandato por motivo de sentença transitada em julgado.

Depois que o Supremo concluir o julgamento e comunicar a decisão à Câmara, o processo que pode levar à cassação desses deputados deve ser longo. Primeiro, o presidente da Casa, deputado Marco Maia ( PT-RS), pode pedir que o corregedor se pronuncie sobre o assunto. A corregedoria, então, ouve a defesa dos deputados condenados e leva o caso para análise dos sete membros da Mesa Diretora da Câmara, que decidem se oferecem representação para perda de mandato à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Se na CCJ os deputados decidirem pela abertura de processo de cassação, a palavra final é do plenário. “Nada impede também que, depois de terminado o julgamento, qualquer partido político entre com pedido de cassação de mandato junto à Mesa Diretora”, explicou o chefe da assessoria jurídica da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, Fábio Ramos.

Questionado sobre uma possível cassação dos colegas condenados, o presidente da Câmara, Marco Maia, já disse que não existe a possibilidade de o STF interferir nesse assunto. Maia tem dito também que quer esperar a conclusão do julgamento “até para ver se haverá equilíbrio entre as penas”, mas em todas as vezes que falou do assunto adiantou que vai cumprir integralmente a Constituição.

- A lei é muito clara, eles [os ministros do Supremo] mandam para cá e quem vai decidir se cassa ou não é o conjunto de deputados. O PT vai defender esses deputados aqui, não há dúvida em relação à defesa do mandato desses companheiros – garantiu o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP).

A incerteza sobre o futuro dos deputados condenados incomoda o PSOL. “Para nós, é um constrangimento muito grande ver deputados condenados exercendo o mandato”, disse o líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente (SP). Mesmo reconhecendo que não há disposição entre a maioria dos líderes partidários para votar a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em casos de cassação de mandato, Valente diz que a prioridade do partido é acelerar essa discussão no plenário. “Sem o voto aberto, vamos continuar tendo casos desse tipo”, disse.

O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL) disse à Agência Brasil que o partido ainda não conversou sobre a situação do deputado Pedro Henry. Ele destacou o fato de o colega não ter renunciado e ter sido eleito para mais dois mandatos depois das denúncias. “De qualquer forma, esse é um assunto que extrapola os partidos e cabe à Mesa Diretora da Casa, mas nem a pena foi definida pelo Supremo. Vamos esperar, acrescentou.

Via Correio do Brasil  Redação, com ABr - de Brasília

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

[Desejo de Golpe] Brigadeiro Frota: "há uma forte vontade para tirar este governo sem-vergonha que está aí”



A “direitona” está indócil no Brasil. Durante o governo do presidente Lula ela se movimentou de forma razoavelmente discreta. No governo Dilma, no entanto, ela tem se mexido com muita mais desenvoltura, e no ano passado até assinou um manifesto promovido pelo Clube da Aeronáutica contra  a Presidente. (leia aqui)

Confira agora a entrevista do ultradireitista, brigadeiro Ivan Frota, que sem meias palavras diz em entrevista ao Jornal Diário da Manhã de Goiânia  que “há uma forte vontade para tirar este governo sem-vergonha que está aí”.

Hélmiton Prateado

(do Jornal Diário da Manhã)

O tenente-brigadeiro Ivan Frota nasceu em Fortaleza e foi criado em Ipameri, interior de Goiás, desde os dois meses de idade. Saiu daqui para estudar no Rio de Janeiro e se tornou oficial general da Força Aérea Brasileira. De passagem por Goiânia ele concedeu entrevista ao Diário da Manhã e falou sobre temas políticos e relembrou fatos do período militar.

Ivan Frota foi o primeiro aviador brasileiro a acumular mais de 3.000 horas de vôo em jato de caça. Sua tese de estudos para ingresso no Estado Maior da Aeronáutica se tornou o Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Foi candidato a deputado federal pelo PSD do Rio de Janeiro em 1994. Obteve pouco mais de 251 mil votos para presidente da República em 1998 pelo PMN e saiu da política após perder novamente uma eleição para deputado federal em 2002 pelo PTB no Rio Grande do Norte.

Na reserva desde 1993 ele agora preside o Clube da Aeronáutica, equivalente para os aviadores ao Clube Militar – do Exército – e ao Clube Naval, da Marinha. Preside também a Academia Brasileira de Defesa, instituição que pretende ser para os civis o equivalente ao Ministério da Defesa. Um gabinete paralelo que discute temas ligados a assuntos oficiais de segurança nacional.

Para Ivan Frota a Comissão da Verdade é um “revanchismo inaceitável e pouco inteligente, um erro de quem está comandando politicamente este país”. O brigadeiro considera que o período militar (1964-1985) não foi uma ditadura “pois o País tinha presidentes eleitos e Congresso funcionando”. Para ele o Ato Institucional nº 5 (AI-5) não invalidou a legitimidade dos governos que se valeram dele. A morte do jornalista Vladmir Herzog não merece ser discutida e torturadores e assassinos como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra devem ser perdoados e que não há prova de que ele tenha torturado e matado. “Quem tinha de ser julgado eram as Forças Armadas”.

Para o presidente do Clube da Aeronáutica os ataques promovidos por criminosos ligados ao PCC – Primeiro Comando da Capital - em São Paulo apresentam aspectos de estar a serviço de grupos políticos supostamente ligados ao PT ou a quem queira desestabilizar o governo de São Paulo que é do PSDB. Afirma que o ex-presidente Lula tem patrimônio de 2 bilhões de dólares, que a corrupção está campeando solta na política nacional e que “a Justiça é manipulada pelo governo, todo mundo nesse país se vende,”.

Diário da Manhã – Como o senhor avalia a Comissão da Verdade?

Ivan Frota – Acho um revanchismo inaceitável e pouco inteligente que o governo está cometendo um erro. O Brasil precisa pensar no futuro e colocar a verdadeira dimensão de um país de 200 milhões de habitantes e uma superfície de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Não podemos nos prender a coisas ultrapassadas como esse revanchismo barato que diz respeito a acontecimentos do tempo dos governos militares. Na realidade estamos vendo que indivíduos de representação daquela época, subversivos, indivíduos que funcionavam contra o governo instalado, hoje estão aí sendo presos e punidos pelo mensal, como o José Dirceu. Isto é uma constatação para a sociedade do nível de qualidade moral que esses indivíduos tinham naquela época e que estão mostrando que o que eles queriam era só tomar conta do poder para se locupletarem com o dinheiro público.

Diário da Manhã – Mesmo a presença de representantes do Judiciário e outras instituições dá legitimidade à comissão?

Ivan Frota – Sei que há até ministro do STJ que compõe a comissão, como outros membros. Não quero dizer que um ou outro seja revanchista, mas a criação da comissão para investigar só um lado, não investigar o outro, acho que é perda de tempo e desgaste para uma nação como é o Brasil que isto esteja acontecendo agora. Só finalidade negativa. Acho uma perda de tempo e que deva ser colocada uma pá de cal sobre isto, coisa que já deveria ter sido feita há muito tempo. A própria Lei da Anistia já tinha dado. Estão querendo simular outra coisa que já não existe mais, não há a menor razão de ser.

Diário da Manhã – A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a Lei da Anistia e mandou que crimes de tortura e morte sejam julgados. Isto não igualmente não tem legitimidade?

Ivan Frota – A OEA é uma instituição comandada pelos Estados Unidos e que está se imiscuindo em assunto que não lhe diz respeito. Nós estamos sendo vítimas em nosso país de duas pressões contra a população brasileira. A primeira é esta pressão política do próprio governo que está instalado, que faz pressão contra o desenvolvimento do país. O atendimento às necessidades das forças armadas tem sido negado. As forças armadas brasileiras são as menos equipadas da América do Sul, porque ficam com medo de que equipando as forças armadas possa ser feita alguma revolução ou golpe, como foi em 1964. O que não está na cabeça dos militares nesse momento.

Diário da Manhã – Os militares não estão mais com cabeça para golpe?

Ivan Frota – Para novo golpe militar não. Mas há uma forte vontade para tirar esse governo sem vergonha que está aí, que está já há não sei quanto tempo tomando atitudes absurdas em relação a nosso país como essa comissão da verdade. O povo, de repente, vai se cansar de tudo isso e por mais que se compre a vontade popular, como está sendo feito nesses oito anos de governo do PT e mais esses dois anos da Dilma, foram todos dedicados a comprar a vontade do povo, com bolsa família e outras asneiras. Culminou com o mensalão que é comprar a vontade dos políticos também.

Diário da Manhã – Como se sente um oficial hoje em ter de bater continência e obedecer as ordens de uma mulher que foi terrorista e pegou em armas contra a ditadura militar?

Ivan Frota – Os militares são disciplinados e uma continência significa dar um bom dia, que qualquer pessoa o faz em sinal de respeito. São responsáveis e a disciplina está acima de tudo. Têm mantido esse nível e enquanto houver um governo constituído e apoiado em uma Constituição os militares vão manter sua obediência e respeito às autoridades constituídas.

Diário da Manhã – Como o senhor vê a postura do ex-presidente Lula?

Ivan Frota – O senhor Luiz Inácio Lula da Silva é um ser político. Apesar do baixo cultural ele é um indivíduo que tem um senso político excepcional e ele gosta de praticar essa política. Creio que ele saiu do governo para continuar a fazer política. Ele poderia até, com o apoio popular que tinha quando estava na presidência, ter postulado um terceiro mandato e até se perpetuar no governo. Ele não quis isto porque não é sua seara. Lula quando estava no governo nunca governou nada, o que ele fez foi delegar poder de mando para outros, como os ministros José Dirceu e Dilma Roussef. Ele fez política o tempo inteiro. Tudo o que ele assinou foi sem saber o que estava assinando. Ele adora fazer política e está fazendo. Conseguiu fazer o prefeito de São Paulo de uma forma inesperada com um rapaz sem qualidade nenhuma para a maior cidade do país.

Diário da Manhã – O ex-ministro Fernando Haddad, prefeito eleito de São Paulo, é doutor em filosofia pela USP. Para o senhor ele não tem qualidade nenhuma?

Ivan Frota – Eu não quero saber quem foi que deu diploma para ele. Eu avalio apenas seu desempenho político. Só teve fracasso nesse quesito e por isto foi escolhido. Não acredito que vá ter sucesso como prefeito. Seu comportamento político foi condenável em todos os aspectos, é muito fraco. Eu não sei o que o Lula está querendo com esse protegido seu. Até sei. Está querendo conquistar o maior segmento político do país, que o estado de São Paulo inteiro. Já conquistou a prefeitura agora quer o governo do estado. Essa movimentação se mostra com esses acontecimentos de crimes em série em São Paulo que estamos assistindo. A bandidagem não cresce de repente a não ser que estimulada por determinados objetivos e a política está por trás disso.

Diário da Manhã – O senhor está sugerindo que assassinatos, ataques a quartéis e presídios, além de incêndios em ônibus têm fundo político?

Ivan Frota – Essas ações de banditismo que estão ocorrendo em São Paulo só podem ser para desestabilizar o governo do estado de São Paulo. A quem interessa isto, senão os indivíduos que querem neutralizar a ação política do governador Geraldo Alckimin. Tenho certeza que há uma atividade política nisto aí e que se for comprovada será um escândalo maior que o mensalão. Agora não estão só roubando dinheiro, agora estão matando gente. É um negócio muito sério. De repente cresce em escala exponencial a atividade do banditismo e há alguma coisa por trás disso para desestabilizar o governo do estado. Não posso provar, mas a lógica nos leva essa conclusão. É só prestar atenção que verá isto. Só pode haver uma vontade política em desestabilizar esse governo.

Diário da Manhã - O senhor acredita em um retorno dos militares ao poder?

Ivan Frota – O que eu acho extremamente necessários é que consigamos eleger governos sérios, que queiram o desenvolvimento do país, que não permitam a balbúrdia e a roubalheira. Todos os presidentes militares terminaram sua vida sem riqueza e o presidente Lula tem uma fortuna de 2 bilhões de dólares, segundo a Revista Forbes. Como é que pode ser uma coisa dessas. O filho dele que era funcionário do jardim zoológico e está milionário. Ninguém consegue ganhar tanto dinheiro assim em tão pouco tempo. A corrupção está campeando solta nesses dois governos liderados pelo PT e o Lula é um exemplo disso. Enquanto isto ficam inventando coisas para julgar indivíduos que deram sua colaboração para evitar o comunismo triunfar no Brasil.

Diário da Manhã – Como o do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra?

Ivan Frota – É um exemplo. O Ustra está sendo um boi de piranha. Quem tinha que ser julgado eram as forças armadas, ele apenas cumpria ordens. Ele cumpriu seu dever porque ocupava um cargo.

Diário da Manhã – O Ministério Público Federal ofereceu denúncia e a Justiça acatou. Estão também de conluio com as esquerdas?

Ivan Frota – Que Justiça é esta? É uma Justiça comprada, manipulada pelo governo. Quem tem mais poder manipula. Nesse país todo mundo se vende.

Fonte: Câmara em Pauta


"TV Xuxa" perde para Pica Pau e diretor chama público infantil de retardado

No Terra Brasilis
Mário Meirelles, que dirige a atração global, não gostou nem um pouco de ficar em segundo lugar e desabafou no twitter

Se a situação da Record não vai muito bem com as novelas e alguns programas, a emissora pode contar com um personagem que só tem te dado alegria nos últimos anos: Pica-Pau. O desenho americano dos anos 50 foi líder de audiência na tarde deste sábado (24), deixando a apresentadora Xuxa em segundo lugar. Segundo dados prévios do Ibope, durante o período que as atrações se enfrentaram, a Record ficou com 9 pontos e "TV Xuxa" marcou apenas 7. Quem não ficou nem um pouco feliz com isto foi o diretor da atração, Mário Meirelles , que usou o twitter para expor sua indignação.

"Atenção retardados que estão assistindo Pica-Pau, começou a TV Xuxa" escreveu ele, chamando a atenção do público, na tentativa de fazê-los mudar de canal.O programa global contou com duas atrações de peso neste sábado: a atriz Fernanda Montenegro e a cantora Ivete Sangalo. Ele twittou esta frase no momento em que uma grande homenagem era feita à atriz e o programa perdia em audiência. Seu comentário ganhou grande repercussão na internet e gerou revolta de muitas pessoas. Inconformado, Meirelles escreveu: "Amigos, se eu soubesse que entre meus seguidores existissem tantos retardados, não tinha tocado no assunto. Desculpem, dá unfolow e bye". E continuou “Ahh agora vcs entendem meu mal humor apostei tudo neste programa podem bater à vontade, mas não mudo de opinião quem assiste pica pau êh ...”, fazendo referência ao fato de defender uma ação especial para Fernanda Montenegro. "Não falei do público infantil e sim dos adultos que preferem perder uma homenagem à Fernanda Montenegro". “Nao vou perdoar a massa burra, que gosta de ser manipulada, continuo acreditando que a televisão tem de pro-cultura”, disse o diretor, que já gerou outras polêmicas com seus comentários pela "TV Xuxa" ficar em segundo lugar.




Nota da Editoria-geral do Terra Brasilis

O diretor Mário Meirelles se portou, na verdade, de maneira gravíssima, pois o juízo de valor que ele emitiu, segundo a matéria, fere de morte o público infantil que, por uma outra orientação qualquer, não se deixa seduzir pelo artificial "TV Xuxa". Parece-me que o retardado aqui não é o público que rejeita o programa dirigido pelo sr. Meirelles, mas o próprio Meirelles.
O direitor merece, inclusive, responder judicialmente por causar danos morais às crianças que preferem o Pica Pau à insossa e fingida "rainha dos baixinhos". De nada adianta ele tentar corrigir sua agressão dizendo que estava se dirigindo ao público adulto. E ainda que fosse... Quem tem o direito de escolha é o telespectador que não "gosta de ser manipulado". Meirelles deveria respeitar isso como diretor. Aliás, diretor que não consegue manter audiência em alta é incompetente.

domingo, 25 de novembro de 2012

Dez jornalistas mais burros e reacionários do Brasil





É hora dos prêmios de 2012.

A divulgação sai mais cedo porque tudo pode acabar dia 12 de dezembro.

A lista dos mais burros e reacionários deu trabalho aos julgadores.

É muito difícil encontrar um jornalista de opinião política na grande mídia brasileira que não seja burro, reacionário ou as duas coisas.

Eu sou burro e reacionário.

Mas sou insignificante. A comissão julgadora não me classificou entre os mil primeiros em reacionarismo. Já em burrice eu poderia ter um lugar melhor.

Eis a lista dos grandes vencedores:

1 – Merval Pereira
2 – Reinaldo Azevedo
3 – Ricardo Noblat
4 – Eliane Cantanhede
5 – Arnaldo Jabor
6 – Lauro Jardim
7 – Boris Casoy
8 – Ferreira Gullar
9 – Ricardo Setti
10 – Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho, ao menos, parece honesto e leu alguns livros.

É incrível como Arnaldo Jabor vem perdendo terreno. Qualquer um consegue, hoje, ser mais burro e reacionário do que ele sobre qualquer assunto.

O Rio Grande do Sul está por baixo. Apesar de quase todos os seus colunistas serem reacionários, o Estado não consegue emplacar um só entre os dez primeiros. Sem dúvida, um despretígio para o nosso jornalismo. Nossos colunistas mais reacionários têm sido ultrapassados em conservadorismo até por figuras inexpressivas como Lauro Jardim, editor de notinhas, volta e meia mentirosas ou milimetricamente sacanas e ardilosas, da revista Veja.

O grande destaque é mesmo Merval Pereira cuja burrice garantiu-lhe um lugar na Academia Brasileira de Letras sem jamais ter um escrito um só livro.

Logicamente a revista Veja emplaca o maior número de destaque na categoria.

Ferreira Gullar é um caso de escola, um exemplo de como um grande poeta de esquerda pode se transformar num cronista idiota de direita.

Custei a perceber a qualidade de alguns nos quesitos em questão. Como não sou poste, mudei de posição sobre eles quando, enfim, entendi que eram figuras relevantes em se tratando de burrice e reacionarismo. Eu não poderia ser injusto com eles. Há outros, conhecidos, que tentam entrar na lista dos dez mais destacados, mas, apesar do esforço, ainda lhes falta profundidade.

Boris Casoy é o mais burro e reacionário da televisão.

Todos os citados aqui receberão, por mérito próprio, sem necessidade de cotas, dois prêmios em 2012: Medalha Lacerdinha e Troféu Jair Bolsonaro. Parabéns a todos pela brilho no obscurantismo e na estupidez.

Se alguma injustiça tiver sido cometida pela omissão de algum nome fundamental, a comissão julgadora está disposta a ampliar a lista de agraciados com os troféus mais cobiçados e bem pagos do Brasil.

MÍDIA - Jornalistas e o crime organizado.

 

CPMI APONTA LIGAÇÕES DE JORNALISTAS COM O CRIME ORGANIZADO

Capa realista-fictícia da própria “Veja”

Por Luis Nassif, no seu portal

“O papel moderno da imprensa, no mundo, tem dois divisores de água.

O primeiro, legítimo, o episódio “Watergate”, no qual um jornal (The Washington Post), com um jornalismo rigoroso e corajoso, logrou derrubar o presidente da República da maior nação democrática do planeta.

O segundo, tenebroso, o processo ao qual foi submetido o magnata da mídia, Rupert Murdoch, depois de revelados os métodos criminosos do seu tabloide, “The Sun”, para obter reportagens sensacionalistas.

O crime do “The Sun” foi ter se envolvido com baixos e médios escalões da polícia para atentar contra o direito à privacidade de cidadãos ingleses.

O relatório da CPMI de Cachoeira traz dados muito mais graves do que os crimes do “The Sun”. Mostra ligações diretas entre jornalistas e o crime organizado.

A acusação maior é contra a revista “Veja” e seu diretor em Brasília, Policarpo Jr. O relatório mostra, com abundância de detalhes, como Policarpo era acionado para derrubar autoridades e servidores públicos que incomodassem Carlinhos Cachoeira, atacar concorrentes do marginal e como encomendava dossiês a ele, muitos obtidos por métodos criminosos.

Já em 2008, a série “O caso de Veja” – que publiquei [Luis Nassif] na Internet – mostrava os resultados dessa parceria.

Um esquema aliado de Cachoeira havia sido afastado dos “Correios” pelo esquema Roberto Jefferson. Jairo (o araponga de Cachoeira) armou um grampo em cima de um diretor, Maurício Marinho, recebendo propina de R$ 3 mil. A gravação foi entregue a Policarpo, que a considerou insuficiente. Providenciou-se outra gravação, aprovada por Policarpo.

Divulgado o grampo, caiu toda a estrutura montada por Jefferson e entrou a de Cachoeira. “Veja” compactuou com o novo grupo, mesmo sendo Policarpo conhecedor íntimo do esquema criminoso por trás dele.

Dois anos depois, a Polícia Federal implodiu o novo esquema. E a revista manteve-se em silêncio, preservando Cachoeira.

Nos estudos sobre as chamadas “OrgCrim” (organizações criminosas), em nível global, identificam-se braços nos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e também na mídia. O relatório descreve bem as funções da organização de Cachoeira no país.

Cachoeira ajudou a eleger o ex-senador Demóstenes Torres [DEM]. “Veja” transformou-o em uma figura política poderosa, com sucessivas matérias apontando-o como "o paladino da luta contra a corrupção". Com o poder que se viu revestido por “Veja”, Demóstenes transitava em repartições, junto a Ministros do Supremo, aumentando o poder de lobby da quadrilha de Cachoeira.

“Veja” é um ponto fora da curva no jornalismo brasileiro. Mas não ficou sozinha nessa parceria com o crime.

Um levantamento sobre as premiações do jornalismo investigativo nas últimas décadas vai revelar como suas fontes, em muitos casos, [foram] lobistas e criminosos da pior espécie.

Não apenas isso. Poderiam ser utilizados como fontes e suas informações servirem de ponto de partida para investigações mais aprofundadas. Mas eram utilizadas a seco, sem passar sequer pelo teste da verossimilhança, sem nenhum filtro, fuzilando reputações e, principalmente, atentando contra o próprio exercício do jornalismo.”

FONTE: escrito pelo jornalista Luis Nassif, no seu portal. Transcrito no portal “Viomundo” (http://www.viomundo.com.br/politica/nassif-relatorio-da-cpi-do-cachoeira-mostra-ligacoes-diretas-entre-jornalistas-e-crime-organizado.html) [Imagem do google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

Dilma: um peso para os malfeitos do governo; outro peso para os malfeitos da mídia [The Teacher põe o dedo na ferida]

No Terra Brasilis


O jornal eletrônico Brasil 247 (aqui) traz reportagem  em que registra a rapidez e a firmeza da Presidenta Dilma na hora de demitir ministros e servidores envolvidos em malfeitos. O último escândalo explorado pela mídia, na sua cruzada infatigável contra LULA, é de uma tal de Rosemary, em cujo caso não vou me demorar aqui porque a essas alturas até as pedras da rua já conhecem detalhes do caso. O que eu quero focar aqui é outra coisa. Os "malfeitos", que em alguns casos é um eufemismo para "crimes", devem ser punidos com rapidez e firmeza mesmo. Talvez, se Lula tivesse agido assim sempre não fosse alvo em potencial da imprensa corrupta todos os dias, embora eu acredite que ele tenha segurado a onda muitas vezes para garantir as condições para que Dilma fizesse o que está fazendo agora. Sim, mas isso é outra discussão. Voltando ao meu foco, a Presidenta está certíssima. 

Agora, a demissão da tal Rose já se tornou um megaescândalo. O baluarte na luta pela derrota política e pessoal de Lula, Reinaldo Azevedo, posta em seu blog que Rose era a "verdadeira mulher de Lula", dando conotação sexual ao caso e desrespeitando a ex-primeira dama Marisa Letícia [aqui]. Outra postagem diz que Lula pode ter caído no grampo da Polícia Federal [aqui]. Só para ficar nessas duas, porque, certamente, já devem ser milhares. 

O CASO DA DEMISSÃO DE UMA FUNCIONÁRIA QUE ESTAVA PRATICANDO TRÁFICO DE INFLUÊNCIA SE TRANSFORMARÁ EM ESCÂNDALO QUE DEIXARÁ O GOVERNO NAS CORDAS DURANTE SEMANAS E, MAIS UMA VEZ, DEVASSARÁ A VIDA DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, ENQUANTO UM JORNALISTA PEGO EM GRAVAÇÕES LEGAIS NEGOCIANDO COM O MAIOR CONTRAVENTOR DO BRASIL E UM PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA PEGO EM FLAGRANTE ATO DE PREVARICAÇÃO PARA POUPAR BANDIDOS ESTÃO SENDO DEFENDIDOS PELA MÍDIA E USADOS, PARA, MAIS UMA VEZ, ATACAR O GOVERNO.

Chego aonde eu queria agora. Sabe por que tudo isso está acontecendo? Porque Dilma é corajosa, rápida e firme na hora de demitir ministros e funcionários, mas na hora de enfrentar uma imprensa que tem praticado, ao longo dos anos, malfeitos milhares de vezes - maiores e mais graves - ela é medrosa, lenta e titubeante. Esse seu discurso de que "prefere o ruído...." é para esconder a covardia que faz com que ela não demita este Paulo Bernado, incompetente e ligado ao cartel das comunicações, e ressuscite o projeto de Franklin Martins.  

DILMA É O PT E O PT É DILMA. O DEPUTADO ODAIR CUNHA DO PT ESTÁ LEVANDO "CASCUDO" DE TODO MUNDO [veja mais um aqui] POR TER INDICIADO POLICARPO E GURGEL E JÁ HÁ QUEM DIGA QUE ELE ESTARIA SENDO ABANDONADO PELA CÚPULA DO PT [aqui] E QUE POR ISSO MUDARIA O SEU RELATÓRIO.  

JÁ PERGUNTEI VARIAS VEZES E  PERGUNTO DE NOVO AGORA: DE QUE ADIANTA FICARMOS A LUTAR AQUI NA BLOGOSFERA, SEM RECURSO, SEM PODER, SEM AUDIÊNCIA (A MAIORIA DOS BLOGUEIROS SUJOS NÃO TÊM GRANDE VISIBILIDADE), APENAS COM A SUA IDEOLOGIA E UM PARTIDO INTEIRO, COM TODO O SEU PODER E POPULARIDADE,  E UM GOVERNO INTEIRO, COM TODO O SEU PODER CONSTITUCIONAL,  SE ACOVARDAR?

Essa luta é desigual. Só haveria igualdade se o Governo e o PT resolvessem se defender enfrentando a Imprensa Golpista. Se não for assim, daqui a um mês aparecerá, ou será inventada, uma nova Rose, um novo Orlando, uma nova Erenice, um novo domínio do fato e a nós só nos restará sentar no domingo de manhã para escrever lamentações. 

Por THE TEACHER.
Imagem da abertura copiada do Google images  aqui

Sobre o caso Rosemary e os lulofóbicos

Acima de tudo, ela é mais uma escada pela qual se tenta pegar novamente Lula


Lula é, certamente, o homem mais odiado pelo chamado 1%, para usar a já histórica expressão do Movimento Ocupe Wall St. (Para os 99%, o posto é de Serra, com o surgimento de uma concorrência potencial em Joaquim Barbosa, o Batman.)

É impressionante o júbilo com que é celebrada pelo 1% qualquer notícia que possa servir de munição contra Lula, o lulismo, o lulo-petismo e outras designações criadas pelos obsequiosos porta-vozes de um grupo pequeno mas barulhento que torce e trabalha para que o Brasil jamais se torne uma Dinamarca, ou uma Noruega, ou uma Finlândia.

São sociedades harmoniosas, não divididas entre 1% e 99%, como o Brasil. Apenas para registro, o Brasil campeão mundial da desigualdade – com todos os problemas decorrentes disso, a começar pela criminalidade – foi obra exatamente deste grupo.

O Estado brasileiro foi durante décadas uma babá do 1%. Calotes em bancos públicos eram sistematicamente aliviados em operações entre amigos – mas com o dinheiro do contribuinte. Cresci, como jornalista, nos anos 1980, com o Jornal do Brasil transformando dívidas com o Banco do Brasil em anúncios.

Este é apenas um caso.

O BNDES foi sequestrado, também, pelo 1%: a inépcia administrativa de tantas empresas familiares malacostumadas pela reserva de mercado era premiada com operações de socorro financeiro. Sempre com o dinheiro do contribuinte.

Apenas para registro também, lembremos que a reserva de mercado sobrevive ainda – não me pergunte por que – na mídia que tanto clama por competição, mas para os outros.

O 1% detesta Lula, não porque Lula tenha nove dedos, ou seja metalúrgico, ou fale errado, ou torça pelo Corinthians. Detesta Lula porque ele não representa o 1%. Se representasse, todos os seus defeitos seriam tratados como virtudes.

Não votei em Lula nem em 2002 e nem em 2006. Portanto, não tenho mérito nenhum na sua chegada à presidência e na consequente, e fundamental, mudança de foco do governo – ainda que cheia de erros — rumo aos 99%.

Mas não sou cego para não enxergar o avanço. O maior problema do Brasil – a abjeta desigualdade social – começou ao menos a ser enfrentado sob Lula.

Hoje, quando homens públicos em todo o mundo elegem a desigualdade social como o mal maior a debelar, parece óbvio que Lula tinha mesmo que prestigiar os 99% ao se tornar presidente.

Mas nenhum presidente na era moderna nacional viu o óbvio. Mesmo ao erudito poliglota Fernando Henrique Cardoso – de quem ninguém pode subtrair o mérito por derrubar a inflação – escapou o óbvio. Tente encontrar alguma fala de FHC, na presidência, sobre o drama da iniquidade social. Em qualquer uma das múltiplas línguas que ele domina. Zero.

É dentro desse quadro de colossal ódio a Lula que se deve entender a forma com quem está sendo tratado o caso de Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada por corrupção pela Polícia Federal em suas funções como chefe do escritório do gabinete da presidência em São Paulo.

Rosemary foi demitida imediatamente por Dilma, e agora vai responder pelas suas supostas delinquências, como um cruzeiro e uma plástica na faixa, pelo que foi noticiado.

Mas ela é personagem secundária na chamada Operação Porto Seguro. O protagonista é Lula, que a indicou. Nos artigos sobre a história, Lula ocupa o pedestal. “A mulher do Lula”, escreveu alguém.

Rosemary é uma escada pela qual, mais uma vez, se tenta pegar Lula. Estaria Lula envolvido na plástica suspeita de Rosemary? E no cruzeiro? O dinheiro terá vindo do valerioduto?

Chega a ser engraçado.

Tenho para mim o seguinte. Se os lulofóbicos dedicassem parte da energia que consomem em odiá-lo na procura honesta de formas de convencer os eleitores de que são mais capazes que Lula para combater a desigualdade social, eles já estariam no Planalto a esta altura, e do jeito certo, numa democracia: pelas urnas.

sábado, 24 de novembro de 2012

Veja e a máfia. Tudo a ver.

A CPI do Cachoeira acaba de divulgar o relatório final de suas investigações.

Aqui, provas valeram mais que suposições. Além do próprio bicheiro, condenado e solto (??!! alguém desenha pra mim?), de graúdos, foram indiciados: Policarpo Jr., editor da Veja em Brasília; Marconi Perillo, governador de Goiás; Demóstenes Torres, senador cassado e outros 40. O relatório ainda acusa de prevaricador o procurador Roberto Gurgel.

O mais importante, a meu ver, é indiciamento de Policarpo Jr.

Passamos anos acusando o PiG de agir como PiG. Principalmente por ter o domínio dos fatos (aqui, literalmente falando!) e a exclusividade da opinião publicada sobre eles. Chegou, enfim, a hora da verdade para uma das quatro famiglias que dominam a mídia no Brasil. As gravações entregues à CPI pela Polícia Federal, revelando o conteúdo de mais de duzentas conversas entre o editor da Veja e o bicheiro – trocando favores, definindo pautas e atacando adversários em matérias plantadas – não podiam passar em branco.

Cachoeira ainda aparece em “relacionamento íntimo” com o governador de Goiás, Marconi Perillo. E isso não é novidade. Afinal, o PSDB é campeão nacional de fichas-sujas. Marconi só vai engrossar o caldo.

Se, por um lado, a oposição e os juízes se agarram à condenação fraudulenta de José Dirceu para dar continuidade ao golpe contra o PT, por outro, a relação criminosa entre o editor da revista de maior circulação no país e um bicheiro cheio de tentáculos em elevadas esferas políticas, retira a Veja do saco das publicações mexeriqueiras e a afunda no dos criminosos lesa-pátria.

A inclusão de Policarpo Jr. e mais 4 jornalistas no grupo dos indiciados é um alívio. Corriam boatos de que o mafioso Civita intimidara os membros da CPI pelo livramento do editor de sua revista. Já Rupert Murdoch, o magnata da mídia mundial, mil vezes mais poderoso que Civita, foi obrigado a fechar um de seus jornais, o News of the World, por imposição das leis inglesas que regulam os meios de comunicação daquele país.

Nossa mídia rasteira classificou o relatório final da CPI do Cachoeira como retaliação pela farsa do julgamento da farsa do chamado mensalão do PT. O PiG foca somente os jornalistas envolvidos com a quadrilha de Cachoeira. Choraminga a mesma ladainha da liberdade de expressão de SUA famiglia. Mas o total de indiciados soma 34. Tem gente que recebeu coisa de R$ 1,8 milhões de Cachoeira. Em termos de valores em espécie, o que os jornalistas receberam é trocado perto do que movimentaram os graúdos. Mas se falarmos em reforços para a realização do debate pela Lei de Médios, é um argumento de peso.

Obviamente que o dono da Abril tem mais força política que os acusadores de Policarpo Jr. E pelo atual espírito de inconstitucionalidade que assola o STF – justo aqueles que deveriam proteger nossa Constituição com unhas e dentes –, Veja pode se safar nas páginas de toda a famiglia e nos tribunais. Mas não vai “apagar” sua associação com o crime organizado.

Nas manchetes, perdemos feio para a mídia corporativa. Mas existem outras frentes de batalha. Teremos muitas ações e eventos de apoio à Dirceu e Genoino. Mais adiante, quando partirem para cima de Lula, virá uma onda maior de protestos contra a criminalização do partido que não conseguem derrotar nas urnas desde 2002.

A partir do relatório desta CPI e somando-se as incontáveis falcatruas da publicação, Veja torna-se o exemplo mais cristalino da necessidade de regulação da mídia.

O PT ensaia uma nova postura. Anda trocando a indiferença conveniente e costumeira pelo enfrentamento e defesa de seus mais caros membros. Sabemos que é isso que a mídia golpista quer. Enfrentamento. Para que possa usar seus canhões assassinos de reputações contra os “insurgentes” sem dar chances de defesa – o que, aliás, ensinou aos capas-pretas do STF. Mesmo assim, a reação do PT é positiva e deve ser mais contundente. 

Vem chumbo grosso do lado de lá. Se não mostrarmos agora nossa indignação contra a mídia e o STF, outros golpes, como o da 470, a roubarão de nós.