quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Serra, a ira e a soberba



Como se disse mais cedo, ontem, os jornais de hoje evidenciam o plano de Serra (e da mídia, porque depende dela) de tranformar em “luta heróica em defesa do último bastião das liberdades” a eleição municipal de São Paulo.
Não é simplesmente “nacionalizar” a eleição. Ninguém duvide que a campanha terá, quase, ares secessionistas.
Será a São Paulo lutando bravamente contra as “hordas nordestinas”, “a gente diferenciada”.
Aterrorizando a classe média, como fizeram, aqui no Rio, com Brizola, com “os favelados”.
É bem capaz de fazerem comitês pró-Serra no Leblon.
Quando se disse, aqui, que Serra era o “espírito de 32“, quis-se dizer que era o simbolo das elites contra um processo de modernização inclusiva do Brasil.
Serra entra nesta campanha, como de outras vezes, cheio de ódios e ressentimento.
Não tem planos, tem rancores; não tem sonhos, tem pesadelos.
A sua pretensão o torna um homem incapaz de aceitar, compreender e superar.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

Cerra faz campanha em Recife. Sem Casa Sem Vida !


 
O dinheiro vai direto ao comprador

Como se sabe, o megalô do Cerra quer “nacionalizar” a campanha a prefeito de São Paulo.

(Quanto ao pré-sal, ele preferia “desnacionalizar” e dar à Chevron, como demonstrou o WikiLeaks.)

Ele não quer tratar do piscinão que, como prefeito e governador, deixou de construir na Zona Leste.

Ele quer falar de “câmbio”.

Então, se é para nacionalizar, o Conversa Afiada, sempre com o elevado intuito de ajudar, sugere que ele vá fazer campanha em Recife.

Para dar uma ideia da recepção que teria o megalô, veja, amigo navegante, o que aconteceu com a visita da JK de Saias a Recife.

Ela foi levar R$ 2 bilhões para o transporte urbano e entregar 480 moradias do Minha Casa Minha Vida.

Na platéia, um cartaz dá boas vindas ao Cerra a Recife:

“Sem Casa Sem Vida ” !

Dilma assegurou que o Minha Casa Minha Vida vai durar até que todos os pobres tenham casa.

E qual a diferença entre a Dilma e os tucanos de São Paulo ?

É que a Dima está do outro lado.

“Do lado de cá”,  como diz o mestre Fernando Lyra, pernambucano de Caruaru:

“O dinheiro do Minha Casa Minha Vida não vai para os construtores,” disse ela.

“Mas, para os que compram casa. O dinheiro da Caixa vai direto para o comprador !”

Que horror, amigo navegante !

Tomara que o Cerra vá a Recife com o Jarbas Vasconcelos.

Em tempo: aos intrigantes do PiG (*) e do PT. Quem esteve ao lado da JK de Saias, o tempo todo, foi o governador Eduardo Campos, presidente do Brasil, depois do segundo mandato da Dilma, e candidato a vice, com ela, em 2014.


Paulo Henrique Amorim

Do Blog CONVERSA AFIADA.

O cúmulo da desfaçatez


José Serra, o maior mentiroso da história do Brasil, questionado se faria uma promessa de não abandonar o cargo de prefeito, disse: "Vou cumprir os quatro anos, isso é mais que uma promessa."O cara é muito cínico, dissimulado, vagabundo.Não vale nem o que o gato enterra.


Serra volta a prometer que vai cumprir os quatro anos de mandato se eleito


O pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, prometeu nesta quarta-feira, que, caso eleito, cumprirá os quatro anos de mandato à frente da administração municipal. Serra disse que é candidato à prefeitura de São Paulo para governar até quando o seu “mandato durar”. “Eu vou cumprir os quatro anos, é mais do que promessa”, afirmou, durante entrevista coletiva, concedida na capital paulista. O ex-governador reconheceu ainda que essa questão (de cumprir o mandato integral) deve ser explorada pelos seus adversários durante a campanha eleitoral deste ano e disse que ainda não pode garantir se disputará a reeleição ao cargo. “Não fui nem eleito ainda, não posso falar”, disse Serra. Informações da Agência Estado.

Do Blog do Ricky - Sem Mais Delongas

Dilma mata PiG a pau: Informativonossonews

Em Recife, ao entregar 480 unidades habitacionais, em resposta a uma da frequentes perguntas safadas da mídia nacional - o que ela acha sobre a candidatura do Cerra à prefeitura de São Paulo? - , Dilma deu o troco certinho:
“Essa questão deve ser tratada em nível municipal. Eu participo do governo federal. Sou presidenta da República e não prefeita de São Paulo. Não tenho nenhum pronunciamento a fazer a esse respeito.”
Ô tapados do PIG aprenderam ou querem que a Dilma desenhe?
http://informativonossonews.blogspot.com/

Inquisição conquista Ilhéus e promete queimar todas bruxas


O vereador evangélico Alzimário Belmonte (PP-BA), autor da lei aprovada na Câmara local, afirma que a intenção é despertar nos jovens a importância de valores. "É uma lei extremamente livre. Eu não coloquei na lei nenhum artigo que tem que ser todos os dias, não coloquei também nenhuma penalidade, nenhuma sanção para quem não queira orar", argumenta.

A lei foi sancionada em dezembro do ano passado pelo prefeito Newton Lima (PT-BA).

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Também do Blog O Esquerdopata.

O segredo do sucesso



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Do Blog O Esquerdopata.

Finalmente: trilha complete de "Hook - A Volta do Capitão Gancho" será lançada em março!

O selo La-La Land, especializado em trilhas sonoras de filmes, anunciou em sua página no facebook que vai lançar em 27 de março o album com a trilha completa do filme "Hook - A Volta do Capitão Gancho", sem dúvida uma das melhores e mais ricas partituras compostas pelo mestre John Williams!

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Do Blog TUDO EM CIMA.

PSDB: a derrota, Serra vencendo ou não


Em xadrez há uma máxima: quando um jogo começa errado, termina errado. A posição do jogador no meio da partida depende dos erros ou acertos da abertura.
Ocorre o mesmo com os partidos políticos.
Tome-se o caso do PSDB paulista. Desde a morte de Mário Covas afastou-se definitivamente de qualquer projeto legitimador popular. O estilo elitista de FHC e seus acadêmicos, manifestado nos menores gestos, impregnou toda a máquina partidária. Cada vez mais o partido se fechou nos gabinetes, sujeitando-se apenas à influência de aliados próximos. Com José Serra, esse isolamento foi levado ao paroxismo.
O desprezo por tudo que simbolizasse participação, compartilhamento de decisões, levou ao isolamento e, depois, ao definhamento da militância. E, pior, ao fim da veleidade de se lançar novos quadros, permitindo a renovação.
Essa renovação poderia se dar a partir dos municípios, revelando novas práticas dos prefeitos tucanos que, eventualmente, pudessem ser incorporadas pelo partido. Nada foi feito. No governo Serra um secretário se vangloriava de ter instituído um sistema automático para acolher demandas de prefeitos e comunicar liberações, sem que fosse necessária a presença física deles no Palácio. Até prefeito tucano dava urticária em Serra. Aliás, até reunião de secretariado o incomodava, tanto que não se tem notícia de uma reunião sequer de articulação de trabalhos.
Sem renovar ideias, sem lançar novos quadros, sem desenvolver sequer um modelo eficiente de gestão - a mística da boa gestão paulista é meramente um tigre de papel jornal - o PSDB chega à penúltima cidadela - a prefeitura de São Paulo - tendo que se render ao pior aliado que poderia buscar: José Serra.
Sem Serra, seria o ruim: nenhum candidato com chances objetivas de vencer as eleições.
Com Serra, será o pior. Mata-se qualquer possibilidade de reavivamento da militância, de mudar a natureza do partido (tenho para mim que é tarefa inglória: o PSDB entrou em um beco sem volta).
Serra é o chamado objeto universal de ódio. O ódio dos petistas é seu trunfo. Aliás, é o cimento de suas relações com jornais e colunistas: uma aliança fundada apenas no negativismo. Mas também acumula o ódio de Alckmin, do PSD, do DEM, da militância tucana paulista, do PSDB nacional, de Aécio.
Não tem lealdade com o PSDB como não terá com o PSD e com Kassab, se eleito. A não ser que seja do seu estrito interesse.
Geraldo Alckmin terá na prefeitura um inimigo disposto a torpedeá-lo 20 horas por dia - as 4 horas restantes serão dedicadas ao extermínio de jornalistas críticos.
Gilberto Kassab joga todas suas fichas em uma aposta sem futuro. Se Serra perde, Kassab está fora do jogo, sem caixa da prefeitura para turbinar o partido, sem interlocução no governo federal e alvo da ira de todos os correligionários. Joga fora o futuro - uma aliança com Eduardo Campos, provavelmente o mais promissor político brasileiro fora dos quadros do PT - por um compromisso com o passado.
Tudo isso foi digerido em nome de um risco maior: perder a prefeitura de São Paulo para o PT.
E qual a razão do PSDB paulista ter hipotecado seu futuro em favor do curto prazo? Provavelmente a convicção de que esse futuro não mais existe.
Luis Nassif
No Advivo

Apoio de Alckmin à campanha de Serra para a prefeitura de São Paulo foi planejado num almoço solitário há 4 anos

A foto acima mostra o governador Geraldo Pinheirinho Alckmin almoçando sozinho, um dia antes da eleição que reconduziu Kassab à prefeitura de São Paulo, em 2008. Alckmin era o candidato do PSDB (partido do governador de SP na época, José Serra). Ficou em terceiro lugar, atrás de Kassab e Marta Suplicy.
Uma posição humilhante para quem vinha de uma campanha presidencial há dois anos, em que foi ao segundo turno com o presidente mais popular do Brasil, Lula. Isso aconteceu porque o governador Serra ignorou sua campanha e apoiou a reeleição de Kassab.
Enquanto almoçava solitariamente, há quatro anos, Alckmin não poderia imaginar que o destino o colocaria agora na posição de dar o troco e devolver a Serra o "apoio" de 2008.
Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Nelson Rodrigues dizia que a pior solidão é a companhia de um paulista. Imagine esse almoço de um paulista solitário. Como deve estar frio agora, passados quatro anos.
No Blog do Mello

Charge Online do Bessinha

Soberba de pobre

Os espanhóis, que sempre trataram os turistas brasileiros a pontapés no aeroporto de Madri, reagiram com indignação à reciprocidade de exigências no desembarque deles por aqui, em vigor a partir de abril.

Mais cedo ou mais tarde, vão se acostumar a ser pobres!


O governo da Espanha criticou ontem o Brasil por decidir endurecer as condições para entrada de espanhóis no País. Questionado pelo Estado durante evento em Genebra, o secretário espanhol de Assuntos Externos, Gonzalo de Benito, insistiu que Madri tentará reverter as decisões de Brasília antes da entrada em vigor das medidas. E disse que as novas regras, a serem adotadas a partir de 2 de abril, são "injustificadas" e "além do normal". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Adotando o princípio internacional da reciprocidade, os visitantes daquele país que desembarcarem em território brasileiro de abril em diante terão de apresentar comprovantes de reserva de hotéis, passagens de ida e volta e prova de que têm recursos para se manter no Brasil pelo período da estada.

Serão necessários pelo menos R$ 170 por dia por pessoa, o equivalente a cerca de 74. A comprovação poderá ser feita por meio de cartão de crédito internacional, desde que o titular apresente fatura em que conste o limite permitido de gasto.

As exigências são as mesmas feitas pela Espanha para os brasileiros que viajam ao país. Incluem ainda a necessidade de um passaporte com pelo menos seis meses de validade. Aqueles que não planejam hospedar-se em hotéis terão de apresentar uma carta-convite da pessoa que os receberá, com assinatura registrada em cartório e comprovante de residência.

A decisão foi tomada pelo Itamaraty depois de uma série de negociações frustradas para tentar diminuir as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que chegam à Espanha. As discussões binacionais datam de 2008.

Negociação. De acordo com o secretário espanhol, Madri não desistiu e vai continuar a pressionar o governo brasileiro para rever suas leis. "Isso é algo que estamos falando com o Brasil. Claro que cada país pode colocar as condições que quiser para a entrada de pessoas em seu território. Mas entendemos que, diante do conjunto das relações que temos com a América Latina - e em especial com o Brasil -, não se justifica que espanhóis tenham restrições à entrada que vão além do normal e do que tínhamos até agora", declarou o secretário.

Benito defendeu que seja feito um acordo antes do dia 2 de abril. Mas não indicou que estaria disposto a rever as regras para a entrada dos brasileiros. "Esperamos chegar a uma solução, para permitir que o fluxo de intercâmbio continue com normalidade e sem os obstáculos que sejam os minimamente imprescindíveis", disse.

Melhoria. Espanhóis evitam afirmar que a medida brasileira seja agora uma retaliação, após a mudança no fluxo de imigração (veja abaixo). "São medidas que nós (os países) vamos tomando diante dos fluxos que temos. Mas esperamos chegar a uma melhoria nas condições para a entrada de espanhóis no Brasil", concluiu.
 

Projeto de bancada evangélica propõe legalizar ‘cura gay’




Charge Online do Bessinha: Serra o candidato

Charge do Luscar: ELEIÇÕES 2012



Prévias em São Paulo: "O Serra entrou e o PSDB rachou", diz dirigente


Em reunião temperada por clima tenso e bate-bocas, direção municipal do partido decide aceitar inscrição do ex-governador depois do prazo legal e adia votação por três semanas
Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual
Por 10 votos a 8, a Executiva municipal do PSDB decidiu na noite de hoje (28) adiar as prévias para escolher o candidato do partido nas eleições municipais de São Paulo. A disputa interna será no dia 25 de março, três semanas depois da data marcada originalmente (4).  O clima pesou e tucanos saíram insatisfeitos: “A reunião foi tensa, com manobras externas, de fora da Executiva, manobras do Serra e da turma que o acompanha”, disse João Câmara, vice-presidente do PSDB na capital.
O presidente do partido, Julio Semeghini, não concordou com outra frase de Câmara, afirmando que "o Serra entrou e o PSDB rachou". Semeghini preferiu dar ênfase ao debate. “Eu acho que não é isso, também houve um esforço muito grande para se alcançar outra data”, disse Semeghini.
Membro da Executiva municipal, o pré-candidato Ricardo Tripoli foi voto vencido na reunião, que durou três horas. "Estava caminhando para se fazer as prévias no dia 11, alguns celulares tocaram e o pessoal resolveu mudar para o dia 25”, disse Tripoli, sem revelar quem havia telefonado para influenciar no resultado do debate acalorado. O outro pré-candidato, o secretário estadual José Aníbal, não tem direito a voto na executiva – ele saiu no meio da reunião sem falar com a imprensa.
Outro dirigente tucano expôs insatisfação. “Não é verdade que o nome do Serra una o partido, o que une o partido é o processo das prévias. O Serra sabia que era candidato a três ou quatro meses, não é verdade que ele decidiu agora”, esbravejou. Houve muito bate-boca entre os contidos e os alterados no pós-reunião.
João Câmara, que defendia a manutenção das prévias no dia 4, afirmou ainda que o debate na reunião não foi nada democrático. “Imagina como foi o estafe para fazer uma pressão nesse processo vergonhoso, mudar uma data. Eu não comungo com isso porque eu não sou pau mandado de ninguém”, disparou.
Com o prolongamento da disputa interna, Serra terá mais tempo para convencer os correligionários de que é a melhor opção para o partido. Não foram marcados novos debates entre os pré-candidatos.”

Zé Cerra é um homem próximo do povo

Já tocou na ponta do dedo. Tá querendo o que mais? Ô povin insatisfeito!

Celpa pede recuperação judicial

Caos nas teles e nas distribuidoras de energia. É o resultado da privataria tukana. Cadê a eficiência, a redução nas contas, os investimentos em novas tecnologias? Cadê o FHC, o Serra, o Mendonção, a Elena Landau???
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A Celpa, empresa de distribuição de energia do Pará, anunciou ontem pedido de recuperação judicial. A Celpa é uma das empresas controladas pelo grupo Rede Energia, que tenta sua venda desde o fim do ano passado por conta de problemas financeiros.

Segundo a companhia, "o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo de proteger a continuidade dos serviços públicos por ela prestados".

A agência de classificação de risco Fitch, que dava nota de risco "BB+" na escala nacional e "B-" na internacional para a Celpa, rebaixou as notas da distribuidora para o nível que indica inadimplência iminente. A nota da controladora Rede, que já estava no nível "CCC" (considerado frágil), também pode ser rebaixada.

"A elevada probabilidade de inadimplência da Celpa afetará negativamente a capacidade de pagamento da Rede Energia, bem como acionará cláusulas de 'cross default' [cláusulas de vinculação automática de inadimplência de um contrato a outros] nas dívidas em aberto tanto da Rede Energia como da Cemat", disse a agência.

A Rede Energia tem 61,37% do capital da Celpa, enquanto a Eletrobras possui 34,24% e outros acionistas detêm fatia de 4,39%.

Já o grupo Rede é controlado pelo empresário Jorge Queiroz de Moraes Junior, que tem 48% do capital total da companhia. Outros acionistas relevantes são o Fundo de Investimento do FGTS, que tem indiretamente 25% do capital total da Rede, e a BNDESPar, empresa de investimento do banco de fomento, com pouco menos de 16%. Os 11% restantes estão pulverizados.

Desde o segundo trimestre de 2010, o resultado operacional da Celpa deixou de ser suficiente para cobrir o gasto da empresa com encargos de dívidas, além de multas e juros por questões regulatórias ou atrasos em tributos. Nos nove primeiros meses de 2011, a companhia teve lucro operacional (antes de juros e impostos) de R$ 154 milhões, enquanto a despesa financeira líquida foi de R$ 367 milhões. Desse gasto financeiro, R$ 150 milhões foram na linha "multas e juros", em que entram cobranças feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido à falta de qualidade dos serviços.

A Celpa fechou setembro com R$ 259 milhões no caixa e em aplicações financeiras, tendo R$ 531 milhões em dívidas financeiras de curto prazo (vincendas em até 12 meses). No total, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,7 bilhão, e equivalia a 232% do seu patrimônio líquido e a 4,5 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

As agências de classificação de risco costumam considerar como limite um índice de até 3,5 vezes para relação dívida líquida/Ebitda.

Ainda em setembro, a empresa tinha compromissos de curto prazo de R$ 251 milhões com fornecedores, R$ 130 milhões com salários e outras despesas trabalhistas e R$ 229 milhões em tributos.

Além da Celpa, a Rede controla outras oito distribuidoras de energia, em sete Estados brasileiros. Entre elas estão a Cemat, do Mato Grosso, a Enersul, do Mato Grosso do Sul, e a Celtins, do Tocantins. As outras são empresas regionais no interior dos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

As concessionárias da Rede atendem 5 milhões de consumidores. O grupo tem 14 mil funcionários e atua em 578 cidades.

Fonte: Valor Econômico/Por Fernando Torres | De São Paulo

Do e-mail enviado por Beatriz.Lista.


José Serra 2012 já começou mentindo


José Serra (PSDB/SP) afirmou categoricamente que não se interessava em concorrer à prefeitura de São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 2011, na Rádio Jovem Pan.
Agora, Serra demonstra que mentiu, ao lançar-se candidato à prefeito, no dia 28 de fevereiro de 2012.
Aliás, mentira é o que não falta na vida de Serra. Nas eleições de 2004 ele já havia mentido. Prometeu e assinou documento se comprometendo junto ao eleitor a não abandonar o cargo, se eleito, para concorrer em 2006. Mentiu! Abandonou a prefeitura com 1 ano e 3 meses de mandato.
Para piorar, na entrevista à Jovem Pan, Serra desdenhou da eleição para prefeito deste ano. Deu a entender que o cargo de prefeito de São Paulo era pouco para ele, uma vez que já foi prefeito e ele só pensa na presidência em 2014.
Com isso, Serra dá mostras de que em vez de candidatar-se para servir aos paulistanos, resolvendo os problemas de trânsito, enchentes, incêndios em favelas, cracolândia, etc, o candidato Serra quer servir-se da prefeitura como trampolim para a candidatura presidencial em 2014.
No Amigos do Presidente Lula

Militares confrontam Amorim e voltam a criticar Dilma

Nova nota publicada na internet, com assinatura de 98 militares da reserva, entre eles 13 generais e coronel Brilhante Ustra, ataca Comissão da Verdade e denuncia intervenção do Planalto e das três Forças para proibi-los de expressar opiniões
Durou pouco a retratação dos militares por críticas à Dilma Rousseff. Em nota divulgada ontem, 98 militares da reserva reafirmaram recentes ataques feitos por clubes à presidente e disseram não reconhecer autoridade no ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibi-los de expressar opiniões.
A nota, intitulada "Eles que Venham. Por Aqui Não Passarão", também ataca a Comissão da Verdade, que apontará, sem poder de punir, responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura. Aprovada no ano passado, a comissão espera só a indicação dos membros para começar a funcionar.
"[A comissão é um] ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo", diz o texto, endossado por, entre outros, 13 generais.
Apesar de fora da ativa, todos ainda devem, por lei, seguir a hierarquia das Forças, das quais Dilma e Amorim são os chefes máximos.
O novo texto foi divulgado no site "A Verdade Sufocada" (www.averdadesufocada.com), mantido pela mulher de Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército e um dos que assinam o documento.
Ustra, ex-chefe do DOI-Codi (aparelho da repressão do Exército) em São Paulo, é acusado de torturar presos políticos na ditadura, motivo pelo qual é processado na Justiça. Ele nega os crimes.
A atual nota reafirma o teor de outra, do último dia 16, na qual os clubes Militar, Naval e de Aeronáutica fizeram críticas a Dilma, dizendo que ela se afastava de seu papel de estadista ao não "expressar desacordo" sobre declarações recentes de auxiliares e do PT contra a ditadura.
Após mal-estar e intervenção do Planalto, de Amorim e dos comandantes das Forças, os clubes tiveram de retirar o texto da internet.
"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do manifesto do dia 16", afirma a nota de ontem, que lembra que o texto anterior foi tirado da internet "por ordem do ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo".
A primeira das três declarações que geraram a nota foi da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), para quem a Comissão da Verdade pode levar a punições, apesar da Lei da Anistia.
Depois, Eleonora Menicucci (Mulheres) fez em discurso "críticas exacerbadas aos governos militares", segundo o texto. Já o PT, em uma resolução, disse que deveria priorizar o resgate de seu papel para o fim da ditadura.

A verdade não será sufocada!


A nota de 98 'militares de pijama', "ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!” publicada no site "A verdade sufocada" é uma afronta à cidadania (leia aqui se tiver estomago)!

Já o título do site que diz estar sendo 'sufocado', muito pelo contrário, é quem quer sufocar a verdade.

Verdade esta que tenta ser sufocada pelos mesmos signatários, que a construíram por ações ou omissões em seu tempo de 'ativa'!

São seus próprios crimes que pretendem esconder do conhecimento público ao combater a por eles tão temida Comissão da Verdade!

Mas sugiro às autoridades que lhes deem um remédio que muito gostam (só que nos outros...): sejam suspensos os 'soldos' até a retratação incondicional dos envolvidos.

Nós não nos esquecemos do sofrimento que impuseram a inúmeros brasileiros e suas famílias, queremos ver seus crimes expostos ao julgamento da população brasileira.

Quem "No passaran" são estes saudosistas da cruenta ditadura militar que tomaram parte!

Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
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Do Blog GUERRILHEIROS VIRTU@IS.

ENTREVISTA COM PAULO HENRIQUE AMORIM


Reproduzimos abaixo a íntegra da entrevista que o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim concedeu  ao boletim Classe, publicado pela CUT do Rio de Janeiro.  



Classe: Nos fale um pouco sobre sua origem e sua trajetória na imprensa brasileira.
 
Paulo Henrique Amorim - Eu praticamente nasci como jornalista, no sentido de que o meu pai era jornalista. Ele enfrentou a censura da ditadura Vargas e trabalhou com o então jornalista Mário Martins, depois senador, e hoje conhecido como pai do Franklin Martins, do Vítor e da Ana Maria Machado. Meu pai levava para a casa aquelas folhas em que se desenhava o jornal. E eu praticamente me alfabetizei preenchendo essas páginas de jornal que o meu pai levava. Aí quando eu fui para a escola já estava praticamente alfabetizado.

Classe: Você é carioca de onde?

PHA - Sou carioca da Glória, mas me criei na Zona Norte. Marechal Hermes, Vila Kosmos, Cascadura, naquela região ali.

Classe: Ao criar o blog Conversa Afiada, você chegou a imaginar que ele faria o sucesso estrondoso que faz?

PHA - Não. O blog nasceu, na verdade, mais por uma preocupação tecnológica minha. Eu sempre tive, como jornalista, desde o comecinho, uma angustia que me perseguia, que era a necessidade de nunca me deixar atrasar tecnologicamente. Eu sempre quis estar na tecnologia da frente. Eu me lembro que ficava angustiado porque nunca tinha feito televisão. Depois, fiquei angustiado porque não tinha feito internet. Eu não pretendia fazer um blog necessariamente político, um blog necessariamente afiado. Eu sempre acreditei que ser jornalista é ser repórter. Ser jornalista é dar informações originais ou mostrar acontecimentos de um ângulo original. Sempre em busca de oferecer informação, porque numa sociedade democrática a informação é um bem precioso. Você permite que as pessoas com mais informação decidam melhor. Seja como eleitor, seja como pai, seja como membro de uma comunidade, seja como empreendedor, seja como consumidor, etc, etc.

Classe: Que balanço você faz do estágio atual da luta pela democratização das comunicações no Brasil?

PHA - O estágio atual é de desalento. De desalento e decepção. O presidente Lula governou debaixo de vara. A imprensa brasileira, que no meu site eu chamo de PIG, tratou o Lula de uma forma vergonhosamente parcial. E o Lula foi incapaz de tomar qualquer providência para criar os mecanismos institucionais que permitissem oferecer ao público uma visão alternativa do que estava acontecendo. Aos 44 do segundo tempo, Lula pediu ao Franklin para fazer um projeto de lei. Ele deu apoio à Confecom, a Confecom apresentou todas as ideias que seriam necessárias apresentar. O Franklin fez uma série de seminários e reuniões para buscar, inclusive, o testemunho e o reconhecimento de organizações internacionais que tratam da questão do marco regulatório. Isso foi consubstanciado num projeto de lei, numa série de propostas que o Franklin entregou educadamente ao seu sucessor, o Paulo Bernardo, o que acho que o Franklin fez muito bem. O Paulo Bernardo fez críticas deselegantes ao projeto, com palavras que a boa educação não recomendam.

Classe: A rigor, ele sentou em cima do projeto.

PHA - Ele sentou em cima e colocou debaixo dos projetos que o Sérgio Motta fez para o Fernando Henrique. O Sérgio Motta fez três projetos de marco regulatório da mídia, e o FHC jogou os três fora. Jogou fora não, botou na gaveta. E debaixo desses três do Sérgio Motta, o Paulo Bernardo botou o do Franklin. Eu acho que os primeiros sinais que a presidenta Dilma deu neste sentido foram decepcionantes. A primeira coisa que ela fez foi ir ao aniversário da Folha. A primeira coisa que o Lula fez em 2002 depois de eleito foi ser co-âncora do Jornal Nacional em companhia do William Bonner e da Fátima Bernardes. Ali eu disse : bom, a vaca foi para o brejo. Porque o Jornal Nacional tratou o Lula de uma maneira parcial, sempre parcial, e a primeira coisa que ele faz foi se sentir honrado em ancorar os Jornal Nacional ao lado dos algozes.

Classe: Isso se deve a uma crença de que possível ter uma convivência pacífica com a mídia ou é medo mesmo?

PHA - Eu acho que é medo. O Lula e a Dilma têm medo da Globo. É só isso.

Classe: Têm mais medo da Globo do que da Folha, por exemplo?

PHA - Sim, Folha, Estadão e Veja são subadversários.

Classe: Medo exatamente de quê?

PHA - Têm medo de o Jornal Nacional derrubar o governo. Porque as denúncias da Folha, do Estadão e da Veja não têm a menor repercussão, a menor importância, se elas não tiverem a câmara de eco do Jornal Nacional. E a câmara de eco do Jornal Nacional reproduz, aumenta, amplifica e dá mais dimensão ao que acontece no Congresso. Nós temos o caso do ínclito e notável senador Álvaro Dias, que é um plagiador. Como se sabe, ele não tem nenhuma ideia original. Ele denuncia tudo que já foi denunciado. Então, eu acho que o grave nessa posição não é que eles, Lula e Dilma, estejam apenas preservando o seu governo. O problema aí não é preservar o governo Lula e Dilma, o problema aí é criar os mecanismos institucionais para a democratização da mídia. O Boni disse na entrevista que ele deu ao Geneton, na Globo News, que nenhuma televisão no mundo tem o share de audiência que a Globo tem. Nenhuma. Em nenhuma nova democracia do mundo, e eu não falo de Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França, estou falando de novas democracias como México, Portugal, Espanha, Argentina, Chile e Uruguai. Em nenhuma nova democracia no mundo existe o que existe aqui no Brasil com a Globo. E consolidada através de mecanismos, como, por exemplo, a propriedade cruzada.

Classe: Paulo Henrique, há não muitos anos as pessoas praticamente cruzavam os braços em relação ao poderio da mídia. Hoje muitas pessoas e entidades debatem o tema, que culminou com a Confecom. Você acha que podemos projetar um futuro melhor ou lutamos contra forças tão poderosas que tudo isso pode não dar em coisa alguma?

PHA - Isso pode dar em alguma coisa. Hoje o constrangimento do governo é maior. Você vê, por exemplo, que o PT fez um seminário para estudar a questão da comunicação e o Paulo Bernardo fugiu.

Classe: Como fugiu do Encontro Internacional dos Blogueiros, em Foz do Iguaçu?

PHA - Como fugiu de Foz do Iguaçu. Paulo Bernardo não vai. Ou seja, o governo Dilma não tem condições de discutir com a sociedade a questão da Ley de Medios. O PT não pode discutir a Ley de Medios. O PT não tem que fazer seminário, o PT tem que governar. O PT é governo há oito anos, mais um, nove. Quem faz seminário é oposição. Já tem a Confecom, já tem o projeto do Franklin.

Classe: Mas o presidente do PT, Rui Falcão, disse que o partido tem sua própria pauta, e que ela, em alguns momentos, é diferente da pauta do governo.

PHA - Trololó, trololó. O PT não tem pauta diferente nenhuma. O PT é governo. Quem tem outra pauta é o PSDB. Ou troca o Paulo Bernardo ou põe o Paulo Bernardo para botar uma Ley de Medios no Congresso.
Classe: Ele tem dito que vai colocar o projeto do Franklin para consulta pública na internet.

PHA - Ele está dizendo a mesma coisa desde que chegou. O fato é o seguinte: o Paulo Bernardo não pode ir a uma reunião do PT. Ele não tem autoridade moral e política para ir a uma reunião do PT. Isso é uma forma de constrangimento importante para o governo. Eu entrevistei o Inácio Arruda, senador do PCdoB. Ele fez um paralelo muito interessante. Quando o Adib Jatene quis aprovar, no governo FHC, a CPMF, ele bateu na porta de todas as lideranças do Congresso para pedir uma CPMF. E aprovou. E agora o governo tem que bater em todas as portas para aprovar uma Ley de Medios, Agora, diz o Franklin : o ponto de partida de qualquer Ley dos Medios é a Constituição brasileira de 1988.

Classe: Frankilin tem dito: vamos trabalhar com livrinho na mão.

PHA - Isso. Vamos trabalhar com o livrinho na mão. O Inácio Arruda lembrou que todas as correntes de opinião brasileiras estão entre os 81 senadores e os 513 deputados federais. Vamos botar todo mundo numa mesa, como se faz num bom Congresso, e discutir. A bancada do coronelismo eletrônico tem uma posição, eu tenho outra, o PT tem outra, os tucanos têm outra, e vamos negociar. Agora , isso só chega se o governo tomar a iniciativa Qual é o medo de mandar uma Ley de Medios para o Congresso? Sai da toca, vamos discutir no Congresso. Esse trololó que tem aí de censura é papo furado. É como eu digo: em dúvida, copia a lei americana, pois nos EUA é onde se pratica o capitalismo mais selvagem.

Classe: Muita gente pergunta com um jornalista com as suas posições conviveu na Rede Globo. Você chegou a ser cerceado ou pressionado?

PHA - Bom, minha posição na Globo foi a seguinte: eu fui comentarista econômico durante algum tempo. Depois, na maior parte do meu tempo na Globo, eu fiquei em Nova York, onde a minha relação ou a minha contraface com as questões políticas nacionais era mais remota, era mais rara. Quando eu trabalhei na Globo, eu fui absolutamente leal à Globo, não tem conversa. Eu fui um funcionário exemplar. Evidentemente que na Globo havia uma restrição política muito severa. Durante um certo tempo, a gente não podia falar, na editoria de economia, que era o meu caso, não podia falar no nome do Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, porque o Roberto Marinho tinha uma operação com exportação de casas pré-fabricadas que o Maílson vetou. Por causa disso o nome Maílson da Nóbrega não podia ser citado. A gente podia falar do governo, mas não podia falar em Ministério da Fazenda, nem em Mailson Nóbrega. O que é uma coisa meio esquisita, mas, se você está trabalhando lá, das duas uma: ou cai fora ou obedece. Quando eu percebi que a Globo pretendia me dar uma rasteira, que foi quando eles me destituíram do cargo de chefe do escritório em Nova York, aí eu fui procurar emprego e saí da Globo para ganhar o dobro do que eu ganhava lá. Foi uma escolha profissional e também política. Porque, durante o tempo que trabalhei na Globo, eu discordava de muitas das posições da Globo. E trabalhava desconfortável e irritado, como, por exemplo, o dia em que o Jornal Nacional fez aquela famosa edição do debate entre Lula e Collor. Eu conversei com os editores do debate, com o Ronald Carvalho, que chegou lá na ilha e disse o que era para ser feito para o editor Octávio Tostes. Aliás, o Octávio Tostes teve muita coragem, foi ao Sindicato dos Jornalistas e, diante do Osvaldo Maneschi, gravou um depoimento histórico em que relata esse episódio. Então, o editor Ronald Carvalho chegou à ilha e disse para o Octávio Tostes: “ponha a mão no nariz e meta a mão na merda: é tudo que tem de bom do Collor e tudo que tem de mau do Lula.” O Alberico Souza Cruz, que veio de São Paulo para o Rio, porque estava aqui em São Paulo a acompanhar o candidato Collor no debate, chegou depois do almoço à TV Globo, entrou na ilha 7 e perguntou ao Tostes como é que estava a coisa. O Tostes disse “olha , eu segui esta instrução do Ronald e assim será feita a edição.” Aí o Alberico disse: “além disso, eu quero que ponha também isso e aquilo.” Depois que a matéria ficou pronta, saiu da ilha 7 e foi para a ilha 10, uma ilha mais complexa, com mais recursos de edição, fora do deadline de fechamento do Jornal Nacional, daí a grave importância que essa matéria tinha. Aí o Alberico reviu a matéria na ilha 10 e aprovou como foi para o ar.

Classe: E a edição do Jornal Hoje, da parte da tarde, foi feita por quem?

PHA - Foi feita pela Vianey Pinheiro, o Pinheirinho. Foi uma edição profissional, jornalística, correta, que era a que deveria ter sido repetida, mas o pessoal do Collor visitou a Alice Maria depois da edição do Hoje e disse que aquela edição não lhes interessava. E foi o que foi feito. E o doutor Roberto Marinho deu ao Ronald essa informação. Essa informação que o Ronald passou ao Octávio Tostes foi a informação que o doutor Roberto deu ao Ronald : tudo de bom para o Collor e tudo de ruim para o Lula.

Classe: Então, foi essa a participação do Roberto Marinho?

PHA - Doutor Roberto dava as ordens. Ele não ia para a ilha. O Alberico não sabia o que fazer numa ilha, não sabia dar um play numa ilha de edição, mas ele sabia dar ordens. Então, a minha insatisfação política na Globo sempre foi muito grande. Agora, como profissional, eu fui leal à Globo e me orgulho disso. Como fui leal à Bandeirantes e sou leal à Record. Agora, isso não impede que eu tenha as minhas posições políticas e quando me fazem essa pergunta eu costumo dar a seguinte resposta : a diferença entre o trabalho servil, o trabalho escravo, e o trabalho no regime capitalista, é que no trabalho servil o dono é dono do empregado. No regime capitalista, o dono contrata o empregado. O empregado dá a sua força de trabalho e recebe salário. O empregador recebe a força de trabalho e paga o salário. Se um dos dois está insatisfeito, rompe-se o contrato. Não existe a propriedade do empregado. Eu não estava satisfeito e fui me embora.

Classe: Em que circunstância surgiu a sacada genial de batizar o oligopólio da mídia de PIG (Partido da Imprensa Golpista)?

PHA - O Fernando Ferro, deputado federal pelo PT de Pernambuco, o Ferrinho, um bravo deputado, fez um discurso da tribuna da Câmara para denunciar uma denúncia vazia do Ali Kamel, que atribuiu a uma determinada apostila do Ministério da Educação uma frase ou uma informação que não constava, ou seja uma denúncia vazia, falsa. E o Fernando Ferro disse que o Ali Kamel era um membro do Partido da Imprensa Golpista. E aí eu achei aquilo genial e pá. Mas sempre digo que a ideia original é do Fernando Ferro.

Classe: Numa entrevista sua ao Pânico na TV, você explicou didaticamente por que a Miriam Leitão nada entende de economia. Como é isso?

PHA - A Miriam Leitão é um embutido da Sadia. Se você pegar as partes que compõem o embutido da Sadia, provavelmente você não consumirá. A Miriam Leitão não tem nenhuma ideia original. Ela nunca ofereceu uma ideia original. O que ela faz é embutir tudo na atividade dela na Globo. Agora, eu digo também o seguinte: a Miriam não tem nenhuma importância. Embora ela seja a mais importante pensadora neoliberal do Brasil, porque não há nenhum outro pensador neoliberal no Brasil que defenda o neoliberalismo tanto quanto ela, o que dá uma ideia do pensamento neoliberal no Brasil. O importante não é a Miriam Leitão, porque ela é um embutido da Sadia. O importante é a Globo e o importante é a Globo poder fazer o que faz através da Miriam, que é catequizar, persuadir, doutrinar, convencer, invadir a sua privacidade utilizando um bem público que é a TV aberta.

Classe: Os processos que movem contra você interferem no seu cotidiano , na sua vida familiar? Como é lidar pessoalmente com isso. Eles te aborrecem muito?

PHA - Olha, já me aborreceu mais. Hoje eu olho para isso com mais distância. Hoje já vejo isso com certo humor. Mas a vingança será pesada. Eu pretendo depois transformar isso tudo em livro e defender a tese de que eu, como Azenha, como Rodrigo Viana, como Nassif, como Esmael do Paraná, e uma série de blogueiros do interior do Brasil, estamos sendo vítimas de um processo que nada mais é do que uma tentativa de nos calar pelo bolso. Essas ações todas, no meu caso são 41 ações, não resistem a uma análise superficial. O Daniel Dantas, por exemplo, move 13 ações contra mim, e ele perde.

Classe: Cíveis e criminais?

PHA – Não, ele não entrou no crime porque ele não é bobo. Ele é mais esperto que os outros. Ele sabe que no crime é mais difícil ganhar. O que ele faz? Ele não ganha no mérito, quando ele ganha é na chicana. Quando ele ganha é na regra do jogo. Entendeu? Aí você tem que ir numa outra instância para refazer a regra, a regra como ela efetivamente é. É assim que ele trabalha. O Dantas nunca ganha no mérito. Ele diz que as provas são falsas, no caso da Satiagraha; ele não deixa trazer para o Brasil as derrotas que ele sofreu na justiça britânica; ele mata a Chacal, devolveu a Operação Chacal para a primeira instância e logo, logo prescreve; não deixa abrir os discos dele, faz com que o Eros Grau sente em cima dos discos; ele não deixa julgar, se julgar, ele está ferrado. Se julgar, ele vai em cana, como fez o De Sanctis, que colocou ele duas vezes em cana. Mas eles me enobrecem. É aquele meu ditado “diz-me quem te processas e te direi quem és”. Eu sou processado pelo Daniel Dantas, Gilmar Mendes, Eduardo Cunha, Naji Nahas, Ali Kamel, pelo Heraldo Pereira (que diz que sou racista, eu sou racista!), o Carlos Jereissati, o Sérgio Andrade. É esse elenco que me processa. E disse me orgulho. Quando o meu neto tiver um pouquinho mais de discernimento, eu vou dizer: “ seu avô é um uma cara muito legal, olha quem processa ele.” Então, qual é o objetivo deles? É me calar pelo bolso, não é calar com uma condenação. Ah, o Heráclito Fortes me processa três vezes, o Heráclito Fortes , o Apolo da bancada Dantas, o homem que defendia o Dantas da tribuna do Senado e que dizia frases como “prefiro Dantas ao Delúbio”.Isso é um Varão de Plutarco. Cícero não foi tão brilhante. Muito bem, querem me calar pelo bolso, mas não vão calar.

Classe: Falando um pouco mais de política, você não acha que a Dilma caiu na armadilha de demitir uma série de ministros pautada pela mídia?

PHA - Acho que ela faz muito bem. Acho correta a tese dela, a política dela. Localizou o malfeito, dança. Está certo. O meu problema com esta mídia que denuncia corrupção não é a denúncia da corrupção. O problema é o caráter político dessa denúncia. Agora, nós estamos diante de um fato brutalmente suspeito; uma empresa chamada Controlar tinha o monopólio de fazer o controle da poluição por parte dos automóveis de São Paulo e descobriu-se que isso era uma patranha. Essa patranha levou à prisão de um cavaleiro de nome João Faustino, que era, ou é, suplente do senador Agripino Maia e durante anos a fio trabalhou no gabinete do chefe da Casa Civil do Serra, o senador Aloísio Nunes, exercendo a tarefa que não se sabe bem qual é. Muito bem, o João Faustino diz que tem uma relação antiga com o Serra e com o Fernando Henrique, isso da própria boca dele. E colocaram indisponíveis os bens do Kassab graças ao Serra. Ele foi vice do Serra. O João Faustino trabalhou com Serra.

Classe: Coordenou a campanha do Serra no Nordeste.

PHA - Isso, coordenou a campanha do Serra no Nordeste. Queria que o ínclito e brilhante senador Jarbas Vasconcelos fosse vice do Serra. Deu entrevista dizendo isso. E o Serra ? Ele, agora dá conferência sobre juros e foge da imprensa pela porta dos fundos. O Serra foge da imprensa e o Paulo Bernardo foge do PT.

Classe: Como você vê esta obsessão do Serra de ainda sair candidato a presidente. Há uma especulação de que ele pode sair candidato pegando uma carona no PSD do Kassab, caso o Aécio seja o candidato pelo PSD.

PHA - É um patologia. O Mercadante tem uma teoria muito interessante que é a do mergulho para frente. Toda vez que o Serra se vê numa situação de ser julgado pelo que fez, ele dá um pulo para frente. Agora, por exemplo, em lugar de ser julgado pela campanha que ele fez em 2010, que segundo Ciro Gomes, foi uma campanha calhorda, a campanha da bolinha de papel, a campanha do aborto, a campanha do fundamentalismo, a campanha do bispo de Guarulhos, a campanha de entregar o pré-sal para a Chevron, a campanha de querer invadir a Bolívia, a campanha de acabar com o Mercosul. Em vez de discutir essa campanha, ele é candidato em 2014. Ele não tem alternativa. Mas o Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente da República que o Serra.

Classe: Que nota você daria hoje, no conjunto, para o governo da Dilma?

PHA - Acho que ela está indo muito bem, muito bem. Eu lamento que ela tenha esta atitude em relação ao marco regulatório, que eu prefiro chamar de Ley de Medios, e faço isso propositadamente porque nós temos a pretensão de nos rivalizarmos com a Argentina, o que não é o meu caso que admiro muito a Argentina.É para deixar claro que a Argentina tem uma Ley de Medios muito boa, muito boa. E foi tirada na marra. As pessoas foram para a rua pedir a Lei de Medios. E Globo de lá, o Clarin, trabalhava com o mesmo Ibope daqui. E a Cristina meteu a mão na Globo e no Ibope.

Classe: E fez campanha de massa, no dia da entrega do projeto ao Congresso argentino, ela levou 50 mil pessoas com ela.

PHA - Exatamente. E não deu entrevista para a Globo. Se elegeu duas vezes sem dar entrevista para a Globo. E a Dilma se submete àquelas perguntas capciosas do William Bonner e da Fátima Bernardes.

Classe: Mas, fora a questão da comunicação, por que você acha que a Dilma vai muito bem? Seria por que ela dá continuidade à obra do Lula?

PHA - Ela continua a obra do Lula e está dando alguns saltos à frente, como esse programa de Brasil sem Miséria, esse programa de fortalecimentos das pequenas e médias empresas. Acho quer ela tem dado saltos importantes na política de saúde e na política de educação. Na condução da política econômica também, porque ela tirou o monopólio dos neoliberais do Banco Central. Os neoliberais comandavam o Banco Central desde o governo Sarney.

Classe: O Alexandre Tombini, atual presidente do Banco Central, não é um neoliberal?

PHA - O Tombini não é neoliberal e tem uma vantagem: ele não dá entrevista em off para a Míriam Leitão.

Classe: Falando sobre a doença do ex-presidente Lula, comentários como o da Lúcia Hipólito, na rádio CBN, logo no dia da divulgação do problema, soltando foguete e colocando Lula fora do jogo político, não chega a ser indecente, uma falta de respeito ao drama alheio?

PHA - Eu não ouvi o comentário da Lúcia Hipólito. O que eu posso te dizer é o seguinte: O PIG foi fazer o enterro do Lula. O PIG convocou o enterro do Lula. Foi para a capela do cemitério da Consolação para enterrar o Lula. O meu problema com a doença do Lula é com o Hospital Sírio e Libanês. Por que saem notícias sigilosas e confidenciaissobre o estado de saúde dos pacientes do Sírio e Libanês na Folha e na TV Globo? Eu sou paciente do Sírio e Libanês. Fiz uma cirurgia lá. Tirei uma hérnia de disco lá. Eu quero saber e, aliás, mandei um e-mail agora para o Sírio e Libanês para saber se as informações sobre a minha cirurgia serão
tão públicas como o tratamento do Lula. Se forem, eu quero tomar as medidas judiciais para processar o Sírio.

Classe: Para o jornalista Paulo Henrique Amorim, o que foi o mensalão?

PHA - O mensalão foi uma operação de caixa dois de campanha que é tão brasileira quanto goiabada com queijo. Caixa dois. Todo mundo sabe disso. Mensalão é senha para você entrar no site do impeachment do Lula.

Classe: A versão que passaram era a de que existia uma espécie de guichê no qual os parlamentares recebiam pelos serviços prestados ao governo nas votações do Congresso?

PHA - É, inclusive os que votavam com o governo. Era preciso comprar os parlamentares que votavam sistematicamente com o governo. É um negócio sensacional. É um negócio de português, desculpe. Eu, como neto de português, posso dizer isso com toda autoridade. É um mensalão português. Um mensalão patrício. Como diz o Mino Carta, o mensalão está por provar-se. Eu quero ver o Supremo provar o mensalão. E tem mais: eu quero ver provar a culpa do José Dirceu. É que no Brasil não se faz a seguinte pergunta: de onde vem o dinheiro do mensalão? Vêm do Daniel Dantas. Ninguém pergunta: quem botava dinheiro no duto do mensalão? Era o Dantas, isso está comprovado. Os documentos da Brasil Telecom encaminhados à CVM mostram o dinheiro que a Brasil Telecom, no tempo do Dantas, dava para o Marcos Valério. O Marcos Valério fazia um estudo sobre a imagem da Brasil Telecom e ganhava um trilhão de dólares para fazer isso. Alguém aqui é bobo?

Classe: Na sua opinião, então, se o Supremo julgar pela prova dos autos, absolve todo mundo?

PHA - Eu acho que absolve muita gente, inclusive o José Dirceu. Mas o problema é que o Supremo costuma votar com a faca no pescoço. É o único Supremo no mundo que vota com a faca no pescoço. Eu não conheço outro caso igual.

Classe: Dê alguns exemplos?

PHA - Ué, um ministro do Supremo disse que votou, no caso do mensalão, porque estava com a faca no pescoço. Quem empunhava a faca, a faca de Brutos? Era o Ali Kamel.

Classe: A que você atribui o bom trânsito que o Dantas tinha com os governo de FHC e manteve nas eras Lula e Dilma?

PHA - É porque o Dantas corrompeu o Brasil. O Dantas comprou o Brasil. Executivo, Legislativo e Judiciário. E imprensa. Os quatro poderes. Comprou tudo. E, no caso da imprensa, ele teve um plano de negócio originalíssimo. Ela comprava dono e o jornalista, porque normalmente os corruptores da imprensa compram um ou outro. Ele comprava os dois.

Classe: O ministro da Justiça atual tem alguma ligação com ele?

PHA - Sim, ele trabalhou para o Dantas. O José Eduardo Cardoso é assalariado do Dantas.

Classe: O advogado Greenhalg também?

PHA - Greenhalg também O Jose Eduardo Cardoso, como deputado federal , representante do povo de São Paulo, foi à Itália defender os interesses do Dantas. E aqui no Brasil tentou ajudar o Dantas no Ministério Público Federal. Ele é funcionário do Dantas.

Classe: Existe por parte da mídia uma clara intenção de criminalizar os movimentos sociais. Na democracia que vai se consolidando no Brasil, qual deve ser o papel desses movimentos?

PHA - Acho que esses movimentos têm um papel muito importante. Mas eu vou te falar o seguinte: eu acho muito legal movimento social em defesa do meio ambiente, em defesa da mulheres, em defesa do casamento gay. Eu sou a favor disso tudo. Eu sou a favor do meio ambiente, tenho aqui na minha casa uma micro reprodução dos Jardins do Burle Max. Sou a favor do casamento gay. Acho o machismo um absurdo. Tudo isso está certo. Agora, a oposição no Brasil gastou muita munição com essas causas secundárias. Subalternas em relação ao problema da injustiça social.

Classe: A que oposição você se refere?

PHA - Eu quero dizer o seguinte : os que protestam , os inconformados, os indignados, os ativistas sociais defendem causas que são comoventes e enaltecedoras e espero sejam bem–sucedidos. Não no caso de Belo Monte, que eu acho que é nada mais, nada menos que uma ponta de lança dos interesses americanos no Brasil. Ponto. Mas eu acho que mais importante do que tudo, na minha opinião, é a questão da injustiça social. Esta sociedade, apesar da inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média, apesar da ascensão social do pobre, apenas dos programas Brasil sem Miséria, é uma sociedade injusta. É uma sociedade cruel, é uma sociedade que não tem democracia, é uma subdemocracia. Esse é o assunto que me interessa. Negócio de meio ambiente e tal, eu acho tudo muito bom, sou a favor do meio ambiente. Mas não gasto cinco minutos do meu tempo preocupado com isso. Não gasto. Eu acho que estas redes sociais são muito úteis, mas não vão mudar o mundo, não vão mudar ro Brasil, enquanto não enfrentarem de frente o problema da desigualdade.

Classe: Qual o destino dos jornais impressos no Brasil? Na sua opinião, eles caminham para o fim?

PHA – Acho que caminham para uma espécie de fim. Ele vai ser um produto de menos importância. Um produto de nicho. Assim como as revistas hoje são revistas de nicho, os jornais serão jornais de nicho. Tem mais chance de sobreviverem jornais de comunidade. Os dedicados à economia, como Valor, Financial Times, Wall Street Journal têm mais chances de sobreviverem do que a Folha. E o problema não e só de tecnologia. Não é só porque hoje existe uma tecnologia melhor do que a do jornal impresso. O problema é que os jornais brasileiros são muito ruins.O jornais brasileiros são péssimos. Não dá para ler, são mal escritos, não têm imaginação, são medíocres, são incompletos. Além de parciais.

Classe: Qual a sua opinião sobre a polêmica do diploma para jornalista?

PHA - Ah, eu sou contra. Sou inteiramente contra o diploma de jornalista. Isso é uma racionalização para um negócio de faculdades privadas. Não é preciso ter diploma para ser jornalista. Você pode ser jornalista com três meses de treinamento numa boa Pronatec. Com três meses na Pronatec, você faz um jornalista de boa qualidade. Agora, você precisa, de preferência, ter jornalistas com curso universitário. Pode estudar filosofia, matemática, física, biologia, literatura portuguesa.Isso tudo ajuda.Agora, o jornalista precisa respeitar os fatos. Como diz o Mino Carta, a verdade factual. Deve tentar também, o máximo possível, ser objetivo, até onde é possível ter alguma objetividade, ou seja, tentar a imparcialidade. Mas, sobretudo, o jornalista deve fustigar os poderosos.