quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Fernanda Montenegro, Niemeyer e o macartismo tupiniquim



Luis Nassif, Luis Nassif Online
 
“Nos últimos anos, o universo midiático passou a conviver com três fenômenos: o opinionismo desenfreado, o desejo de chocar a qualquer preço, até pagando mico, e o macartismo nas avaliações de personalidades.

Quando começou esse jogo, nem o ridículo serviu de limite.

Um conjunto de colunistas, que ganhou espaço meramente pela prática do macartismo virulento e de baixo nível, sentiu-se em condições de julgar o mundo.

Poucas vezes o ridículo foi tão bem servido.

De repente, o colunista especializado nos mais virulentos xingamentos, ganha espaço na Globonews para falar de seu livro. Estufa o peito, cruza as pernas para se conferir o controle do espaço próximo, e avança além das chinelas e dos petralhas:

-       Carlos Drummond de Andrade era um preguiçoso!

E nada mais disse sobre Drummond porque não tinha muito a dizer.
Na revista, outro colunista liquida com Mozart, Antônio Cândido e Chico Buarque. Pela ordem.

Na morte de Niemeyer, o geógrafo julga acabar com a reputação de um dos arquitetos do século. Escreve um artigo demolidor, depois xeroca, embrulha em papel celofane e vai depositá-lo no altar do Santo Protetor do Ridículo.

A procuração que recebeu era para atacar bolivarianos, chavistas, evistas, kirschenistas, petistas, lulistas, leninistas, e por aí vai. Mas não se contem. Quando o sujeito se julga “a força” – pelo espaço que consegue na mídia – nada o detém, nem o ridículo.”
Artigo Completo, ::AQUI::

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