segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dilma: o mundo não pode mais tolerar isso


Presidente pede convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para deter o "uso desproporcional da força" por parte de Israel, no massacre a Gaza; no dia de ontem, prédio residencial foi atacado e quatro crianças morreram

Enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido legitimam os ataques de Israel contra alvos civis na Palestina, a presidente Dilma se levantou para condenar o "uso desproporcional da força" por parte do Estado judaico e a inércia da ONU frente ao conflito. A pedido do presidente do Egito, Mohamed Mursi, Dilma Rousseff telefonou, na noite deste domingo, para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedindo a convocação extraordinária do Conselho de Segurança na busca de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Em qualquer assunto, como foi no caso do Congo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu imediatamente. Mas quando se trata do Oriente Médio, nada. Não dá para continuar esta inércia no tratamento do Oriente Médio", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.

Diante da gravidade dos ataques no dia de ontem, o Governo brasileiro também não descarta em assumir um papel mais central na questão como mediador. Um bombardeio por parte de Israel atingiu um prédio residencial, matando 11 civis, entre eles, quatro crianças. 

Abaixo, noticiário da Reuters:

Reuters - Pelo menos 11 civis palestinos, incluindo quatro crianças, foram mortos neste domingo, após um ataque aéreo israelense contra um prédio na Faixa de Gaza, disse o grupo islâmico Hamas, no pior ataque por parte do Estado judaico em cinco dias de confrontos.

Israel sinalizou que uma possível invasão terrestre na área controlada pelo Hamas poderia ser o próximo passo para uma maior ofensiva, buscando interromper ataques com foguetes por militantes palestinos no Estado judeu.

Neste domingo, Israel interceptou três foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza contra a sua capital comercial, Tel Aviv.

Uma pessoa foi ferida por escombros após a destruição de um dos projéteis.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que, mesmo que Israel tenha o direito de se defender, seria "preferível" evitar uma invasão terrestre que provocaria uma escalada militar na Faixa de Gaza, um estreito densamente povoado.

A ofensiva terrestre poderia criar mais vítimas e provocar uma condenação internacional, disse Obama.

Um porta-voz do Ministério do Interior em Gaza, controlado pelo Hamas, que um míssil israelense destruiu um prédio de três andares, matando 11 pessoas, todas civis. Médicos disseram que quatro mulheres e quatro crianças estão entre os mortos.

O Exército israelense não comentou imediatamente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que ele já tinha assegurado aos líderes mundiais de que Israel estava fazendo todo o possível para evitar mais mortes de civis em ataques contra o Hamas.


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