terça-feira, 24 de julho de 2012

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES.


Stephen Covey, que morreu no dia 16 de julho, foi um dos gurus da administração de empresas mais bem sucedidos de todos os tempos. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes vendeu mais de 20 milhões de cópias e três de seus outros livros venderam mais de 1 milhão de exemplares cada. O seu Centro de Liderança Covey (hoje parte de uma empresa chamada FranklinCovey) alega ter três quartos das companhias listadas na lista das 500 maiores empresas da revista Fortune como clientes.
A mensagem de Covey era antiquada. Com efeito, tão antiquada que pareceu nova e animadora quando 7 Hábitos foi publicado pela primeira vez em 1989. Em uma época em que outros gurus administrativos estavam preocupados em como construir uma organização, Covey argumentou que características pessoais, propósitos e autodisciplina eram o que realmente importava. Essa mensagem ainda é relevante, como deixaram claro os péssimos hábitos dos banqueiros altamente ineficazes. Covey ensinou que os empregados não são apenas engrenagens em uma máquina movida a prêmios e castigos, mas indivíduos.
Covey foi influenciado por Peter Drucker, o rei dos teóricos da administração, que escreveu em 1967 que a “eficiência… é um hábito”. Covey também se inspirou em dois séculos da “literatura do sucesso” americana que lera enquanto preparava a sua tese de doutorado. Ele descobriu que, nos primeiros 150 anos da república, os livros de autoajuda enfatizavam sobretudo o caráter; foi apenas depois da Segunda Guerra Mundial que eles passaram a valorizar qualidades superficiais como aparência e estilo.
Covey também foi orientado por sua fé mórmon. Ele foi para a Inglaterra como missionário aos 20 anos de idade e pregava em esquinas. “Isso me ajudou a falar em público e interagir com as pessoas”, recorda-se. Ele conseguia juntar centenas de pessoas, um feito que Mitt Romney, o candidato republicano à presidência, jamais conseguiu reproduzir como missionário mórmon na França. Os sete hábitos, basicamente, são uma destilação secular dos ensinamentos mórmon, afirma Claytn Christensen, um guru da administração de empresas de Harvard e mórmon, escritas para qualquer um independentemente “do tipo de Deus que você acredita ou até mesmo para aqueles que não acreditam em nenhum Deus”. (Isso fez com que o livro fosse mais vendável para os ambientes corporativos do que Uma vida com propósitos, de Rick Warren, um best-seller mais explicitamente cristão). O que separa Covey dos outros pensadores da administração, afirma Christensen, é que ele “viveu a vida sobre a qual ele escreveu. Ele tinha uma convicção que veio da experiência”.
Os setes hábitos são os seguintes: “seja proativo”; “comece com um ponto de chegada”; “priorize as coisas mais importantes”; “pense em termos em que todos saem ganhando”; “procure primeiro entender e depois ser entendido”; “sinergise”, isto é, aprenda a trabalhar com o próximo para o benefício de todos; e “afie a lâmina”, mantendo-se renovado física, espiritual e mentalmente através de prática de atividades como exercício, leitura, orações e trabalhos de caridade. Posteriormente Covey adicionou um oitavo hábito: “encontre sua voz e ajude outros a fazerem o mesmo”.

Nenhum comentário: