quinta-feira, 5 de julho de 2012

Não deu no Jornal Nacional: 17º ônibus incendiado alerta motoristas em São Paulo


Crimes, que já duram 20 dias, deixam profissionais da capital em tensão; há uma semana, a ViaSul tirou sete linhas de circulação para evitar novos ataques


A violênica que atinge São Paulo já dura 20 dias e até esta terça-feira 3, 17 ônibus haviam sido queimados na capital e em municípios ao redor. Além disso, 11 bases da polícia – sendo dez da Polícia Militar e uma da Guarda Civil Municipal – foram atacadas a tiros, no mesmo período. Segundo levantamento feito pela reportagem do portal UOL, com base em dados da imprensa, o caos já deixou ao menos 30 vítimas, entre policiais e suspeitos.

O incêndio frequente de ônibus deixa os motoristas em grande alerta. Na última quarta-feira, 27, a ViaSul tirou sete linhas de circulação por volta de 19h a fim de evitar mais atentados. Os ônibus deveriam ficar nas ruas até meia-noite e, com a interrupção, prejudicaram parcialmente os bairros Ipiranga, Sacomã, Vila Prudente e Cursino, maior parte na zona sul. Durante o dia, pelo menos três linhas haviam transferido seu ponto final para as proximidades do 83º DP, também por temor de ataques. A empresa não informou se irá implantar novas medidas de segurança para os motoristas.

Os crimes até hoje ocorreram principalmente nas zonas leste e sul de São Paulo, mas há diversas ocorrências em municípios próximos à capital, como Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos. Há registros de ocorrências também no litoral e no interior paulista. Ao todo, 34 pessoas foram detidas acusadas de participar de assassinatos de agentes.

Há suspeitas de que os crimes sejam uma forma de retaliação do PCC – Primeiro Comando da Capital – a uma operação da ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar –, que aconteceu no final de maio e deixou um líder da facção morto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 40 PMs foram mortos apenas nesse ano.”

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