segunda-feira, 7 de maio de 2012

“Veja” agora pode ser a bola da vez na CPI

Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
“Agora não tem mais jeito, não dá mais para esconder. A CPI, que começou com o nome de Cachoeira (por que não Demóstenes?) e ameaçou virar CPI da Delta, pode tomar um novo rumo, investigando pela primeira vez, além de corruptos e corruptores, atividades nebulosas de setores da imprensa brasileira.
Ao terminar de assistir à demolidora reportagem sobre as íntimas relações entre Cachoeira, a Delta e a maior revista semanal do país, exibida na noite deste domingo, no programa Domingo Espetacular, da TV Record, não tenho mais dúvidas: a "Veja" agora pode ser a bola da vez da CPI.
As gravações das escutas telefônicas, apresentadas com exclusividade pelo repórter Afonso Mônaco, denunciam que o contraventor Carlinhos Cachoeira não era apenas uma "fonte" da revista, como nós jornalistas chamamos quem nos dá informações.
Cachoeira aparece também muito à vontade fazendo o papel de pauteiro e até de editor da "Veja", sugerindo em qual espaço e data suas "matérias" deveriam ser publicadas. Cinco capas da revista nasceram assim, como mostram as gravações da Polícia Federal.
Após a publicação, comemorava com Cláudio Abreu, diretor da Delta, também preso, o resultado do trabalho de Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da revista, baseado em Brasília.
"Poli" ou "PJ", como era carinhosamente chamado por Cachoeira e Abreu, foi o co-autor da denúncia sobre a corrupção nos Correios, em 2005, que deu origem à crise do mensalão. Por ordem de Cachoeira, o jornalista da "Veja" recebeu de Jairo Martins, araponga  do staff do contraventor, o vídeo mostrando um diretor dos Correios, embolsando uma propina de R$ 3 mil. Foi um trabalho de parceria.”
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