quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ao Procurador Geral da República Roberto Gurgel

Autor: Luis Nassif

Vamos aos fatos:

  1. O Procurador Geral da República e sua esposa têm biografia, uma vida profissional dedicada ao Ministério Público Federal, sem que até hoje houvesse dúvidas sobre sua idoneidade.
  2. O foco da CPMI não pode ser o casal Gurgel. Deve ser o crime organizado, suas ligações com o poder público, com o Judiciário, seu braço midiático. Focar em Gurgel só servirá para dispersar as investigações e fazer a CPMI perder o foco.
  3. No entanto, a falta de explicações plausíveis do casal – sobre a paralisação da Operação Vegas – acabou atraindo todo o foco das investigações e das suspeitas para si. É uma armadilha criada por seu próprio silêncio, injusta para com eles, e, principalmente, para com o Ministério Público.
  4. O exercício do poder de PGR tem suas limitações, muitas de ordem política. O que levou o casal a interromper as investigações não pode ser explicado publicamente, caso contrário as explicações já teriam surgido. Mas provavelmente é algo muito menos grave do que as suspeitas que começam a cercá-los.
  5. Fariam bem a si, ao país e, especialmente ao Ministério Público Federal, se buscassem alguém da sua confiança e explicassem as circunstâncias do episódio, afim de que as explicações, divulgadas em off ou não, aplacassem a ira geral e permitissem à CPMI retomar seu foco.

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