quinta-feira, 10 de maio de 2012

Acusação de que senador Agripino teria recebido R$ 1 milhão ilegalmente pode explodir também no colo de Serra

José Faustino em carreata com José Serra, no Serramóvel
O pavio que ligaria as duas bombas tem nome e  função: João Faustino, suplente do senador José Agripno Maia, presidente do DEM. Faustino aparece na imagem ao lado acompanhando José Serra em sua campanha à presidência em 2010, junto ao senador Agripino e à governadora do Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini.

No final do ano passado, Faustino foi preso numa operação deflagrada pelo Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte acusado de ter recebido propina num esquema de corrupção envolvendo o Detran-RN.

Preso na mesma operação, o empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, em depoimento ao MP-RN (Ministério Público do Rio Grande do Norte), afirmou que o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro “vivo” para a campanha de 2010 no estado.

José Faustino, segundo o mesmo depoimento, pode ter ficado com 10% de todo o lucro da operação fraudulenta no Detran do estado.

E, pergunta você, arguto leitor, sagaz leitora, o que José Serra tem a ver com José Faustino, além de dividir o Serramóvel em campanha com ele? Mostro a seguir (destaque em negrito é meu):

[José Faustino] é figura muito, mas muito próxima do ex-presidenciável tucano [e atual candidato à prefeitura de SP] José Serra. Enquanto Serra foi governador de São Paulo, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes, como subchefe da Casa Civil, sendo diretamente subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que hoje é senador. Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. O que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fazia em São Paulo, João Faustino fazia em outros estados. [Fonte]

E se o aprofundamento das investigações chegar à conclusão que o dinheiro desviado do Detran-RN não irrigou apenas campanhas naquele estado mas também a do presidenciável por eles apoiado, que tinha em José Faustino seu arrecadador?

Não terá sido a primeira vez que os tucanos utilizam esse recurso: em 1998, o mensalão tucano de Minas irrigou a campanha de Fernando Henrique Cardoso (Sobre isso, leia Azeredo confirma informação do Blog do Mello: Dinheiro do valerioduto tucano irrigou campanha de FHC).

Se pensarmos que o mesmo esquema do RN foi flagrado na gestão Kassab (que teve seus bens bloqueados), e Kassab é Serra e Serra é Kassab...


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