domingo, 8 de abril de 2012

Carta Capital persegue indícios que a imprensa, oposição e base aliada ignoram


Apenas Carta Capital parece disposta a seguir o lastro do envolvimento criminoso de políticos da oposição com o contraventor Carlinhos Cachoeira.  Já a base aliada e a imprensa não se dispõe a ir além

Excepcionalmente em um sábado, não menos oportuno, um sábado de aleluia, dia de malhação de judas...
O destaque permanece o mesmo, a pauta da blogosfera e um pouco tímida da grande imprensa: o escândalo Demóstenes Torres, Marconi Perillo e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
O envolvimento entre agentes públicos, da oposição, auto-intitulados e atestados pela imprensa, "menestréis da ética e dos bons costumes políticos", com o crime organizado e a desmoralização da oposição.

Já há um tempo foi comentado a possibilidade da tríade PSDB/DEM/PPS fundirem-se num só partido, o PSDB, estratégia muito comum na política brasileira daqueles que querem fazer os eleitores esquecerem suas raízes de desmandos e malfeitos.  O próprio DEM é um exemplo clássico disso: já foi Arena, virou PDS, PFL e hoje é DEM, de democratas...

O fato é que o desdobramento deste novo escândalo expõe o rabo preso da imprensa com os personagens suspeitos e investigados, até mesmo com a participação do editor-chefe de Veja, flagrado em mais de 200 ligações com Cachoeira (o que tanto assuntaram?), em um esforço heróico de não ir além de Demóstenes Torres, isolar a cena e tratá-la como uma traição de um "ente bastante respeitado" pelo seu passado combativo, só isso, nada mais.

Por outro lado a base de apoio parlamentar do governo mostra-se vacilante e não consegue fazer andar as CPIs do Cachoeira e nem da Privataria.  Estas ações serviriam para dizer a opinião pública que o congresso não aceitaria mais tais malfeitos e daria uma lição, justamente, naqueles que faziam um escarcéu midiático para falar da ética, o que agora prova-se, nunca foram próximos e nem tão pouco apreciadores.

A base é tímida e não avança neste terreno, o que mostra o quanto o governo, apesar da maioria que possui, está pouco representado por boa parte dos partidos de sua coalizão, insuficiente para o tamanho dos desafios que Dilma e seu governo enfrentam. 

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