segunda-feira, 5 de março de 2012

Presidente da sigla diz...O DEM é um antro de corrupção e de corruptos!

Presidente da sigla diz que telefonemas com bicheiro não indicam que o senador colabore com o crime organizado, isso só seria verdade se o senador fosse do PT ou da base aliada. O DEM é um antro de corrupção e de corruptos!

Demóstenes recebe apoio firme do DEM
Presidente da sigla diz que telefonemas com bicheiro não indicam que o senador colabore com o crime organizado. Petistas querem convocação no Conselho de Ética

O senador José Agripino Maia, presidente do DEM, diz que nenhuma escuta revela atitudes ilícitas do colega (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 7/12/11)
O senador José Agripino Maia, presidente do DEM, diz que nenhuma escuta revela atitudes ilícitas do colega

As relações entre o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) motivaram um debate entre governo e oposição no Congresso. Enquanto aliados fazem uma defesa veemente do parlamentar goiano, representantes do PT afirmam que Demóstenes precisa esclarecer as ligações que mantêm com o empresário preso semana passada na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Depois de dizer que subiria à tribuna do plenário do Senado já no início desta semana para apresentar explicações sobre o caso, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) voltou atrás ontem. Em entrevista ao Correio, afirmou não saber se vai à tribuna, quando apresentará as justificativas e quais serão os argumentos para a amizade com o empresário. “Essa é uma tentativa de desmoralização. Vou ver com os meus colegas de Senado o que eles querem que eu faça.”

Demóstenes disse não ter conversado ainda com as lideranças de seu partido. “Não há gravidade, não há crime, não há improbidade. Estou tranquilo, não vai haver investigação na Procuradoria-Geral da República (PGR)”, afirmou o senador. Sobre as conversas telefônicas degravadas pela PF, Demóstenes disse que se tratam de diálogos “corriqueiros, triviais”.

Essa é uma tentativa de desmoralização. Vou ver com os meus colegas de Senado o que eles querem que eu faça
Essa é uma tentativa de desmoralização. Vou ver com os meus colegas de Senado o que eles querem que eu faça" Demóstenes Torres, senador do DEM-GO

O Correio mostrou ontem que Cachoeira e Demóstenes conversaram por telefone 298 vezes entre fevereiro e agosto de 2011, conforme as transcrições feitas pela PF para as investigações da Monte Carlo. Em média, foi feita 1,4 ligação por dia. A quebra do sigilo telefônico do bicheiro foi autorizada pela Justiça Federal de Goiás. Em um dos diálogos, Demóstenes se refere a Cachoeira como “professor”. Já o bicheiro o chama de “doutor”. A grande quantidade de conversas, segundo explicação dada pelo senador no sábado, se deve ao fato de a ex-mulher de seu suplente Wilder Pedro de Morais ter passado a viver com Cachoeira. Demóstenes recebeu de presente do bicheiro uma cozinha importada dos Estados Unidos avaliada em US$ 27 mil (R$ 46,7 mil), conforme as transcrições dos diálogos.

O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), fez uma defesa calorosa do companheiro de partido. “As escutas, em nenhum momento, revelam atitudes do Demóstenes para apoiar ações ilícitas do bicheiro. Acredito nas explicações. Ele já justificou a questão dos presentes.” Procurado pelo Correio, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que prefere não se pronunciar antes de Demóstenes prestar explicações públicas sobre o episódio.

Após o discurso cauteloso adotado no início da revelação das conversas entre Demóstenes e o bicheiro, o PT partiu para a ofensiva. O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), elevou o tom. “Vamos cobrar que Demóstenes fale. Qualquer relação com uma figura como Carlinhos Cachoeira por si só já é grave. O que chama a atenção é que a interceptação envolvendo Demóstenes está na rota da investigação desenvolvida pela PF.”

O líder do partido na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), defendeu que o senador seja convocado imediatamente pelo Conselho de Ética do Senado. “A questão é muito grave e precisa ser apurada com rigor”, atacou.

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