terça-feira, 20 de março de 2012

Até Secretaria do Meio Ambiente de Kassab contratou TOESA (a empresa da propina das ambulâncias)


http://deolhonascontas.prefeitura.sp.gov.br/priv/secretarias.htm
(Obs: necessário informar o ano de 2008 para fazer a consulta, onde aparece a lista contendo o contrato com a TOESA)

Se existe o SAMU-192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), nem as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde deveriam contratar empresas de aluguel de ambulâncias por fora, mas a gestão de Gilberto Kassab na prefeitura de São Paulo se superou.

Até a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo contratou serviços de ambulâncias da TOESA Services (a empresa denunciada pelo Fantástico, da TV Globo, por fraudes em licitação e pagamento de propinas).

O que leva uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente a ignorar o SAMU que já existe de forma estruturada, e contratar de forma supostamente redundante, uma empresa privada de ambulâncias por R$ 279.776,00 ?

A reportagem do Fantástico, da TV Globo (que quis fazer cortina de fumaça com o escândalo de Carlinhos Cachoeira e atingiu em cheio José Serra e Kassab) talvez traga uma luz para explicar. Eis um trecho:
Cassiano Lima é gerente da Toesa Service, uma locadora de veículos. Foi convidado para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. Ele começa tomando cuidados.

“Queria saber quem me recomendou”, questiona Cassiano Lima. Mas o desejo de fechar negócio é maior. E ele abre o jogo. “Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta ele.

Falando em um código em que a palavra "camisas" se refere à porcentagem desviada, Cassiano aumenta a propina.

“Dez camisas, então? Dez camisas?”, sugere.
“Pode melhorar isso, não?”, pergunta o repórter.
“Quinze”, aumenta..
...
Quem fala é David Gomes, o próprio presidente da Toesa: “Bateu o crédito na conta. No máximo 48 horas depois, está na sua mão”, conta. “Eu diria que é a maior empresa no ramo de ambulância em atividade no país”, afirma.

Ele veio avalizar todo o acerto que foi feito para o pagamento da propina. “Uma das coisas que eu passo para os meus filhos e que eu aprendi,: eu protejo meu contratante, meu contratante me protege”, diz ele.

O pagamento é sempre em dinheiro.

“Que tipo de moeda?”, pergunta o repórter.

“A que você quiser. Normalmente em real, o real está mandando aí”, explica ele.

Ele oferece outras opções: “Dólar, euro”.
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