domingo, 16 de outubro de 2011

"Cortes modernos": barbearias do Brasil

Fotógrafo captou imagens de arcaicos estabelecimentos que ainda resistem aos salões de beleza

Barbearias: um modo de vida em extinção
Mais do que um lugar para cortar o cabelo e aparar a barba, as barbearias são o retrato de um certo modo de vida masculino.
“Tem gente que não corta o cabelo, mas vai para papear – normalmente sobre futebol e política. É um ambiente de homens. Elas têm revistas de mulher pelada, fotos de gostosas na parede. As de São Paulo têm cadeiras mais bonitas, são mais sofisticadas do que as do Norte e do Nordeste, mas o espírito é o mesmo.”
O pequeno depoimento é de José Bassit, 52 anos, fotógrafo há 30. No ensaio fotográfico “Cortes Modernos”, Bassit registrou o ambiente de inúmeras barbearias pelo país.
O trabalho foi feito inicialmente apenas com estabelecimentos de São Paulo, entre 2003 e 2004. O resultado ganhou exposições na Pinacoteca (no aniversário dos 450 anos de SP), no teatro Cultura Artística (no intervalo das óperas, havia um barbeiro para cortar o cabelo do público) e no Sesc Pompeia.
“Mas eu viajava muito pelo Brasil, então continuei o trabalho. Em cada cidade que eu ia, procurava barbearias.”
Só em São Paulo Bassit fotografou cerca de 80 barbearias. Dessas, 50% já fecharam. “É uma profissão que está acabando. Os salões unissex estão tomando conta”, diz o fotógrafo. “Os barbeiros são idosos, muitos morreram, outros não aguentam mais trabalhar.
Confira as demais imagens de Bassit AQUI.

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