sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Até os EUA sabem que acusação ao Irã é um erro , mas o "Jornal Nacional" tem certeza e é um aliado de primeira hora. Vai ser colonizado assim no inferno !

EUA admitem dúvidas sobre plano do Irã
Segundo chanceler Patriota, americanos reconhecem 'hiatos de informação' quanto a atentados em Washington

Saudita que seria morto disse ao brasileiro que não está claro o grau de envolvimento das autoridades iranianas

Kevin Lamarque/Reuters

Obama e o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, após entrevista em que o presidente americano fez acusação ao Irã

CLAUDIA ANTUNES
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

As próprias autoridades americanas e sauditas reconhecem que ainda há "lacunas" e "hiatos de informação" na acusação feita contra o Irã de conspirar para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, disse à Folha o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Patriota se baseia numa conversa telefônica que teve com o embaixador Adel al Jubeir, suposto alvo da conspiração, e na apresentação do caso feita anteontem pelos embaixadores dos EUA e da Arábia Saudita aos integrantes do Conselho de Segurança da ONU (o Brasil é atual membro não permanente).
O discurso oficial dos governos americano e saudita, até aqui, é outro, no entanto: o de responsabilizar diretamente as autoridades iranianas pelo plano, que foi denunciado na última terça-feira pelos EUA.
Os americanos dizem ter provas, mas não as apresentaram ainda. Segundo o governo americano, um iraniano com cidadania americana admitiu ter contratado o cartel mexicano Zetas para matar Jubeir. Outro iraniano implicado, membro de grupo de elite da Guarda Revolucionária do país, está foragido.

LACUNAS
Também anteontem, o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon, esteve com o secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, para entregar um documento e explicar a acusação.
Segundo Patriota, não foi apontada nenhuma intenção da suposta rede criminosa de agir em território nacional: "No Brasil não houve nenhuma informação de que diplomatas aqui seriam visados". Há informação não confirmada de que a Argentina também seria alvo de ataques.
Patriota disse que ligou para o embaixador saudita porque o conhece bem da época em que chefiou a missão brasileira em Washington. "Ele diz que tem muitas perguntas não bem respondidas e lacunas. Não é que esteja cético. Disse que existem elementos preocupantes, mas que, assim como existem evidências de que estavam planejando um atentado, não é claro qual é a lógica do comportamento [dos supostos integrantes do complô] e também em que nível ele foi planejado, que conhecimento as autoridades iranianas teriam etc.", afirmou Patriota.
O chanceler disse que os EUA estão examinando a hipótese de sanções do Conselho de Segurança contra os acusados de envolvimento na conspiração, com base em violação da Convenção para a Prevenção e Punição de Crimes contra Pessoas Protegidas Internacionalmente, incluindo agentes diplomáticos, mais conhecida como Convenção de Proteção aos Diplomatas.
A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, não chegou, no entanto, a apresentar um projeto de resolução. "Fizeram uma apresentação da situação no Conselho de Segurança e eles próprios reconhecem que existem ainda hiatos de informação", disse Patriota.

Nenhum comentário: