quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E o ministro foi passear no senado!



O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, respondeu, na manhã desta quarta-feira, a denúncias de que teria pegado carona no jatinho executivo da construtora Sanches Tripoloni e favorecido a empreiteira ao incluir uma obra tocada pela empresa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Paulo Bernardo, a iniciativa de incluir no PAC a obra do Contorno Norte de Maringá, no Paraná (reduto eleitoral do ministro), foi da bancada paranaense no Congresso Nacional.

"A obra de Maringá foi avaliada pelo governo, tínhamos dados mostrando que o tráfego diário era de 20 mil caminhões, é uma avenida importante. Fomos convencidos de que seria uma alternativa correta fazer o contorno mais ao norte", argumentou. "Essa obra foi uma iniciativa do Congresso, se originou numa emenda de bancada, e a emenda era de R$ 53 milhões. As emendas são absolutamente legítimas, quando alguém assina isso só visa uma coisa: investimento para o nosso Estado. Quero entender como eu, ministro do Planejamento, quando resolvo liberar o recurso, passo a ser suspeito."

Bernardo voltou a assumir que pegou carona em aviões na época da campanha eleitoral - quando acompanhava a mulher Gleisi Hoffmann, então candidata ao Senado -, mas disse não se lembrar de ter pegado o avião da empreiteira.

"No ano passado, por diversas vezes, andei de carona em aviões, na campanha eleitoral, a Gleisi alugou aviões. Várias vezes andei com ela, mas ela não tinha jato para viajar, fez poucas viagens de helicóptero e andou com outros candidatos", afirmou. "É preciso ficar claro que a empresa de táxi aéreo não precisa nem ter avião, precisa ter alguém que ceda o avião."

O ministro também foi questionado sobre a liberação de aditivos para obras de responsabilidade da Sanches Tripoloni mesmo com a inclusão da empreiteira no cadastro de inidôneas do Tribunal de Contas da União (TCU). "A informação que eu tenho é que a empresa foi considerada inidônea e depois essa decisão foi revogada pelo TCU. A lei é muito clara e o sistema não libera esses recursos. Se a empresa constar no cadastro, esqueça, não libera nada. O sistema bloqueia automaticamente. Por isso, acho que o problema da empresa já tinha sido resolvido quando os recursos foram liberados", disse.

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