sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Belo Monte e a OEA

Enviado por luisnassif, qui, 15/09/2011 - 20:18

Autor:

Alberto Porém Júnior
Miriam Leitão

Depois do fato esclarecido a OEA deu a resposta correta ao assunto Belo Monte, mais uma bandeira midiática capitaneada por Miriam Leitão que naufraga. Mas esta noticia você só encontrará em rodapés e cantinhos...

OEA volta atrás sobre Belo Monte

Comissão de Direitos Humanos pedira suspensão da obra da usina em abril
Autora: Eliane Oliveira

BRASÍLIA. Sem fazer alarde, o Palácio do Planalto saboreia, há um mês, uma importante vitória no processo de instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), que há cinco meses havia baixado uma medida cautelar pedindo ao governo brasileiro que suspendesse o empreendimento, enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff se retratando e pondo um ponto final no impasse.

A revelação foi feita ontem ao GLOBO pelo especialista em segurança pública da OEA, Adam Blackwell. Ele está em visita ao Brasil desde o último domingo, conversando com autoridades brasileiras sobre desarmamento e processos de pacificação de favelas.
— Esse assunto está encerrado para nós. Creio que o que houve foi falta de informação dos integrantes da comissão — disse Blackwell, acrescentando que a medida cautelar foi retirada no dia 1o de agosto.

Especialista da OEA espera melhora nas relações

A medida cautelar — que despertou a ira do Palácio do Planalto e teve como consequência a divulgação de uma dura nota do chanceler Antonio Patriota — foi publicada para atender a comunidades indígenas representadas por Organizações Não Governamentais (ONGs). Patriota chegou a chamar a Brasília o embaixador do Brasil em Washington junto à OEA, Ruy Casaes, em uma demonstração de descontentamento.

Foi a primeira vez que as pressões contra Belo Monte ultrapassaram a fronteira, e uma comissão da OEA tentou interferir diretamente no processo de construção da hidrelétrica. Se a CIDH mantivesse sua posição e o Brasil não cumprisse a determinação, o país poderia ser julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e, numa hipótese tida como improvável por técnicos do governo e especialistas, em última instância seria expulso da OEA.

Ao receber o comunicado sobre a medida cautelar, o governo brasileiro enviou uma carta à CIDH com informações técnicas a respeito do processo de licenciamento para a construção da hidrelétrica. A comissão argumentava que as comunidades indígenas não foram ouvidas.
Além de enviar uma resposta sobre Belo Monte baseada em critérios técnicos à CIDH, o governo brasileiro retirou a candidatura de Paulo Vannuchi para representante do país na comissão, no lugar de Paulo Sérgio Pinheiro. Foi encaminhada uma carta ao secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.

— Vencida essa etapa, vamos melhorar ainda mais nossas relações — afirmou Blackwell.
Ele, que é canadense, esteve no Rio no início da semana, onde conheceu algumas favelas pacificadas, como as do Complexo do Alemão. Em Brasília, conversou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a possibilidade de o Brasil transmitir aos vizinhos sua experiência no processo de desarmamento no país.
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Um comentário:

Flavio Moreira disse...

Qual o país de origem dessas ONGs? Que interesse elas têm? Não que não seja importante defender os direitos dos índios brasileiros; o que é questionável é esse interesse da OEA, que não faz nada contra os abusos ianques mas quer interferir numa questão de soberania nacional que não lhes diz respeito. Dois pesos e duas medidas?