sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mulher no lugar do Johnbim. Por que não ?

A deputada Feghali botaria os militares na linha. E o embaixador americano também

Um passarinho pousou na janela lá de casa e sugeriu dar uma olhada na recente história do Chile.


Como se sabe, a transição do Chile para a democracia foi complexa e os chilenos botaram o ditador-mor, Augusto Pinochet, em prisão domiciliar.

Aqui, Nelson Johnbim e o Supremo deixaram os torturadores do regime militar impunes.

Quando assumiu o Governo, o socialista Ricardo Lagos teve uma ideia genial: escolheu uma mulher para suceder Pinochet e colocar os militares na linha.

Foi ela, Michelle Bachelet, que lutou como guerrilheira e sucedeu Lagos na presidência do Chile.

Esse passarinho é sabido.

E deu três sugestões.

A embaixadora Vera Machado chefiou a Embaixada do Brasil na Índia e no Vaticano, e agora é responsável pelo importantíssimo cargo de Subsecretária-Geral Política I.

O passarinho deu outra sugestão: Graça Foster, diretora da Petrobrás e, por último, como o passarinho é carioca e admira mulheres valentes, Jandira Feghali.

Ela acaba de se eleger, brilhantemente, Deputada Federal pelo PC do B do Rio de Janeiro.

É uma parlamentar exemplar.

As três são competentes, firmes e servidoras do Estado.

Mantêm relações cordiais com representantes de todos os países com quem o Brasil tem relações diplomáticas.

E nenhuma delas serve aos interesses da Embaixada americana.

A Dilma poderia ter um passarinho desses na janela dela.


Paulo Henrique Amorim

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