sábado, 25 de setembro de 2010

Voto 13 por você, minha filha.

25/09/2010

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Domingo, dia 03 de Outubro próximo, ao digitar na urna eletrônica meu voto, estarei pensando em você, Gabriela. Porisso, escolherei Dilma Rousseff do Partido dos Tralhadores. Número 13.

Sabe por quê? Pelo teu futuro e pelo futuro de centenas de milhares de outras crianças brasileiras; para que vocês cresçam num pais mais justo – apesar das desigualdades que ainda existem – e mais desenvolvido.
E quem será o condutor do crescimento com distribuição de renda, que é o que prover á justiça e desenvolvimento, é o PT e seus aliados. Tenho absoluta convicção disto, principalmente pelo que já foi demonstrado nestes últimos anos.

Gabriela, quando eu tinha tua idade, 6 anos, viviamos num regime de opressão comandado pelos militares da extrema direita que dirigiam o país como um quartel. Não havia a liberdade que temos hoje; era um Brasil controlado pela elite branca e rica que não enxergava além do próprio umbigo. Cresci ouvindo e lendo noticias fabricadas pela imprensa que apoiava os ditadores militares assassinos. Tive amigos e professores que desaparaceram. Fui preso duas vezes por pensar diferente do governo, e por querer manifestar meus pensamentos e ideais.

Esta mesma gente, que tanto prejudicou o Brasil, continua ativa na vida politica, e esteve no poder até bem pouco tempo. As mesmas familias, sete ou oito, que controlavam a imprensa na época, são as mesmas que hoje editam seus jornais e revistas. Quando você nasceu, Luis Inácio Lula da Silva já era Presidente da República e o Brasil começou a mudar. Em todos os sentidos. E essa mesma gente, a parcela mais podre da sociedade, não se conforma com as conquistas sociais que o Partido dos Trablhadores trouxe com muita luta e muito trabalho. E democracia. Fazem de tudo para voltar ao poder; abusam das mentiras e da falta de caráter para não ceder ao desejo da população.

Minha filha, você nasceu de uma familia de classe média que nunca precisou dos benefícios de qualquer governo. Estudamos e evoluimos; sempre trabalhamos, sua mãe e eu, procurando driblar os problemas que a vida nos impõe. Mas, você sabe, que uma imensa parcela da população não tem o minimo necessário para sobreviver. Já vi teus olhinhos emocionados quando somos abordados, na rua, por uma criança pobre e suja, que pede um trocado. Já te ouvi sussurrar para que dê uma moeda àquela criança como você. A tristeza que sentimos diante de um ser desprotegido nos faz sentir uma dor que se origina da culpa. A culpa de não termos podido impedir as injustiças.

É nisso que penso quando te digo que vou votar 13. Para que o Brasil siga na rota do crescimento e que, sobretudo, promova a ascensão social das classes menos privilegiadas, sempre mal tratadas pelos governos de direita que dominaram este país por séculos. Tenho absoluta certeza que, erradicada a miséria, cada brasileiro tendo a oportunidade de trabalho e renda, teu futuro como ser humano será melhor, mais igual e mais justo. E que nunca mais será necessário ver lágrimas contidas em teus olhos por causa de uma criança pobre na rua.

Me emociono ao imaginar como este país pode se transformar, e sei que você fará parte de uma sociedade mais honesta e sadia, uma vez que as diferenças sociais e econômicas tem o poder de transformação pela via do desenvolvimento social, econômico e intelectual.

Você, Gabriela, e centenas de milhares de outras crianças, terão pela frente um caminho mais suave, não menos dificil, mas com muito mais instrumentos nas mãos para elevar nossa condição de cidadania ao patamar de equilibrio. E isto passa, necessariamente, pela inclusão social.

Você irá comigo, domingo, dia 03 de outubro, até a cabine de votação, e, com tua própria mãozinha, digitará a tecla “confirma” ao aparecer a imagem de Dilma Rousseff. Terá sido esta tua contribuição para que o Brasil seja um país mais humano.


Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Eu também teclarei 13, no dia 3 de outubro, pelas mesmas razões que o motivam, Júlio. Seu texto expressa uma verdade que ninguém pode contestar. Certa vez foi perguntado ao filósofo dos filósofos, Hegel, o que ele sonhava para os seus filhos. Respondeu ele: "um Estado com boas leis". Hegel, como todos sabem, era um defensor ferrenho de uma das grande utopias da humanidade: O ESTADO IDEAL. Só um Estado com boas leis pode dar ao cidadão a tranquilidade que todos necessitamos. O capitalismo gera a incerteza no futuro, o que leva a se querer ter cada vez mais, porque a solidariedade e a inclusão não têm lugar. Na contramão deste sistema maléfico, novamente vem Hegel e nos diz: "a humanidade socializada transforma o mundo em lar" ( Do livro de Leandro Konder "Hegel, a razão quase enlouquecida"). Muito parecido com os ensinamentos de Jesus Cristo ao pregar o Reino de Deus, uma segunda utopia da humanidade. Há outras, certamente. Todas possíveis. Basta que o Homem queira. Que todas as crianças do mundo, aqui simbolizadas pela Gabriela, tenham a possibilidade de viver num mundo mais humano, como deseja seu pai! Todos nós habitantes do Planeta Terra temos o dever de colaborar para que essas utopias se tornem realidade para que possamos viver em Paz. (Leda Ribeiro)

Um comentário:

JÚLIO PEGNA disse...

Leda, tuas palavras me emocioraram. Obrigado.