domingo, 5 de setembro de 2010

Janio de Freitas menciona ardil contra Dilma

Janio de Freitas escreveu um artigo interessante hoje na Folha. Ele levanta a hipótese de que, assim como o vazamento da filha de Serra pode ser um mau feito petista...

(...) aliados de Serra poderiam pensar na montagem de um ardil para incriminar a candidatura de Dilma Rousseff. E, por ora, não se tem indício, com alguma confiabilidade, contra um lado ou outro. O que há, nesse sentido, são preferências infiltradas no noticiário e dando-lhe o tom, ainda que parte delas seja mais por precipitação do que por motivos eleitorais.

Freitas só evita fazer uma pergunta óbvia: quid prodest? A quem interessa, nesse momento, produzir um factóide e desestabilizar o processo eleitoral? A quem o noticiário sobre o vazamento prejudica? Se essas perguntas forem feitas, a resposta é óbvia. Tudo isso apenas prejudica Dilma Rousseff. É completamente surreal atribuir a campanha de Dilma uma ação eleitoreira que beneficia seu adversário. A menos que se conclua que o PT, no fundo, trabalha para Serra.

Ao final do texto, Freitas lembra de um fato muito grave, que manchou para sempre a Rede Globo.

Desde 1982, quando o SNI, o candidato Moreira Franco, integrantes do departamento de jornalismo da Globo e a empresa de informática Proconsult se uniram para fraudar a eleição no Estado do Rio, as eleições brasileiras são terreno de bandidismo eleitoral, do mais ordinário ao mais grave.

O Globo até hoje não pediu desculpas por esse imperdoável atentado à democracia. Se tal coisa acontecesse na Inglaterra, suspeito que a alta sociedade de lá aprovaria unanimemente e imediatamente o fim da concessão pública para a empresa. Aqui não. Aqui o Globo frauda eleições e depois vem posar de paladino da democracia. E seus colunistas ainda tem a cara de pau de chamar Lula, presidente eleito e aprovado pela maioria esmagadora dos brasileiros, de ser inimigo da democracia...

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