terça-feira, 21 de setembro de 2010

Enquanto a imprensa brasileira tenta eleger Serra, Brasil é manchete na mídia internacional

A Associated Press foi até Paraisópolis para o longo perfil "Mais do mesmo? Eleitores brasileiros estão amando". Destaca como 29 milhões entraram na classe média, com Lula, que transferiu essa base para Dilma. A descrição da petista se estendeu sobre os anos de ditadura.

Pragmático

No topo das buscas de Brasil no Google News, a Reuters produziu especial sobre o eventual ministério de Dilma. Na reportagem central, "Gabinete de Rousseff é visto como pragmático e contra elevar gastos", dá Antonio Palocci e Luciano Coutinho como "figuras-chave" -e cita, de um executivo financeiro do exterior, que, "se eles forem parte da mistura, isso nos ajudará a dormir à noite".Em texto à parte, são perfilados outros nomes "prováveis, segundo fontes próximas de Dilma e analistas", como Paulo Bernardo e Nelson Barbosa, além de Mantega e Meirelles.

Ator Global

O correspondente do "Washington Post" na América do Sul, Juan Forero, produziu ontem a longa reportagem "Brasil está rapidamente se tornando ator na economia global".Escreveu de Puerto Tirol, na Argentina, onde uma fábrica de jeans foi montada por brasileiros dois anos atrás. Registra ser efeito, "em parte, da confiança inspirada nos empreendedores brasileiros pelo governo do presidente Lula".

Sites dos EUA à Índia dão o relatório "Governança Global 2025: Numa conjuntura crítica" -dos EUA em conjunto com União Europeia, postado no site da CIA. Lista as maiores potências, na ordem: EUA, China, UE, Índia, Japão, Rússia e Brasil. E avisa que as organizações globais foram "ultrapassadas" pelo rápido "mundo multipolar"


Humilhado

""El País" diz que Serra pode ser "humilhado" nas urnas". No título original, alto de página ontem no jornal espanhol, "A queda surpreendente de José Serra", um político que, "se perder no primeiro turno, pode dizer adeus a toda a sua carreira"Nelsom Sá

Lula foi o presidente que modernizou o Brasil, diz jornal francês

Uma reportagem na edição desta terça-feira do jornal francês Le Figaro afirma que Luiz Inácio Lula da Silva foi o presidente responsável por "modernizar o Brasil".

O texto, que recebeu uma chamada na capa do Le Figaro, é assinado pela correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Lamia Oualalou.

A reportagem conta a história de Ricardo Mendonça, paraibano de Itatuba que se mudou para o Rio de Janeiro em busca de emprego em 2003 e conseguiu entrar na universidade graças a uma bolsa do programa Pro-Uni, do governo federal.

O jornal atribui o sucesso de Mendonça às políticas do governo Lula.

"Histórias como esta de Ricardo o Brasil registra aos milhões. A três meses do fim do seu segundo mandato, este é um país mudado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará ao seu sucessor", escreve o Le Figaro.

'Barbudo onipresente'

O jornal diz que quando Lula chegou ao poder, em 2003, o Brasil era um país sem "grandes esperanças" que havia finalmente dado uma chance a um "turbulento barbudo onipresente na cena eleitoral desde o restabelecimento da democracia".

O Le Figaro destaca que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu combater a hiperinflação com o Plano Real, mas que se tornou "muito impopular" antes de deixar o poder em 2002.

Citando analistas políticos brasileiros, o jornal diz que Lula foi responsável por ampliar políticas sociais do governo anterior.

"O chefe de Estado reagrupou algumas medidas sociais do seu antecessor e lhes deu uma dimensão inimaginável", diz a reportagem do jornal.

"Pela primeira vez na história, o Brasil assiste a uma redução contínua e inédita das desigualdades. Em dois mandatos, 24 milhões de brasileiros saíram da miséria e 31 milhões entraram para a classe média."

O jornal diz que o governo quer agora usar a riqueza dos novos campos de petróleo descobertos no litoral brasileiro para criar um fundo que beneficie os mais pobres.

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