segunda-feira, 8 de junho de 2009

É a hora do Brazil.Imprensa corrupta sangra


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Saraiva

É a hora do Brazil.Imprensa corrupta sangra
É a hora do Brazil.O que faz tantas multinacionais redobrarem suas apostas (e seus investimentos) no mercado brasileiro? Respondem Wal-Mart, Tyson, Nestlé, DuPont, GM, Monsanto... Entenda como as corporações globais enxergam o Brasil, por que ele agora emerge como o queridinho entre os países do Bric e como é possível evitar os riscos que podem ameaçar esse poder de atraçãoPor Alexa Salomão e Silvana Mautorne1. O Brasil atrai...O executivo inglês Miles Young, de 53 anos, nunca se interessara pelo Brasil ou sentira urgência em conhecer o país – até que, em janeiro último, assumiu a presidência mundial da agência britânica de publicidade Ogilvy & Mather, em meio à pior crise econômica mundial das últimas seis décadas. O Brasil foi o primeiro lugar em que Young desembarcou, no início de fevereiro, como parte de um roteiro que inclui 15 dos 120 países onde a Ogilvy mantém escritórios. Mas ele mal teve tempo de conferir as belezas naturais, enaltecidas pelos estrangeiros há bem mais tempo do que os atributos econômicos. Passou a maior parte dos três dias da visita em reuniões na capital paulista para orientar a equipe sobre as metas para este ano. O ponto alto foi um discurso enfático para 300 funcionários da agência, no qual Young exaltou a importância do mercado brasileiro para os negócios da Ogilvy. A escolha do Brasil como primeira parada foi estratégica. Young acredita que a operação local apresentará neste ano o melhor desempenho entre os integrantes do chamado Bric, grupo de emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China. “O Brasil está numa posição privilegiada nesta crise. E é nesses mercados, onde a economia ainda cresce, que precisamos ajustar nosso faturamento”, diz Young. “É importante, inclusive, aproveitar o momento para rever nosso modelo de negócios na Europa e nos Estados Unidos.” No comando da terceira maior agência de publicidade do mundo, com faturamento de US$ 1,8 bilhão em 2007, Young tem uma posição vantajosa. Monitora uma das matérias-primas do capitalismo global – a alocação das verbas publicitárias em diferentes países. Pode antever o destino do dinheiro e, assim, antecipar tendências. É justamente isso que o move neste momento e Young não está sozinho. O Brasil atrai cada vez mais investidores que buscam alternativas aos mercados desenvolvidos, em franca recessão. O economista inglês Jim O’Neill, que criou o termo Bric, acredita que o país tem uma posição privilegiada em relação aos demais emergentes. “O Brasil não apresentou nenhum sinal de crise real”, afirmou O’Neill a Época NEGÓCIOS. “Esta crise deixou claro que países com populações pequenas não têm alternativa de crescimento doméstico. O Brasil não tem esse problema.” Vários executivos das maiores companhias do mundo acreditam que a economia brasileira, por estar sofrendo menos os efeitos da crise, tem o poder de aliviar o inverno financeiro que castiga mercados maiores e mais maduros, como os da Europa e dos Estados Unidos. A Alemanha, maior economia da União Europeia, pode encolher 8% neste ano. O Reino Unido está em recessão desde dezembro, algo que não se via desde 1946, ao final da Segunda Guerra Mundial. A expectativa é que a retração será de 2,8% neste ano. Nos Estados Unidos, espera-se uma queda entre 0,5% e 1,3%. A economia japonesa tem resultados negativos desde abril do ano passado, e estima-se que continuará encolhendo no primeiro semestre deste ano. Se confirmada a queda, serão 15 meses em marcha à ré, um dos piores resultados na história.OS TRUNFOS NACIONAISO Brasil sente a turbulência de maneira diferente, embora nenhum economista de respeito o veja de forma descolada do resto do planeta, num estado de prosperidade nirvânica, acima da crise. Vários setores da economia nacional se ressentem e são obrigados a fazer ajustes, o que causa demissões e corte de investimentos. “Mas o Brasil oferece um conjunto de benefícios que não se encontra simultaneamente em outros países emergentes”, diz Otto Nogami, professor de ambiente econômico global da escola de negócios Ibmec São Paulo. “Temos bancos sólidos, inflação controlada, moeda relativamente estável, bolsa de valores organizada, governo democrático, grande mercado interno e expectativa de crescimento”, diz Nogami. Só para comparar: a Rússia torrou mais de US$ 100 bilhões de suas reservas e não conseguiu conter a desvalorização de sua moeda, o rublo, símbolo do outrora poder do Kremlin. A China ainda é um país comunista e, caso não contenha os efeitos da crise, pode sofrer distúrbios sociais. A Índia convive com níveis de miséria chocantes até para os padrões de países mais pobres. “As empresas levam tudo isso em consideração”, diz Nogami. “O Brasil ganha respeito como um lugar seguro dentro da tormenta.”Para usar um termo global, o Brasil está hype – ou em alta, numa tradução livre do termo. Foi-se o tempo em que a vantagem competitiva mais ambicionada pelas multinacionais era a mão de obra barata. Hoje o que as empresas querem é um naco de um mercado portentoso que emergiu com o aumento do poder de compra das classes C e D. Tanto que, no final de março, o Banco Central revisou sua pesquisa com empresas sobre alocação de investimentos diretos estrangeiros na economia brasileira. Constatou que, em resposta à crise, os recursos externos vão privilegiar os setores voltados para o mercado interno, como alimentos e varejo. Esse interesse das múltis pode ser medido pelo crescente trânsito de presidentes e vice-presidentes no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Há exemplos em diferentes setores. O espanhol Luis Cantarell, vice-presidente da suíça Nestlé para as Américas, desembarcou em março. Sua agenda incluiu um passeio inusitado. Ele foi conhecer bairros carentes de São Paulo e ver de perto uma alternativa de negócio moldada para as peculiaridades de uma comunidade de recursos escassos. Nesses locais, microdistribuidores da marca abastecem vendedoras autônomas que trabalham pelo sistema de vendas porta a porta. A experiência, única no mundo, poderá ser replicada em outros países. Em 2006, quando foi lançada, restringia-se à capital paulista e contava com dez distribuidores e 800 vendedoras. Hoje há cerca de 140 microdistribuidores e 6 mil vendedoras em várias cidades da região Sudeste do país.Vender para os mais pobres é um dos pilares da estratégia de crescimento da Nestlé no mundo, em função do avanço das economias emergentes. O mercado brasileiro é considerado pela matriz da empresa suíça uma espécie de laboratório de boas práticas nesse campo. O Norte e o Nordeste, por exemplo, regiões historicamente renegadas no mapa dos grandes negócios, funcionam hoje como eficientes termômetros do segmento de baixa renda. Em 2004, a Nestlé do Brasil criou uma diretoria para essa porção do país e investiu cerca de R$ 30 milhões em campanhas de marketing. Os resultados superaram as expectativas. Uma fábrica inaugurada em 2007, em Feira de Santana, na Bahia, por exemplo, atingiu o limite de produção em apenas um ano e quatro meses de operação. Nesse momento, recebe R$ 50 milhões em investimento para ser triplicada. Vai empregar mais mil funcionários. “O Brasil será um dos mercados que impulsionarão o crescimento da companhia no futuro”, diz Cantarell.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Segunda-feira, Junho 08, 2009 2 comentários Links para esta postagem

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