sábado, 24 de janeiro de 2009

Um idiota global

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Saraiva

Um idiota global
D'Óleo do Diabo:A preocupação dos leitores do GloboNesta sexta-feira, Lula enviou carta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, em que reafirma a disposição do governo brasileiro de dar asilo político a Cesare Battisti. Um leitor do Globo expôs a sua opinião, que para mim resume o pensamento daqueles que ainda se acham elite, mas que representam, hoje, um segmento moralmente decadente, que sobrevive de seus preconceitos e rancores. Não sabem quão profunda é sua ignorância.O leitor diz o seguinte:reispaulo23/01/2009 - 19h 15mAfinal: ele escreveu ou ditou ?????Pode parecer uma puerilidade minha ater-me a comentário tão bobinho, mas é que ele remete ao que venho estudando há tempos, e que é a essência do preconceito de elite contra o povo brasileiro, um preconceito contra a cultura popular, contra seus modos de falar e agir.
Trata-se de um preconceito contra a cultura oral, contra possibilidades de conhecimento e vivência que a classe média não conhece e, por isso, não respeita. Ora, Melville não aprendeu a escrever numa faculdade, e sim trabalhando como marujo num baleeiro. A maior parte dos escritores americanos mais prestigiados vieram das classes baixas ou viveram experiências marcantes de pobreza. Henry Miller, pouco antes de ir ser salvo com uma passagem de navio para Paris, vivia num abrigo de mendigos, Jack London começou a trabalhou com nove anos de idade em fábricas. Bukóswki, Faulkner, Fante experimentaram empregos braçais mais simplórios e pesados antes de se tornarem grandes nomes da literatura. Essas experiências, seguramente, ajudaram-lhe a solidificar uma filosofia democrática que só ajudou a sofisticar sua arte.A democracia nos EUA, enraizada como valor profundo na consciência americana, significa respeitar, reverencialmente, cada ser humano, desde o mais pobre ao mais rico, como igualmente capaz de infinitas complexidades psíquicas e metafísicas e capaz de construir uma visão de mundo original e profunda e adquirir uma inteligência aguda e competente, sem necessariamente passar pelos mesmos estudos formais que a classe média tão artificiosamente se obriga. Estudos que ela usa como plataforma para arrumar emprego ao invés de escada para nobreza de espírito. A inteligência nasce, sobretudo, da intuição, que é não aprendida em faculdade, e da criatividade, que, ao contrário, é adversária de qualquer academicismo...
# Escrito por Miguel do Rosário #
Postado por Esquerdopata às 16:14 0 comentários
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