sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Intelectuais judeus condenam agressão de Israel contra Gaza


Também do DESABAFO BRASIL.

Dezenas de intelectuais judeus (ingleses na maioria), assinaram um manifesto publicado no jornal The Guardian, onde fazem uma contundente condenação à criminosa agressão de Israel contra Gaza.Afirmando que as barbaridades cometidas “lembram o cerco ao Gueto de Varsóvia”, durante a ocupação da Polônia pelos nazistas, eles exigem que, “como primeiro passo, a Inglaterra deve retirar o embaixador britânico de Israel e, como com o apartheid da África do Sul, se somar a um programa de boicote, desinvestimento e sanções”.Entre os que assinam o documento destacam os ingleses Miriam Margolyes, atriz consagrada de teatro e cinema;Bella Freud, estilista de moda e neta de Sigmund Freud; Ben Birnberg, advogado de direitos civis que atua na defesa de direitos dos pequenos acionistas; Haim Bresheeth,cineasta e fotógrafo;Tony Greenstein diretor de um centro de combate ao desemprego do Congresso de Sindicatos (Trade Unions Congress);Abe Hayeem, arquiteto, fundador e integrante da organização Arquitetos e Projetistas pela Justiça na Palestina;Les Levidow, filósofo, um dos idealizadores do Fórum Social Europeu, inspirado no Fórum Social Mundial;Jonathan Rosen-head, professor da Escola de Londres de Economia e Ciência Política; israelenses como Yehudit Keshet, fundadora da organização Vigília sobre Postos de Controle, que denuncia as atribulações a que os palestinos são submetidos nos postos policiais militares espalhados pela Palestina Ocupada e Moshe Macho-ver, matemático e um dos fundadores da organização Matzpen, que reuniu anti-sionistas israelenses durante os anos 1960 e 1970 e a norte-americana Deborah Fink, escritora, que publicou livros sobre mulheres camponesas nos EUA. Leia a íntegra do documento:“Nós que firmamos abaixo somos todos de origem judia. Quando vemos os mortos e os ensanguentados corpos de crianças pequenas, os cortes de água, de eletricidade e de comida, lembramos o cerco ao Gueto de Varsóvia. Quando Dov Weisglass, assessor do primeiro ministro israelense, falou em pôr os habitantes de Gaza “para fazer dieta” e o vice-ministro de Defesa, Matan Vilnai, falou que os palestinos iam experimentar “uma maior shoah” (um maior holocausto), isso nos lembra o governador-geral Hans Frank, na Polônia ocupada pelos nazis, que falou de 'morte pela fome'. O verdadeiro motivo do ataque a Gaza é que Israel só deseja tratar com os colaboracionistas. O principal crime de Hamas não é o terrorismo, mas sua negativa a se converter num fantoche em mãos do regime de ocupação israelense na Palestina.A decisão tomada no mês passado pelo Conselho da União Européia de melhorar a categoria de suas relações com Israel, sem nenhuma condição específica sobre direitos humanos, tem alentado uma maior agressão israelense. A hora de aplacar Israel já passou faz tempo.Como primeiro passo, a Inglaterra deve retirar seu embaixador de Israel e, da mesma forma como se agiu com o apartheid da África do Sul, estabelecer um programa de boicote, desinvestimento e sanções”. Hora do Povo.
Postado por Jussara Seixas às Quinta-feira, Janeiro 15, 2009 2 comentários Links para esta postagem

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